
A sorte é que tinha um bar em frente a delegacia.
-Como foi? – O delegado perguntou cruzando os braços diante das fotos que praticamente falavam por si.
-Tá aí. Basta ver, ué. – Ela disse, meio acanhada, desviando os olhos da autoridade.
Bruno coçou a cabeça, enquanto pensava na provocação ao crânio.
eles estavam sentados no banquinho da portaria, e Gui estava ao lado dele. Os dois olhavam para o vazio e já não falavam nada.
Gui deixou Bruno na rua, em frente o prédio. Pouco se falaram.
-Amanhã eu te ligo. – Disse Bruno.
Gui estava vomitando lá perto da árvore.
-É uma bicha louca mesmo! – Gritou Bruno. O amigo apenas estendeu o dedo do meio como resposta.
O pensamento de que estava morto foi tão aterrador que Bruno parou. Não fazia sentido andar pela escuridão.
-E agora Bruno? – Perguntou Gui, sorvendo o restinho do milkshake do fundo do copo com um sonoro barulhão.
-Agora não sei. Mas ele arrumou o emprego, pelo menos.