Taxas malucas: Por que que a gente é assim?

Tem muita coisa que me incomoda. Mas nada me deixa tão puto quando instituições me consideram “otário”.

Veja, estou falando das “taxas”. Já reparou como que no Brasil pagamos “Taxa” pra tudo?
Como se não bastasse sermos o país com uma das taxas de impostos mais alta do sistema solar, ainda vem um bando de -desculpa a franqueza – FILHO DA PUTA – meter mais uma mão no nosso bolso, em alguns casos, de forma velada. Em outros de forma desavergonhada, acintosa e em outras, ao arrepio do que diz a lei.

Uma das taxas que mais me incomoda é a “Taxa de cadastro”.
Pode ver que a “Taxa de cadastro” é uma daquelas ideias engenhosas provindas da escura e diabólica mente de um safado maldito, e que tem a única razão de ser de meter a mão no nosso bolso. Se você não sabe do que eu estou falando, e tem uma conta em banco, parabéns, você está sendo roubado e nem sabe disso!
O cara que inventou a tal “taxa de cadastro” é tão canalha que ele deve ter uma salinha privativa no inferno já esperando por ele, bem ao lado da salinha destinada ao desgraçado que coloca legenda branca em filme de cinema.

Volta e meia (todo ano) os bancos privados retiram uns caraminguás da sua conta a título de “taxa de cadastro”. Isso ocorre você querendo ou não, e pra piorar, ocorre mesmo quando ABSOLUTAMENTE NADA mudou na sua vida, o que significa que enes não tiveram porra de trabalho nenhum, mas mesmo assim, te cobraram por um suposto “trabalho” que não foi feito.

Tem outras taxas que são aparentemente sem sentido, mas que volta e meia a gente acaba tendo que pagar. Tipo as taxas malucas do Detran. O Detran tem taxas altas para alguns serviços meramente burocráticos/eletrônicos. Sem falar nas cobranças claramente ilegais dos órgãos estaduais. Por exemplo, existe jurisprudência do STF no qual a taxa de registro de veículo (FDL) é considerada ilegal. E o Detran continua a praticar a taxa, na maior CARA-DURA. Tá pensando que é taxa baratinha?

No caso de o bem ser financiado, o documento leva um carimbo informando que o veículo está alienado para o banco que o financiou. É por este carimbo eletrônico que a FDL e a Fenaseg cobram taxas que somam 240 reais, um custo adicional para os donos de veículos automotores, que já pagam várias taxas embutidas no financiamento do veículo. Uma delas chega a R$ 1.000,00 disfarçada de “tarifa de cadastro”. Um assalto ao cidadão que precisa de um financiamento bancário.

Muitas das taxas brasileiras se dão descaradamente “ao arrepio da lei“. Neste caso, os caras dão o “migué” e “se colar, colou”. E cola, na maioria das vezes, porque o Brasileiro que reclama seus direitos é chato, é mal amado, é zé ruela…
Um exemplo? Tem vários. Um dos mais comuns é a taxa para emissão de histórico escolar. Isso está claramente proibido por lei, mas um monte de instituição de ensino SAFADA te cobram.

As taxas de emissão do histórico escolar e do certificado de conclusão de curso, bem como da expedição e registro de diplomas estão incluídos nas mensalidades pagas pelos serviços educacionais prestados pela instituição, conforme a interpretação dos artigos 22, XXIV, e 24, IX, da Constituição Federal, combinados com os artigos 48, § 1° e 53, VI, da Lei n° 9394/96 – LDB – em face dos artigos 2° e 3°, da Lei n° 8078/90 – Código de Defesa do Consumidor, e nos termos da Lei nº 9.870/99. fonte

Que foi? Tá aí todo pimpão porque a sua universidade particular não cobra? Pois saiba que eles apenas fizeram um expediente malandro, de embutir esta taxa nas suas mensalidades. Ou seja, mesmo quando não paga, VOCÊ PAGA!

Quer outra? Sabia que o banco tem que te indenizar se você passar mais de 30 minutos em pé na fila? Conhece alguém que já ganhou esta indenização? Nem eu. Mas eles existem. E infelizmente, são uns poucos (e quase todos advogados).
Não sei onde você mora, mas aqui no Rio de Janeiro uma lei estadual determina que o atendimento deve ser feito em no máximo 20 minutos, em dias normais e 30 minutos, na véspera ou após feriados prolongados.
Então, há lei determinando o que se entende por razoável como tempo de espera condizente com o respeito e a dignidade. Porém, não é praxe de muitos bancos tratar consumidores com, reitera-se, respeito e dignidade. Basta ir a qualquer agência bancária para vermos filas enormes de clientes esperando interminavelmente para serem atendidos. O engraçado é que você chega na agência, e aquele banco que bateu recorde mundial de faturamento, tem doze guichês de caixa. Mas sabe quantos efetivamente trabalhando? Dois! Sendo que um é só para os idosos, gestantes e deficientes, o que resulta em um. UUUUUUUUMMM! Você chama o gerente da agência pra reclamar e ele te explica que:

“…Na verdade são dois, mas um deles está em horário de almoço.”

Você respira fundo e tenta empurrar aquele grito de “POOOOORRAAAAAA!” guela abaixo, para não dar vexame de pirado na agência. Como que uma instituição bancária se arvora no direito de controlar e guardar seu dinheiro e investimentos se não tem a mínima competência para estabelecer uma escala de controle de almoço, ainda mais sabendo que a população trabalha e muitos só tem a maldita hora do almoço para pagar contas?

Não é possível, meu. Aliás, é é possível sim. Este é o país da piada, da esculhambação.

Quer outro exemplo de nego cobrando taxa ilegal na maior cara-dura?
TV A CABO.
Quando você contrata a Tv a cabo, paga uma taxa de serviço. Ok. Até aí normal. Mas tenta só pedir um ponto extra pra ver o que acontece?
Eles vão te cobrar uma taxa MENSAL pelo ponto extra. Acontece que -eles sabem disso – é ILEGAL este tipo de cobrança, já que existe uma Resolução de nº 488/07 da Anatel que indica claramente a proibição de cobrança nesse sentido. Quando você ( um em um milhão)liga para o SAC e informa esse seu direito, sabe o que eles dizem?

“Pague a taxa primeiro e recorra ao PROCOM, e então, mediante determinação judicial, retiramos a taxa”.

Veja o grau de canalhice suprema desses ordinários! Não obstante saber que estão lesando o consumidor, o cara que paga O SALARIO DELES, os caras se aproveitam da complicada estrutura jurídica do país, e contribuem para que ela piore, produzindo um mar de processos que tem como única finalidade enrolar a vida do consumidor de tal maneira que ele aceite passivamente mais uma cenoura no cú, digo, mais uma conta pra pagar no fim do mês. (Quer dizer, isso pro cara que não deu o mole supremo de colocar a conta em débito automático, porque quem faz isso é igual marido traído, quando chega a saber, é o último.)

No Brasil, é normal empresas privadas (que vivem de lucro) tentarem a todo custo foder o consumidor. Um bom exemplo são as companhias aéreas, que desrespeitam as normas de regulamentação do setor, criam suas próprias regras, onde chegam a desvergonha de cobrar até 100% de taxa de “multa” por remarcação de passagem.

Hoje mesmo me deparei com uma curiosa taxa, que foi o estalo que desencadeou este meu post. Uma taxa de “cadastro” (Agora todos no inferno aplaudem).

Veja, para se registrar um livro, de modo a fazê-lo legalmente e portanto poder distribuí-lo e vendê-lo, é necessário um código chamado ISBN.
O ISBN é um simples, idiota, ridículo, (e qualquer outro adjetivo que você queira usar aqui), numero de código de um cadastro de obra literária.
É assim: Você preenche uma ficha com o nome do livro, marca o tipo de tema, coloca o nome do autor, numero de paginas, anexa uma copia da folha de rosto do livro (aquela que vem depois da capa) e paga uma taxa baratinha de doze reais.

Ok, um burocrata da Agência Brasileira do ISBN, um órgão do Ministério da Cultura, portanto FEDERAL, vai pegar aquilo e digitar num sistema de computador. Leva o que? Três minutos? Talvez menos, certamente. Aí ele aperta o enter.
ACABOU! O computador vai gerar um numero de 13 dígitos que identifica sua obra. Se você quiser o código de barras, a instituição PÚBLICA dá pra você, mediante a uma taxa de Vinte e dois reais a mais. Se quiser com fotolito, aí o preço dobra, sobindo para quarenta reais. (isso por um escroto código de barras que é gerado com um miserável clique do mouse)

Mas aí você pensa: Ah, chorando miséria por causa de quarenta merréis?

Então, na hora de tentar registrar sua obra, você descobre que não pode. Ué. Não pode? POr que?
Porquê você (lá vem a frase demoníaca) “não está cadastrado no sistema”.

Ué. Mas não é só cadastrar?
E é. Mas isso não se dá de graça. Você tem que pagar (senta pra não cair) a soma de CENTO E OITENTA REAIS para “cadastramento”. Como eu já disse antes, “cadastramento” é pegar o que você marcou na ficha e preencher num programa de computador e apertar o “enter”. Só! Não é gravado com cinzel numa placa de mármore de carrara não. Não é gravado a ouro e não requer um supercomputador da NASA.

Eu sinceramente gostaria muito de entender por que a Fundação Biblioteca Nacional, que é um órgão Público, cobra quase duzentos reais apenas para “cadastro” de autores de livros, e também cobra uma taxa (venda casada?) extra por emissão do ISBN. Não estou exigindo que façam gratuitamente este serviço, mas o que justifica um valor destes para um cadastro que é feito num terminal de computador? Se pararmos para pensar que R$ 180,00 é mais do que a maioria dos 1,2 milhão de brasileiros que recebem salário mínimo tem para gastar com alimentação, fica ainda mais explícita a vergonha.

É deveras impressionante que um jogo de Playstation 3 que envolve centenas de pessoas, técnicos, artistas, atores especializados, equipe de vendas, promoção, distribuição, pesquisa e etc, todo mundo ganhando em dólar, com software e hardware dos mais avançados, sai ao consumidor final por menos que isso.

Como que pode um mero cadastrozinho de merda para gerar um código de miseráveis 13 dígitos ser tão caro?

Por que no Brasil pagamos tantos impostos caros quando quase todos os serviços públicos ocultam taxas estranhas? Veja, para depositar um pedido de patente, o INPI – outro órgão FEDERAL, portanto PÚBLICO, cobra uma série de taxas.
Vejamos:

A taxa de depósito é de R$ 140,00, mas pode diminuir para R$ 55,00 para pessoas físicas, instituições de ensino e pesquisa e microempresas. O pedido de exame de invenção com até 10 (dez) reivindicações é de R$ 400,00 (R$ 160,00). Já o pedido de exame de modelo de utilidade custa R$ 280,00 (R$ 110,00).
Aí você ainda tem que preencher uma papelada burocrática que é um PESADELO pior que aquela prova final de Cálculo III.

Se você for um cara iluminado, e não havendo obstáculos processuais como exigências ou subsídios ao exame deverão ser pagos EXTRA R$ 95,00 pela expedição da Carta-Patente, ou R$ 40,00 pela de carta de invenção ou modelo de utilidade.

Você acha que acabou? LEDO ENGANO, meu chapa!
O depositante do pedido e o titular estarão OBRIGADOS ao pagamento de uma tributação anual, denominada “anuidade” (Arts. 84 a 87 da LPI). Tá achando que é mole? Os caras querem te garfar PARA TODO O SEMPRE!

Aí me dá até gastura, quando eu pego uma revista que vem comentando como o “potencial de inovação do Brasil é mais limitado que os de outros países”. POOOOORRA! Só quem já tentou patentear alguma coisa aqui sabe que O ESQUEMA É FEITO PARA BENEFICIAR UMA MEIA DUZIA DE ESCRITÓRIOS ESPECIALIZADOS.

Nesse país de filhos da puta, cria-se a dificuldade para vender a facilidade. Quando a tecnologia chegou, era pra ter dado barata voa nesses burocratas canalhas, nesse bando de despachante, mas não. Criou-se ainda mais complicações. Criou-se uma instituição de culpar o “sistema”. O cara não quer trabalhar? Diz que o “sistema saiu do ar”, o “sistema caiu”. Ou pior: “O sistema errou”.

E o bobo (nós) engolimos essa.

Se para registrar uma invenção, um modelo de utilidade ou uma marca custa caro e é complicado, para registrar uma obra cultural, não difere muito.
Para registrar um original de conto, livro, peça, música e até história em quadrinhos e personagens, é no escritório central de Direitos Autorais. Você chega lá, preenche uma ficha, anexa documentos, e recebe um boleto de GRU (guia de recolhimento da União) para pagar no banco, segundo estes valores.
O mais bizarro é que os caras cobram coisas completamente insanas, como um valor para personagem Preto e branco e outro completamente diferente para um personagem colorido. POOOOOOORRAAAAAAAA! Que diferença faz, meu Deus do céu? Por que eu pago 50 reais para registrar um personagem preto e branco e 80 reais para registrar o mesmo personagem colorido?
O que vem a ser essa porcaria de registro? Um papel que diz:

“O personagem XXXX foi registrado por XXXX no dia XXXX sob o número XXXXXXXXXX-XXX”.

Então pergunto: O que muda? Por que cobranças de valores diferentes numa mesma categoria? Por que cobrar um valor de uma pessoa física e outro de uma pessoa jurídica? Por que motivo, razão ou circunstância uma empresa tem que pagar mais que um indivíduo? Não basta ISS, ICMS, IR, INSS, CSLL, IOF, IPI?

Nos EUA essa merda aí nem existe. Lá o cara lacra num envelope e carimba no correio e guarda num cofre.

É insano, minha gente!
É uma farra. Eu realmente não entendo a natureza de um monte de cobranças (essas são apenas a ponta de um enorme iceberg de merda que nos é enfiado guela abaixo todos os dias pelo ESTADO), até porque, com a tecnologia, era para estes custos diminuírem, não aumentarem como vem ocorrendo.

Não é possível diminuir? Pode me chamar de burro, de retardado, de imbecil de acreditar que é possível baixar os valores das taxas brasileiras, mas a exemplo, cito outro órgão que recentemente baixou suas taxas de registro de domínios, a Fapesp. Por que? Porque são bonzinhos? Porque são santinhos? Amigos do povo?
Não, porque todo mundo que não é trouxa descobriu que estava mais barato registrar domínios no exterior. Vendo a grana deixar de entrar, os nossos belíssimos burocratas pensaram: “melhor ganhar menos e ganhar que não ganhar nada”.

Por que um site custa 30 reais para registrar e um livro (que só exigem nome, cpf e o preenchimento de um formulário) custa 180? Não é discrepante?
Taxas deste tipo não estão atuando a favor da inovação, da criação e do registro de obras de arte/culturais no país.

É ridícula a quantidade de taxas para todos os lados. Até no boleto, a coisa mais boçal do planeta terra existem taxas de emissão (ilegais em muitos estados) que podem chegar a quatro reais. Ou seja, pagamos até a taxa da taxa!
Aliás, nego gosta de ferrar o cara que já está ferrado. Experimenta pedir empréstimo ou financiar um bem qualquer e você vera a horrível “taxa de abertura de credito”. Ou seja, o banco, que vai ganhar dinheiro em cima de você com JUROS, ainda te cobra pra ganhar o seu dinheiro!
Ah, mas essa taxa foi proibida! – Alguém vai dizer. Mas acabou? Não. Ela só mudou de nome.

Me admira saber que isso ocorre num país que a cada ano bate recorde de faturamento com os impostos. É uma dinheirama espetacular. Só nos três primeiros meses deste ano, 2011, o governo arrecadou R$ 228,155 bilhões,um crescimento de 11,96% na comparação com o mesmo período do ano passado. É o retrato de um país em que o cidadão tem que trabalhar 4 meses no ano apenas para pagar impostos e essa quantia só sobe quando seu salário sobe também.

Será que estou errado em reclamar? Eu penso que não, afinal, não uso a saúde pública, não uso educação pública, praticamente 100% das estradas que eu uso são privatizadas cobrando pedágios caríssimos (pago quase R$ 50 em um trecho de menos de 200km só pra poder ver minha avó), a gasolina que eu uso vem com tanto imposto que é quase o dobro (93%) do preço praticado no mercado americano (media entre 1994 e 2004), pago IPVA, ISS, ITBI, IPTU (um dos mais caros do Brasil e o mais alto do ESTADO do Rio) ou seja, eu pago por tudo o que uso. Resumindo, eu pago tudo, véio. Pago também plano de saúde. Enquanto isso o governo me cobra uma taxa anual que ele chama de Imposto de Renda, como o nome diz, eu pago impostos sobre o que eu ganho.

Reclamo das taxas que brotam por todos os lados porque eu acho que não cabe mais trolha no Brasileiro. Até agora, são 74 impostos.

Com tudo isso, chega a me doer fisicamente a vergonha de saber que ainda precisamos ser subtraídos em taxas ocultas e explícitas. Tanto as legais quanto as ilícitas.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. É foda…. eu sempre digo que o maior problema do Brasil é o excesso de dinheiro. Cobram-se tanto impostos e taxas, que sobra dinheiro pra todo lado e os filhos da puta de colarinho branco conseguem assaltar a porra do país por tudo que é buraco e essa merda continua indo pra frente.
    A Blitz da LeiSeca aqui no Rio de Janeiro criou uma cultura de “ninguém escapa”. Pode ser ator famoso, pode ser até o Aécio Neves que não tem jeito. Multa de R$ mil pratas e apreensão da carteira. Tinham que fazer a mesma coisa com corrupção. Algo tipo Tolerância ZERO. Pegaram o escroto do engravatado desviando verba pública, estupra ele com um hidrante e joga na cadeia até cicatrizar. Usar isso como exemplo para os 200 primeiros e o vai ter dinheiro sobrando pra cobrir estrada com folhas de ouro e pra ter cirurgião sobrando em hospital até pra atender telefone. Mas quem é que não tem rabo preso pra levar uma lei dessas pra frente? Ninguém. O povo brasileiro é muito pacato. Se fizessem isso na Europa, estávamos tacando fogo e fazendo quebra-quebra até não sobrar ninguém no Congresso. Mas mais uma vez: Ô povo idiota e pacato. E não me excluo dessa lista, não! Eu tenho que trabalhar pra pagar o aluguel e não posso ficar por aí gritando sozinho na rua. E desculpa aê pelo tamanho do comentário…

  2. nossa realmente um absurdo phillipe, em um país como o Brasil, que vê o próprio crescimento ultrapassar marcas mundiais, serem cobrados tantos impostos… o pior disso tudo é que se for perceber, o Brasil perde dinheiro com os impostos, por que tem que garantir a “mesada” dos contribuintes, além de outros motivos umtanto que “secretos”, como roubalheira e farra de políticos… mas é isso mesmo, Brasil – país da sem-vergonhisse…

  3. Eu não reclamaria dos impostos se fosse feito alguma coisa com eles. Muitos vão discordar de mim, mas eu não acho impostos altos algo ruim, desde que seja feito algo útil com eles. No nosso caso, não é. É isso que torna tudo isso uma baita palhaçada.
    O povo aprendeu a ser assim e vai continuar sendo. Porque quando o civil que entra para a política começa a ver como tudo funciona, ele não pensa em mudar. Ele pensa “Bom, pelo menos agora estou do outro lado”. Acho que o crescimento rápido que o Brasil está prestes a experimentar pode prejudicá-lo muito. Pego como exemplo a área de TI, que está em alta atualmente, e todos nós já tivemos problema com algum sistema de gerenciamento em nosso trabalho. Tanta obsessão pela  informação sem encontrar primeiro a melhor maneira de captar a informação e depois a melhor maneira de utilizá-la. Mesmo com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, seu nível intelectual não vai seguir o aumento. Continuaremos sendo em maioria burros e ignorantes, com um pouco mais de condições de aquisição – que será usado da maneira errada pela grande maioria. Posso estar sendo muito radical, mas acho que uma mudança na cultura brasileira só seria possível através de uma ditadura. O processo reverso dos empreendimentos no país: recriar o sistema comercial desde suas bases em bens necessários ao dia a dia até os bens secundários, criando entidades estatais que funcionem e sirvam de exemplo a ser seguido pelas outras empresas. Apesar de minha opinião ser radical, não creio que o brasileiro vá mudar a não ser que seja obrigado a mudar.

    • Já tentaram isso e não deu carto. Infelizmente, o problema mais grave que temos é educação. E isso não se resolve com ditaduras. Aliás, nunca se roubou tanto no Brasil quanto no período da Ditadura. A mudança mesmo só se dará com educação de qualidade, mas não vejo como isso poderá ser possível quando quem decide se lucupleta justamente com a ignorância do povo.

  4. Absurdo é termos de pagar o ICMD (Imposto sobre Causa Mortis e Doações), que  é um Imposto Estadual de aproximadamente 4% do valor total dos bens do falecido. Vc perde um ente querido, como pai, mãe e na sequência descobre que tem que pagar imposto pq ele morreu! O sentido disso? O governo embolsar mais dinheiro, ainda hoje vi na televisão que um único vereador gasta uma média de 1 milhão de reais ao ano dos cofres públicos, de onde será que sai tanto dinheiro? Dos nosso bolsos é claro… Não tenho vergonha de ser brasileiro, tenho vergonha de ter líderes brasileiros…

    • O Estado está copiando um imposto (um dos mais altos dos EUA) americano sobre herança. Ele é tão alto que muitos milionário ao verem a hora chegar, doam a maior parte dos seus bens em vida, fazendo hospitais, bibliotecas, praças, museus, fundações e etc. Ele não assume, mas é por causa deste imposto lá que o Bill Gates tem gasto com vontade boa parte do patrimônio pessoal dele em causas humanitárias pelo mundo. Eles preferem gastar eles mesmos o dinheiro que deixar a cargo do Estado gerenciar as fortunas depois que morrem.

  5. PHELIPE INFELISMENTE ESSA É MERDA DA REALIDADE DO NOSSO PAIS, OUTRA COISA RIDICULA QUE TEMOS QUE ATURAR É O MINHA CASA MINHA VIDA DO GOVERNO FEDERAL, QUANDO FALAVAM QUE MINHA CASA MINHA VIDA ERA PRAS FAMILIAS BRASILEIRAS ADQUIRIREM A TAO SONHADA CASA PROPRIA, NAO SE FALAVA QUE O CIDADAO DEVIA TER EM CAIXA NO MINIMO 12.000,00 R$ PRA PODER PAGAR TODAS AS TAXAS (PREFEITURA, CARTORIO, VISTORIAS, E OUTRAS COCITAS MAS QUE SE FOR FALAR VAI OCUPAR BOA PARTE DA PAGINA), SO QUE INFELISMENTE TENHO QUE ADMITIR, ESSE FOI O UNICO GEITO QUE TIVE RAP CONSTRUIR MINHA CASA, MAS TAMBEM TENHO QUE FALAR, MINHA CASA MINHA VIDA NÃÃÃO É PRA FAMILIAS DE BAIXA RENDA!!!!!!!

  6. País da putaria. Taxas e mais taxas pra sustentar folha de pagamento de um funcionalismo público desigual, onde tem setores em que vinte chupins competem pra ver quem faz menos, enquanto lá no interior um miserável de um posto de saúde tem só um técnico em enfermagem disponível pra atender uma região inteira. Isso e o “crédito virtual” subtraído das arrecadações mais diretas dos impostos, que corre nas mãos de uma rede de filhos de putas criando uma economia paralela que daqui a pouco vai desenvolver um mercado de ações próprio… Terrorismo, é o nome que se pode dar pra isso. Quando o cidadão começar a devolver na mesma moeda, mandando coquetel molotov em cima de palanque e mandando bala na cabeça de figurões, no estilo Lee Harvey Osvald, vão virar vítimas. Dirão que é inadmissível atitudes como esta em um país democrático, e que qualquer um que leve a cabo esse tipo de comportamento não é um patriota. E aí culparão os videogames ou os blogs, e desenterrarão da gaveta os projetos que sempre estão doidos pra fazer ver a luz do dia,  aqueles que “regulamentam” o uso de armas de fogo e a livre troca de informações.  Mas quem disse que vai acontecer, não é? Sempre que piora alguma coisa a gente dá uma arreganhadinha a mais, muda o travesseiro de lugar e espera lacear até que o novo diâmetro fique suficientemente confortável pra gente voltar a prestar atenção na novela…

  7. Luis Antonio
    No Brasil funciona o seguinte, o governo bota taxa, impostos e mais impostos, para o Brasileiro e não nos oferece nada em troca…e o povo fica so reclamando e não faz nada….MAS SE O CORINTHIANS, FLAMENGO E ETC ESTIVEREM EM PESSIMA CAMPANHA….AI SAI DE BAIXO QUE ESTE POVINHO VAI LA QUEBRAR TUDO E PEDIR A CABEÇA DO TREINADOR, PRESIDENTE JOGADORES E ETC…
    Enquanto o povo brasileiro der importancia a coisas menos importantes este pais nunca saira desta merda que estamos hoje…

  8. Affff que fossa… Tenho uma outra. Sabe a taxa de inspeção veicular (em SP) que temos que pagar todo ano? No primeiro ano, disseram que seria devolvida. E foi. Foi só uma manobra para fazer-nos pagar sem reclamar, acreditando (imbecis) que seríamos sempre reembolsados. Ah, mas a qualidade do ar está melhor, não? Sei. Quase não parece mais que estou respirando concreto com chumbo; de tão puro que está o ar. Mas não é só:
    minha irmã mora no Rio. Seu carro, no entanto, tem placa de São Paulo. Ano passado ela dirigiu até aqui para fazer a tal inspeção. Eu disse a ela que existe um jeito de pedir isenção da inspeção – afinal o carro não circula por aqui. Pois bem, ela me mandou os documentos necessários para que eu levasse (pessoalmente) ao órgão de meio ambiente responsável – por algum motivo, os documentos não podiam ser enviados diretamente ao órgão por Sedex; têm que ser levados pessoalmente – tudo para facilitar a vida!
    Ao chegar lá com os documentos, descobri o por quê: havia uma “taxa de análise dos documentos” – R$ 53,00; e uma outra anexa a esta cujo cálculo é feito pelo número de folhas em um documento. Por exemplo: para evitar que o pedido de isenção seja indeferido, minha irmã anexou cópia do seguro do carro, que atesta que o veículo circula no Rio. Tem umas 4 páginas. Mas isso fez com que, somadas todas as folhas, eu tivesse que arcar ainda com mais 20 pilas… Não é legal?
    Também recentemente descobri que tem uma taxa de cartório (tem um nome certo que eu não me lembro)  que vc paga qdo compra um imóvel… Não é obrigatória e pior: na verdade é um custo de venda que deve ser arcado pela imobiliária; e o que fazem? Fazem o otário do comprador pagar. Descobri isso recentemente, 2 anos depois de ter pago R$ 2500,00 (dois MIL e quinhentos) há 3 anos… Isso em uma época em que um real era muito mais um real que hoje (se bobear, ainda dava para comprar um cafezinho).
    Posso pleitear na justiça a devolução; mas quem tem a energia para esperar uns 10 anos – no cenário mais otimista – por uma taxa já paga?
    Plano B: minha cidadania alemã está a caminho! :)

    (ps – desculpe comentar como “convidada”; não sei por que nenhum dos outros funciona comigo!!!) :(

  9. concordo em genero,numero e grau com vc Philipe, e pra fechar bonito ainda absolvem aquele cria do Roriz no comgresso, os parlamentares se escondem atras de um voto secreto pra darem carta branca ao recebimento de propinas e dos”por Fora”. esse realmente não é um país serio

    • Esse negocio de voto secreto é a maior putaria contra o est5ado democrático. Tinha que aparecer um grupo terrorista e começar a matar um parlamentar ao dia até isso mudar na marra.

  10.   Taxas e impostos altos só servem para manter a
    corrupção nesse pais… Sou corretor de imóveis e todo ano eu tenho que pagar
    uma anuidade de R$ 500 para o CRECI (órgão que fiscaliza e regulariza a profissão)
    e mais R$ 200 para o sindicato, atrasando um dos dois eu perco o direito de
    exercer a minha profissão, pior mesmo é que eu pago por isso para não ter nada
    em troca (só para exercer a profissão mesmo), o sindicato oferece algumas regalias
    mas para ter essas regalias eu teria que pagar alem da anuidade uma
    mensalidade.

  11. a grande merda de tudo isso é que o povo fica quieto num ta nem ai com nda quem tenta resolve é nerd é troxa uma vez fizerão uma pesquisa perguntando pras pessoas o que é que elas querião falarão mulher samba e churrasco sério pra mim isso ai já ta na cultura nem tem mais como resolver

  12. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, concordo, mas como eles são teimosos é capaz de não sobrar nenhum parlamentar vivo!kkkkkkkkkkkkkkkk

  13. Mas então cara, a Anatel realmente proibiu a cobrança do sinal no ponto adicional, mas criou a alternativa de se cobrar pela manutenção (!!111111!) do aparelho.

    Qual manutenção, o cara honesto se pergunta, se o aparelho é plug&play?

    A do ISBN, se parasse nos 40 merréis, até se justificaria já que trata-se de um registro global e, eu acho, um registro único forever and ever and ever.

    Enfim, eles cobram porque sabem que pagamos e o governo é o primeiro a nos sacanear.
    As empresas que aqui atuam aprendem desde cedo: são sacaneadas pelo governo e resolvem sacanear seus clientes.

    E nós, sacaneamos quem?
    rsrs…

    • Pior que o ISBN é forever em termos. Qualquer alteração, na capa, correção, errata, ou mesmo edição posterior, tem que tirar um novo ISBN e pagar novamente.

    • Na Australia o ISBN custa 20 reais cada. (Mas eles vendem blocos de 10). Então na pratica, você paga quase o mesmo preço de 1 ISBN daqui e pode lançar DEZ livros diferentes. Aí eu pergunto: Por que o sistema Asutraliano é a favor da produção cultural e o Brasileiro não é?

  14. Rapaz, o sistema brasileiro é tão ridículo que gera umas situações tragicômicas.
    Eu sei de histórias tão ridículas, mas tão ridículas, que beiram a demência. Conheço gente que tomou “multa” por tocar uma MÚSICA PRÓPRIA sem avisar o ECAD. Basicamente, o ECAD queria “arrancar” a cobrança sobre a criação do artista…para repassar para o próprio artista.
    O ECAD, por sinal, presenciou uma das cenas mais bizarras que eu já vi na minha vida (inclusive, apareceu no jornal). Aqui em Porto Alegre, na parte Central da cidade, como qualquer capital, tem vários artistas de rua. Um dos mais famosos artistas, que interpretava MÚSICAS PRÓPRIAS em um violino, foi detido e PRESO. Argumento: o artista não pagava direitos autorais A ELE MESMO para interpretar as músicas.  
    Tem coisas que eu, sinceramente, já desisti do Brasil. Mas o macete é usar de malandragem com malandragem. Eu descobri uma frase que me abriu muitas portas e discussões inúteis sobre meus direitos: Eu vou processar e chamar a imprensa. 
    Uso isso no banco, usei isso na faculdade, com SAC e em 99% dos casos da certo. É só parecer sério, que eles nem questionam. É incrível o medo que as empresas/serviços tem de ter uma “coluna” estampada no jornal ou qualquer lugar, falando “EMPRESA X NÂO ATENDE NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES”. 
    Alguns casos, realmente ficamos de “mãos atadas”. Mas fica aí a dica pra quem quiser usar, que em muitos outros funciona. Já consegui me livrar de cobrança irregular do BB, da Net, da Samsung, da Faculdade…tudo no “eu vou processar e chamar a imprensa, quero ver como vai ficar a imagem da instituição quando aparecer no jornal”.

  15. Isso quando você não taxado por ser deficiente físico. sim, porque na hora de cobrar os impostos e taxas, todos são iguais, mas na hora dessas taxas retornarem em benefícios, somente as pessoas “normais” podem utilizar. Vejam a história do jovem Saulo Augustini. Ele tem um abaixo assinado para tentar conquistar o direito de fazer os testes para a carteira de motorista. Interessante que na hora de cobrar os impostos o governo cobra, mas quando ele tenta usar seus direitos, ele é “inapto definitivo”. Acessem http://www.sauloaugustini.com.br e confiram a história (e o abaixo assinado)

  16. A discussão é riquíssima. Estou gostando de ver, pessoal.

    Agora, o que mais me intriga é (e talvez eu esteja apenas sendo paranóico) por que a cultura e a educação são tão desvalorizados? Por que é tão difícil criar uma obra de arte ou científica de maneira honesta aqui no Brasil? Será coincidência?

    Pode ser que existam grandes interesses em nos manter na ignorância, e nós como cidadãos não temos força para combater essa avalanche de obstáculos que é colocada no nosso caminho.  Acho que tem gente nesse exato momento pensando arduamente em como nos manter por baixo, nos impedindo de evoluir intelectualmente. É uma pena. Imagine o que milhões de pessoas pensantes não poderiam fazer em benefícios à vida?

  17. por isso que eu tento sempre pensar assim: comprei minha moto não para economizar dinheiro e sim para curti-la ou poupar tempo. 
    Moro em Porto Alegre e veja a situação:
    o litro de combustível (2,60) (passagem de bus (2,70) sendo estudante paga 1,35),
    seguro obrigat. (279,27),
    IPVA (to isento, 50cc),
    taxa de emissão do CRLV (38,00) 

    Veja bem este último ítem, equivale a um mês de combustível que eu não posso usar, que me é retornado na forma de um papel que atesta que eu paguei o valor da emissão do próprio documento, o IPVA (quando aplicável) e o seguro obrigatório, mas veja bem se o carro tiver sido roubado, isso logicamente não estará ali no documento, dai o bom fiscal atento consulta no rádio e verifica toda a situação do veículo. Eu tenho a obrigação de, anualmente, pagar CARO por um pedaço de papel chique do ABN que, nas mãos de um agentel cauteloso, não vale nada.  Aliás sobre o comprovante do pagamento, mandam guardá-lo por CINCO anos mas sou obrigado a fazer outro documento no ano seguinte… brasil… 

    Sendo magro como sou percebi que sobre a scooter que dirigo anda na carona uma gorda chamada administração pública, que faz a minha esperança de economizar, ir por ralo àbaixo…

  18. Infelizmente, vivemos para pagar impostos. É um tipo de Matrix governamental, onde não nos resta nada a não ser ficar entubados na frente da TV assistindo programas que simulam nossa realidade, porque somos monetariamente incapazes de viajar, comprar livros, jantar fora…

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