Fazia um frio cortante. O vento que soprava, inclemente, incessante, estava a ponto de lhe congelar as orelhas.
Sentado com as pernas cuzadas em posição de lótus, Dick olhava para um buraco na terra. Era somente um buraco, cheio de terra preta e nada mais. Uma ou outra pedrinha mais clara despontava entre os pequenos torrões da terra escurecida e estéril. Não havia formiga ou inseto.
Era o alto de uma montanha. E nuvens distantes prenunciavam uma tempestade para dali a algumas horas. Não muito distante, as gigantescas torres de dolomita cortavam os céus, a mais de três mil metros de altitude...