Pobres ricos

É uma coisa engraçada. Como eu não tenho o hábito de bloquear ninguém no meu facebook e aceito todo mundo que pede amizade, o meu face é uma fauna rica de ideias e opiniões, muitas delas completamente divergentes do que eu penso e acredito. Faço isso porque sei que não sou dono da razão, e também porque gosto de ver outros lados, até para saber se estou realmente convicto ou sendo convencido de certas coisas por monoargumentação.
Tenho amigos que se vangloriam de bloquear pessoas de esquerda, de direita, e evangélicos, que chamam de “evanjegues” demonstrando um claro preconceito para com este tipo de pessoa baseado no seu sistema de crenças, muitas vezes precário realmente. Talvez por isso, muitas vezes o Facebook me deprime. Leio gente defendendo até pedofilia. E não expulso. É quase um sacerdócio diário me convencer que devo ficar exposto a todo tipo de pensamento, principalmente os que eu não concordo e não gosto.

Assim, meu facebook é uma confusão bizarra de ideias que forma um belo panorama de como pode ser confusa a cabeça de certas pessoas e como as ideologias vão quase que darwinianamente se adaptando aos novos tempos, vão se ajustando, sofrendo mutações, dando origem a subespécies de microideias que crescem e se espalham. Há alguma beleza no caos, e também espinhos. Não raro me mandam fotos de crianças que levaram tiros de fuzil na cara, crianças queimadas, gente matando animais, pessoas sendo degoladas ao som de musica islâmica.Confesso que sinto algum prazer mórbido em vagar pelo lixão. Vago pelo lixão de ideias do facebook como um naturalista, sempre pronto para os perigos e descobertas numa terra estranha. Também sou assíduo explorador das páginas que ninguém vai no google, tipo página 200… Lá pro fundão. Entro em links estranhos escritos em sérvio, russo, e línguas doidas que nem sei de onde são… coisas que não entendo nada e vou entrando, links em chinês, coreano… Vou fuçando tudo e clico meio que ao sabor da aventura. É quase um esporte radical, pois o risco do virus, o risco de dar de cara com pedofilia ou snuff films é sempre presente.

Nessa zorra caótica, tenho visto no meu facebook algumas pessoas repetindo certas ideias que parecem estar ganhando força ultimamente. Não sei dizer se por um intermédio proposital do Governo e seus aliados do ativismo cibernético, ou se é coincidência mesmo.

Crise, que crise?

Geralmente começa assim. Sempre aparece alguém dizendo que não há crise. Que a “crise” que tanto se fala é fabricada, seja por interesses ocultos, forças misteriosas que querem derrubar o governo ou mesmo por uma tal mídia golpista.

Não duvido nem um pouco da ideia de mídia golpista. Penso num mundo regido por duas grandes forças. A primeira delas é o dinheiro. A segunda é o poder. Outra é o medo. Outra são as influencias. Os interesses… O mundo é repleto de forças puxando a realdade de um lado para outro, tal qual lobos disputando uma presa. A verdade isenta midiática é talvez a mais louca das utopias, e a política mundial sempre foi uma colcha de retalhos de intrigas, coalizões e traições. Para um político, certas verdades simples são imutáveis. Uma delas é a que diz que “todos irão querer ser seu amigo quando tudo está bem; Mas espere só para ver o dia que der merda!”

Outra das grandes verdades imutáveis é tão papável no Brasil que devia estar escrita na bandeira nacional: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.

O Brasil é um país riquíssimo, que alguém disse que é a sétima economia mundial. Não sei se já foi ou se ainda é. Muito provavelmente, não será.

Digo isso porque o nosso país é um grande “cobertor peleja”, com cada vez mais gastos e uma maquina gerencial terrivelmente ineficiente. O cobertor que já não cobria o corpo todo, cobre cada vez menos. E é justamente por isso que ocorrem os arrochos. O governo tenta desesperadamente aumentar impostos para tentar crescer o tal cobertor peleja, mas o corpo, isso é, os gastos do governo com ele mesmo e com sua estrutura ineficiente, crescem mais rápido do que qualquer cobertor mágico seria capaz de acompanhar.

O resultado são cortes de R$ 1 Bi em educação e R$ 1,2 bi em saúde.

Considerando que o governo sabe que a lei imutável onde “todos serão seus amigos quando tudo vai bem”, seria muita estupidez se ele assumisse a verdade de que estamos “na roça” em parte graças ao nosso mal eterno, a falta de planejamento. Isso geraria uma tenebrosa corrida à farinha pouca, jogando mais peso para a segunda verdade imutável deste país. Obviamente que as pessoas que acreditaram naquele papo eleitoreiro do “pessimildo”, devem estar bem desconfortáveis se sentindo enganados pelo governo que prometeu “A” na campanha e fez “Z” depois que ganhou.

As pessoas foram iludidas, não deu outra. Fica o aprendizado.

O político, seja ele quem for,  só diz a verdade que garanta a ele o alvo de seu interesse.

É por este motivo que Lula Abraça Maluf e Lula vira amigo de Collor… As famosas alianças espúrias nos revelam outra grande lei imutável do Brasil que teima em nos dizer que “os fins devem justificar os meios”.  É ruim, mas temos que nos habituar. É parte do nosso crescimento como nação aprender no corte e na dor da chibata que coerência e ética são abstrações humanas muito mais presentes nos discursos do que no palpável reino das negociatas à portas fechadas, com direito a contratos secretos e leis “jabuti”.

Mas surgem coisas realmente curiosas na minha timeline. Uma delas foi um cara que esqueci o nome agora, que estava puto porque em plena “crise”, as filas do Outback estão grandes, que as marcas de luxo estão vendendo muitos carros, que há fila para comprar roupas caríssimas. A indignação começa numa bolsa de R$ 55.000 (tão feia quanto cara) em forma de pérola se esgotou nas lojas de luxo. Não tarda, surgiram pessoas acusando os ricos que consomem coisas como esta bolsa, iates de luxo carrões milionários de serem os exploradores do povo. O lema da vez parece ser “a culpa da pobreza de um é a riqueza do outro”.

A bolsa da discórdia

Mas isso é uma ideia errada. Dizer que uma pessoa que ficou rica é porque ela explorou os outros não faz muito sentido, porque há formas de enriquecer sem ser explorando nem sacaneando. Logicamente que existem ricos que são verdadeiros vilões de folhetim, mas a filhadaputice não escolhe classe social e essa generalização é uma sacanagem perversa, porque tudo que funcione como bode expiatório serve a interesses de afastar as pessoas da realidade dos problemas.

Vamos ser francos, há pessoas muito estúpidas nesse mundo. Há quem gaste um milhão de dólares para beber uma porra duma vodka filtrada em diamantes. Há pessoas que pegam um jatinho para ir comer caneloni com trufas num restaurante chique. Há quem gaste o que a maioria dos brasileiros não ganha em dez anos comprando uma calça feia que vai estar fora de moda em três meses.  Há de fato, muitas pessoas deslumbradas, tentando encontrar uma completude para suas existências em objetos materiais. Essas pessoas são ricas financeiramente e ao mesmo tempo não passam de pobres coitados tentando se situar num planeta que lhes convence que a felicidade está na aquisição. Mas tenho que concordar com quem sugere que as pessoas tem o direito inalienável de serem estúpidas. O direito a estupidez deve ser assegurado.  Se o cara não roubou, se não tirou a grana dele dos outros nem da nossa por meio de conchavos e falcatruas, ele que gaste a grana dele como bem entender.

Só que este rei do camarote ou rainha do closet, não é o único rico que existe. O ecossistema da riqueza material é muito mais vasto e diversificado do que supomos. Eu mesmo tenho amigos que ficaram ricos ralando, trabalhando de sol a sol, sem passar ninguém pra trás.

Pobres ricos. Sinto realmente pena dos caras que ralaram feito uns infelizes para amealhar uma boa grana e hoje são acusados de serem “as elites” culpadas por tudo que vai mal deste país do improviso chamado Brasil. Não lembro quem foi que disse que ser rico no Brasil era pecado. De fato, enquanto em muitos países pessoas ricas despertam sentimentos positivos, aqui eles são tidos como vilões opressores do povo inocente. Para um político, culpar os ricos pelas desgraças funciona tão bem quanto funcionou para a Alemanha pré-hitlerista culpar os Judeus por todos os problemas. O que nos leva a mais uma lei imutável do universo que se chama “jogar a culpa”. Veja por exemplo nós aqui mesmo, cujo esporte preferido é atribuir todos os nossos males aos políticos, como se eles fossem capazes de resolver os problemas, que muitas vezes são nossos.

Ema, Ema, Ema…

É como dizem: “Ema, ema, ema, cada um com seu problema”. Se o político leva a culpa de um lado, o rico leva de outro e até o pobre paga uma parcela substancial do pato. O Brasil sempre lutou para se livrar da desigualdade social, muitas vezes aprofundando a mesma na tentativa de sair do atoleiro. Se a bolsa feia pra caramba esgotou, enquanto as escolas públicas brasileiras não raro são de pau a pique sem telhado nem lusa com uma professora que é semianalfabeta, e a fila dos hospitais tem gente sendo atendida no chão, não vamos colocar todos os galhos na conta do rico.

Pode esperar que é sempre assim, quando o filho é feio, sempre vão procurar um pai pra ele. Vira o clássico jogo de empurra onde ninguém quer a pica. O governo culpa a oposição, culpa mídias golpistas e elites brancas. A oposição culpa o governo. O pobre é levado a crer que a culpa dele ser pobre e que o dinheiro que devia ser dele está com um ricaço aí que gasta tudo em bolsas de gosto duvidoso.

Defensores do governo que alegam que não há crise porque os ricos continuam a consumir “como nunca antes na história deste país” esquecem o detalhe de que o Produto Interno Bruto, a soma de toda a riqueza do país, está em retração com projeção de 1.70% de retração em 2015, ainda mais quando desde a década de 30 não há dois anos seguidas de retração do PIB. A inflação aumentou, o desemprego aumentou, os juros subiram, o Brasil periga ser rebaixado na classificação de risco, a dívida pública continua a explodir, o governo corta 40% dos investimentos de seu carro chefe, o tal Programa de Aceleração do Crescimento, corta bolsas de estudo, corta saúde, corta segurança pública, não honra os compromissos internacionais, não respeita a lei de responsabilidade fiscal e surge com “economia criativa”,  coloca a cabeça na guilhotina da credibilidade para todo o mundo ver. Não obstante, ainda aprova projetos cheios de bacalhaus que vão gerar cascatas monumentais de gastança pública. Me refiro à PEC aprovada na câmara ontem, que  equipara diversos salários aos salários dos ministros do Supremo, que vai gerar um cascatão padrão Foz do Iguaçu do meu e do seu dinheiro na ordem de R$ 2,4 bilhões nas contas públicas. (estarreça-se aqui)

E nem vou mencionar as obras inacabadas, mal feitas, sem inicio nem fim, eternamente presas no meio. E assim, enquanto o país debate a justiça ou não acerca dos episódios dos amigos da Presidente da República presos por corrupção, uma bela ala dos políticos comemora a tragédia chamada “quanto pior, melhor!”

Estamos num mato sem cachorro, meus amigos. O pior é pensar se já estamos descendo pelo abismo da montanha-russa ou se isso é só aquela subidona que prenuncia a catástrofe. Falava-se ontem em pessimildo. Hoje já devem falar em desesperildo, porque o panorama à frente é bem esquisito.

Culpar o rico pelo consumo dele nesse panorama me parece como culpar os  infelizes violinistas que continuaram a tocar enquanto o Titanic Afundava. Que culpa eles tinham, se só sabiam fazer aquilo?

Culpar o mercado de luxo pelo que quer que seja é uma estupidez tremenda, porque tudo é uma questão de perspectiva. Para uma pessoa que ganha dois, três mil reais, uma bolsa feia dessas de 55 mil pratas pode soar uma aberração, mas essa pessoa esquece que aos olhos de um catador no lixão da Chatuba, que possui em sua despensa apenas meio quilo de açúcar e já perdeu três filhos (dos nove que tem) para a doença e já não tem o que fazer com os que passam fome, sua pipoca de dez conto no cinema ou a cervejinha de sete no final de semana, é igualmente uma aberração. No Brasil temos pessoas que sonham em um dia morar numa favela. Isso é trágico demais.

Falar em elite branca é fácil. Difícil é estabelecer um critério justo para sabermos quem são esses “ricos” ao qual vale à pena despejar tamanho ódio. Obviamente de cara podemos dizer que O presidente, os ministros, os políticos em geral, são todos ricos.

Neste artigo aqui podemos ver uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) onde surgiu a missão de elaborar o Critério de Classificação Econômica Brasileira. Esse padrão serve como base para a maioria dos questionários sobre o poder de consumo de cada família. A renda média dos brasileiros em cada uma das oito classes econômicas é explicada na tabela a seguir:

Classe econômica Renda média familiar bruta mensal
A1 R$ 12.926
A2 R$ 8.418
B1 R$ 4.418
B2 R$ 2.565
C1 R$ 1.541
C2 R$ 1.024
D R$ 714
E R$ 477

Obviamente que o critério de renda média é questionável por inúmeros motivos, mas isso juá pinta um quadro do que supostamente seria o tal rico brasileiro. Eu tenho muitas ressalvas com a tal pesquisa, inclusive com o novo método mais apurado de definir quem é rico e quem não é, sobretudo porque ele não leva renda em conta. Me parece estranho demais um estudo de riqueza que não contabiliza renda. É quase como tentar saber se uma comida está salgada sem provar.

Mas se os números estiverem certos (o que eu duvido) somos tão pateticamente pobres como país, que tenho pena dos ricos. Ser rico num país repleto de pessoas pobres e que está lentamente afundando não me parece nada vantajoso. Não é vantajoso pra ninguém.
Em um relatório divulgado em julho de 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil aparece com o terceiro pior índice de desigualdade no mundo e, em se tratando da diferença  e distanciamento entre ricos e pobres, fica atrás no ranking apenas de países muito menores e menos ricos, como por exemplo Haiti, Madagascar etc.
A ONU mostra ainda, nesse estudo, como principais causas de tanta desproporcionalidade social, a falta de acesso à educação de qualidade, uma política fiscal injusta, baixos salários e dificuldade da população em desfrutar de serviços básicos oferecidos pelo Estado, como saúde, transporte público e saneamento básico.

É lamentável que vivamos num país que tem uma das piores taxas de desigualdade do mundo. Onde pessoas gastam o preço de um carro numa bolsa de plástico enfeitada enquanto outros morrem de inanição e crianças não tem sequer água limpa para beber. Mas o problema da equação da distribuição de renda não é dos fatores que a compõe. O Rico precisa ter assegurado o direito dele gastar o dinheiro dele como bem entender, até queimando ou rasgando se ele quiser, ao mesmo tempo que precisamos lutar por uma distribuição de renda menos perversa. Chega de tratar pessoas feito lixo, seja rico, seja pobre.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Philipe,
    Geralmente estes seus posts políticos acabam permeados pela discórdia, especialmente quando nadam contra a ideologia de alguns. Mas, parece que você se alimenta de maneira inteligente dela, afinal.
    Ainda vejo a coisa por um ponto mais centralizado: educação. A menos que o sujeito estude em um colégio de técnica de ensino avançada e disciplina rígida desde a mais tenra idade, a maior probabilidade de um brasileiro é a de passar por todo o sistema básico de ensino e chegar adquirir um diploma de ensino superior e ainda assim continuar um idiota funcional: temos que cuidar do que chamamos de educação; não é qualquer escola que merece o título de instituição de ensino. Ainda que nossos percentuais de crianças nas escolas possam apontar um número X, o aproveitamento qualitativo desse mesmo ensino chega a ser risível, de tão baixo.
    Você, melhor do que eu (por assumidamente chafurdar o lixo intelectual em redes sociais afins), deve saber das coisas escabrosas que circulam por aí, desregradas e sem asseio educacional algum. É foda.
    Como é que se pode tirar alguém da miséria se este alguém sequer é capaz de minimamente entender as regras do mundo em que vive? Não há como se construir riqueza, igualdade e mínimo sentimento de pertencimento a uma sociedade mirada na produção do bem comum sem estar educado para tanto.
    Mas… educação (qualitativa) é cara, muito cara. Ela também demora horrores, não dá resultados a curto prazo e nem costuma agradar sistemas de poder encalacrados na égide da ignorância (esta, sem partido definido). O prognóstico da educação atualmente é igual ao do pib brasileiro: regressivo.
    Aliás, como você muito bem apontou: o direito à estupidez deve ser muito bem protegido. Foda é se isto se tornar regra por falta de opção. Nada como poder se dar ao luxo de viver em meio a bobagens, mas nada mais desesperador do que viver em bobagens por não ter capacidade de optar por outra coisa, e nisso se perder.

    • Esse é o tipo do post que eu escrevo como devaneios, vou escrevendo sem ter uma ideia previa do que vai sair. Não raro fica uma bosta. Não raro eu estou errado. Mas é bom de fazer para dar a sensação de liberdade, de colocar o que quiser no “papel”.
      Penso que grande parte do problema da educação é financeiro. E não me refiro à transferência de recursos monetários para a pastar educação. O problema é que o Brasil é fortemente dependente de recursos externos, e está ficando cada vez mais. Assim, qual seria o foco? O foco hoje são números. Não interessa verdadeiramente ao governo se a criança esta tendo um ensino de alto padrão. Eles querem e precisam dos números, porque isso impacta em avaliações de órgãos internacionais que são somados na avaliação de risco e credibilidade do país, como nos indicadores da Onu. É como sempre foi, para inglês ver. Assim, o Brasil desperdiça o potencial de dar ensino de qualidade, porque “toda criança na escola já basta” para a maquiagem dos numeros. Escola sem banheiro, sem merenda, sem telhado, tudo isso conta como “escola”. Sem dados qualitativos, os alunos estão à mercê do caos. O resultado é deletério ao país.
      Um bom exemplo do que estou falando é o conceito de aprovação automática, que deveria ser pedagogicamente uma coisa, mas o conceito foi deliberadamente manipulado para gerar belos números políticos, como redução da evasão escolar. O mais perverso é ver o próprio governo que age assim usando o discurso da necessidade da educação de qualidade que é um consenso mundial como bandeira para se manter no poder em total locupletação com recursos do povo.

      • Belo post, Philipe. Aliás, esses seus posts estão entre os meus preferidos. Há tempos eu queria propor que você fizesse um post sobre educação. Mas cuidado: mesmo que esteja acostumado ao lixão, se aprofundar no tema pode ser assustador. Abraço!

  2. Philip, 2,4 Bilhões é muito dinheiro, mas … cada vez que o governo sobe a taxa SELIC 0,5% ele paga 15 bilhões a mais por ano de juros, sem pagar nada da divida. Nos pagamos uns 200 bilhões de reais por ano em juros, só juros. Para fundos de pensão, Bradesco, Itau, Safra e CIA e especuladores internacionais. há algo muito podre atrás dessa divida interna de 3 trilhões. Mesmo pagando um caminhão de dinheiro, a divida só aumenta! O governo, e não só o do lula-dilma, mas também do FHC, fizeram e fazem de tudo para ter o tal superávit primário e pagar esses juros exorbitantes, e o que é mais louco, é o próprio governo que controla a taxa Selic e é ele mesmo que aumenta! Com 200 bilhões extras, poderia dar aumento pra todo mundo, bolsa esmola, Fies, prouni, minha casa-minha divida pra todo mundo, e ainda sobraria recursos.

  3. Ai ai Philipe, como gostaríamos que suas palavras fossem lidas/ouvidas por todo o Brasil… Ótimo post, realmente nos faz pensar em nossos conceitos.

  4. Pois é! Quando você fala que é modismo culpar os ricos pela miséria dos outros…você acabou de tropeçar em um dos métodos que esse partido miserável o PT (Os outros também – PC,PCB PC do B,PSOL, PSTU etc.) usam para cooptar votos em seus comícios. Hoje em dia aqui nas cidades do Nordeste, ninguém bate à sua porta e pede esmola. Eles intimam!! Ninguém diz: “Me ajude pelo amor de Deus!” Eles dizem: “Me dê isso e aquilo por que você é rico e tem que me ajudar!”. Rico prá eles é todo sujeito que tem uma casinha boa (financiada pela CEF – O maior agiota do país! Em prestações que seus netos irão terminar de pagar!!) e um carro popular na garagem (comprado usado claro!). Curioso por esta atitude, eu que na epóca trabalhava dirigindo um táxi, além de também ser Professor de reforço escolar, um dia chegando em casa num bairro da periferia assisti um comício do PT e suas coligações – Aquela cambada de partidos de esquerda! – Dizendo aos berros ao povaréu justamente isso! Que a culpa da pobreza é daqueles que estão melhores de vida, pois eles exploram o povo!
    Note uma coisa Philip, que bastava este partido que se diz dos trabalhadores impor por lei o pagamento do trabalhador semanalmente para todas as categorias! E o trabalhador brasileiro só aí já teria um ganho de poder aquisitivo de quase 50% mais, sem aumentar nenhum salário!
    Passado um período de adaptação inicial, todo trabalhador aprenderia que não tem necessidade de comprar nada à prestação! Basta poupar dinheiro toda semana! E quando for adquirir aquilo que precisa ou quer, terá um excelente argumento de barganha! Grana viva! Se parcelar alguma parte será uma parte miníma e em condições muito melhores do que o crédito especulativo de hoje onde você paga três vezes o valor daquilo que compra em um ano! (Quando alguém ler que os bancos tiveram um lucro espetacular no ano, já sabem de onde veio!). E o comércio então? As vendas à vista seriam quase 90% do total! Para que os comerciantes precisariam fazer o redesconto bancário? (Quando você compra com cartão de crédito ou parcelado, os bancos repassam o dinheiro à vista para o comerciante cobrando uma taxa de 7% podendo chegar até a 14% em alguns casos!) E isso afetaria as indústrias também! Elas passariam a ter mais liquidez nas vendas para o varejo comercial e não precisariam tanto de financiamento bancário para operarem a médio prazo.
    Alguns economistas diriam que isso provocaria um aumento brutal de consumo, gerando inflação por demanda. Em um primeiro momento poderia, mas o mercado se auto-regula e logo tudo estaria num patamar normal de consumo, só que em termos mais acessíveis pois a queda de preços seria inevitável. E o que sobra para o governo? Oras, o banco 24 horas do governo federal sem dúvida nenhuma são os encargos sociais, depositados todo dia primeiro de cada mês e parece-me que antecipado se não for dia útil! Se o salário é semanal, encargos sociais também serão recolhidos toda semana! Assim a previdência social e o caixa do governo sempre vai estar suprido de grana e mais uma vez sem precisar do mercado financeiro! Setores de prestação de serviços e todo o resto do comércio teriam um dinamismo sem igual e a nossa economia cresceria a olhos vistos!
    Utopia! Não! É exatamente assim que funciona a política salarial norte-americana! E o sistema comercial deles segue a boiada!
    É por isso que um brazuca quando imigra para os EUA, mesmo vivendo ilegalmente, trabalha em sub-empregos (que nos EUA são empregos normais!), garçom, faxineiro, jardineiro, operário de construção civil (servente cavando buraco e fazendo argamassa!) pagando aluguel mais caro enquanto ilegal etc. Consegue juntar dinheiro e logo está dirigindo se próprio carro!
    O engraçado é que eles compram de cara aqueles que no Brasil são chamados carros de luxo! Compram Cherokee (Uma com cinco anos de uso no máximo, bancos de couro, rodão, som, motor v-8 automática – U$ 3,500,00/5,000,00) – Diária de um cavador de buraco em San Francisco U$ 120,00/200,00 dependendo do trabalho e do grau de dificuldade – Detalhe: Geralmente o dono da empresa é brasileiro naturalizado americano!
    Abraços! E parabéns pelos vídeos! Sou fã!

  5. Só um pequeno toque: Sempre que você citar números e dados, acho que seria vantajoso você também fornecer o link pra entidade ou estudo que forneceu estes dados. Tudo bem que 90% das pessoas não vão clicar nos links pra checar, mas pelo menos você embasa suas opiniões.

    Só cuspir números e falar “tá tudo na internet, pode pesquisar” não embasa nada, porque qualquer um pode escrever qualquer coisa na internet. Tem gente até que acredita (e tem “dados” pra provar) que homens brancos héteros são as verdadeiras vítima de preconceito do mundo.

      • Em alguns números. Não em todos. Eu entendo que parte do texto é mais opinativo do que factual, mas quando você escreve, por exemplo, “Em um relatório divulgado em julho de 2010 pela ONU, o Brasil aparece com o terceiro pior índice de desigualdade no mundo”, eu tenho interesse de ler esse relatório.

        É só uma prática que eu peguei assistindo muito o PBS Idea Channel. Toda vez que eles citam algum estudo, eles dão o link pro estudo na descrição do vídeo.

  6. “Faço isso porque sei que não sou dono da razão, e também porque gosto de
    ver outros lados, até para saber se estou realmente convicto ou sendo
    convencido de certas coisas por monoargumentação.”
    também penso assim, saber escutar melhora o conhecimento, e comentários ruins e bons servem para enriquecer o debate e trás informação adicional
    tem gente que só quer ouvir o lado “bom” e não aceita criticas, ignorar criticas negativas e comentários do contra e também o ponto de vista dos outros
    eu acho que quanto mais se falar de um assunto melhor a todos envolvidos

    sobre a riqueza alheia, uma bolsa de 50mil acho inútil no dia a dia e só serve para dizer aos outros eu sou fod* e vc é um ferrado e muito melhor que vc pois tenho dinheiro
    agora encha a bolsa com 500mil e va para o meio da amazona ficar perdido la como no programa do bear grylls… em 3 dias vc irar pensar trocar essa bolsa por uma pizza sem piscar melhor

    mas essa gastança da elite tem o lado muito bom, a bolsa custou merreca para ser feita e nessa empresa os funcionários tem emprego e muitas pessoas ganham grana, tenho parentes com dinheiro e eles fazem muitas obras em casa e na empresa deles e isso é dinheiro circulando para as pessoas, melhor o rico sair gastando e esbanjando e dando empregos doque deixar milhões no banco que usam para emprestar a pobres que adoram um cartão e cheque especial que no final da muita grana a bancos(basta ver os lucros anunciados nessa semana)
    os ricos não podem viver sem pobres para trabalhar para eles
    e é verdade mesmo que ser rico no brasil é uma ofensa, basta ver as novelas que povão gosta, nas novelas os ricos não fazem nada,nem trabalham… passam o dia todo infernizando o pobre, que sempre é pobre mas é honesto e no final mostra que os ricos são os errados
    ja fui gerente de empresa de caminhão… e ja ouvi muito “patrão em casa cheio de dinheiro e eu aqui duro me fu*endo” e uma vez eu respondi “safado ele né, melhor fechar a empresa, e procurar emprego junto com vc né”
    novelas e governo glorificam o pobre(que é pobre de que?)

  7. Belo texto. Mas não esqueçamos que há sim muita coisa estranha e contraria à lei surgindo. Antes respeitáveis empresários, hoje sonegadores. Ainda em julgamento é verdade. Mas aconteceu! Verificamos nas páginas de politica de diversos sites.

  8. Adoro esses seus posts divagação. E acabei lembrando de uma divagação minha…

    Quando li “há formas de enriquecer sem ser explorando nem sacaneando”, imediatamente lembrei de uma conversa que tive com uma amiga advogada sobre isso.

    [Sabe como é, trabalhar num escritório de tributário e empresarial te deixa meio descrente quanto a integridade moral das pessoas ricas (e quando eu digo rica, digo RICA, e não dos caras que ganham 15 ou 20 mil por mês e se consideram ricos. Falo dos caras que pagam esses 15 ou 20 mil pra umas centenas de pessoas e continuam RICOS. Aquele monte de dinheiro que eu, mera mortal, tenho dificuldade para imaginar e que a maioria das pessoas ignoram que possa existir e estar concentrado nas mesmas mãos).]

    Bem, conversávamos sobre as grandes fortunas dos clientes, depois de empresas brasileiras no geral e passamos para as grandes mundiais e não encontramos ninguém que fosse completamente “limpo”.
    Começando pelas empresas brasileiras, que se forem realmente pagar todos os impostos quietinhas, sequer sobreviveriam, quanto mais seriam grandes (não digo que façam coisas ilegais, mas desonestas ou antiéticas).

    Seja roubando a ideia do coleguinha pra montar uma empresa de software, seja migrando seus fundos de investimento de um país para outro, abandonando uma galera à própria sorte, todo mundo tinha um podre – não necessariamente ilegal, mas no mínimo antiético.

    Honestamente, eu não consigo ver as formas de enriquecer que não sejam explorando ou sacaneando (até porque, se eu conseguisse enxergar isso, já teria aplicado isso à minha medíocre vidinha e estaria lendo seus posts lá em Seychelles). No máximo é possível ser um “rico ok”, desses que ralam e tiram seus 20 mil (claro, se ignorarmos que ele recebe do cara master-rico que em algum momento tem um podre e que, de certa forma, ele também contribui pra isso).

    Enfim… O que é ser um rico honesto e não sacana? (na verdade eu só quero aprender a ser rica. hehe)

    • Tá, seu comentário está errado e distorcido num amplo graus de níveis. Eu estou com pouco tempo para fazer textão e respondê-los como seria preciso. Suspeito que essa forma de amostragem baseadas em cliente de um escritório de tributario empresarial distorça a matriz. Seria como analisar a honestidade das pessoas do país baseado em dados de um escritório de advogado criminalista, hehe.

      Empresas visam lucro. Visar lucro não é errado ou antiético, é a formula pela qual a empresa existe. Se um país torna as coisas mais perigosas para os que investem, eles tem todo direito de colocar o dinheiro que é DELES em lugares mais seguros, como você mesma faria. Assim, não é antiético a fuga do capital quando o país dá sinais de desonestidade generalizada e falta de compromisso com os principios basicos dos mercados financeiros, que é garantir a rentabilidade de quem aplica.
      Existem milhares de formas de enriquecer sem ser roubando ou dando golpe na praça. Você só precisa de algo que as pessoas queiram pagar, e esse algo deve te dar lucro. Simples assim.
      O mundo está cheio de espaço para ideias que torem as pessoas ricas. Um bom exemplo são as empresas de tecnologia que explodem financeiramente do nada. Um simpels sujeito que saiba proghramar em casa pode crira um game de celular, como o flappy birds em o que? Seis horas de progranmação? Talvez menos. Sete milhões de pessoas compram o game dele em duas horas. No dia seguinte, ele é um milionário. Roubou de quem? Extorquiu quem? Passou quem para trás? Absolutamente ninguém. E esse exemplo é uma construção de riqueza praticamente individual, só para efeito didático. Há muitas outras, colaborativas. Há outras ainda que melhoram a vida das pessoas e de quebra deixam o cara rico, como o sujeito que inventou a caixinha tetra pack. Ficou multibilionário.
      Outro exemplo ao acaso: Um sujeito que escreve um livro. O livro cai no gosto popular, todos amam. Ele fica rico. Isso acontece todos os anos no mundo. Quem é sacaneado num processo assim? Ninguém. O cara gera prazer para as pessoas que pagam a ele por isso. Claro, cada autor que ficou milionário deixou a editora bilionária, mas esse é o lado bonito do capitalismo. Se eu puder ficar milionário deixando alguém bilionário, eu vou querer isso pra minha vida.
      Riqueza financeira não tem NADA a ver com comportamento desonesto. NADA.

      • Ok, Philipe, origem lícita blza. Mas pq tem tanta gente precisando esconder suas enormes somas de dinheiro?

        http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/vasto-mundo/gilles-lapouge-sera-que-os-ilheus-querem-mesmo-autonomia/

        “Esse Jimmy, que ganha somas monumentais, havia montado um lindo circuitozinho: ele colocava seu dinheiro em Jersey num “trust”, uma estrutura jurídica opaca, e o recuperava sob a forma de empréstimos. Desse jeito, ele só pagava 1% de impostos sobre sua fortuna. Foi isso que levou Cameron a se debruçar sobre os meandros fiscais e financeiros de Jersey.”

        —-
        http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/a-mais-nova-tentativa-de-repatriamento-de-recursos/
        —-
        http://www.istoe.com.br/reportagens/431403_CITADOS+NA+LAVA+JATO+DEVOLVERAM+R+200+MILHOES+EM+IMPOSTOS

        • Acho que a grande maioria não quer pagar imposto. Tem todo tipo de gente fugindo de pagar imposto no mundo, do grande ao pequeno. Lembra do Depardieu que resolveu virar russo só pra escapar da tungagem francesa?

          • Sim, tem o U2 tb. Tirou a sede do escritório da GB pra pagar menos imposto. E o Bono paga pau de bom samaritano e tal.
            Cito tb o Gerdau que entrou na operação da PF, aquela do CARF, ele discute mais de R$ 5bi em IR.
            Só pra ter uma ideia a tal divida interna do RS é de mais ou menos R$ 5,5 bi. Só pra ter ideia dos volumes de grana, pois o Gerdau deve à União e não ao governo estadual.
            Enfim, discutimos bastante sobre isso na minha pós, a questão: o que é mais importante enriquecer sem pagar impostos e depois fazer caridade ou enriquecer pagando impostos e o governo investir em serviços à população? Houve grandes defesas à época.

          • Me parece que no fundo sempre acharemos alguma culpa do governo nessas praticas. Muitas vezes os próprios contadores se encarregam de aparecer com ideias mirabolantes para o cliente pagar menos imposto. Quando abri minha empresa eu tinha uma contadora dessas, que todo mês me chamava de idiota porque eu pagava tudo em dia certinho, religiosamente. Pra ela isso era burrice já que ela tinha os “esquemas” para calçar as notas e praticamnete não pagar imposto algum, bastando dar uma “ajuda” para o fiscal amigo dela.

            A mulher era tão 171 que acabei tirando a firma do escritório dela com medo de algum dia dar merda pro meu lado. Migrei para o escritório mais caxias da cidade. Acho que muito disso é uma questão do perfil do empresário. Muitos deles sabem que o governo é uma bosta em termos de cobrança, mas péssimo em execuções. Assim, eles ficam devendo esperando algum perdão de dívidas. Não raro acontece, e isso alimenta o sistema. Cada vez mais as grandes empresas devem, porque dever virou um bom negócio. Tem varias praticas condenáveis por aí, como ir envenenando uma pessoa jurídica para manter saudável outra e depois matam a PJ doente e criam uma zerada para começar tudo novamente…

            É muito difícil achar uma empresa como a minha que não tem absolutamente NENHUMA divida e paga tudo certo, em dia. A maioria vai se pendurando e buscando facilidades.

          • Pois é, Philipe, tá aí uma luz no fim do túnel: e se o governo ao invés de “perdoar” devedores desse um bônus para bons pagadores? Você ganharia algo como incentivo para continuar financiando o seu país.
            Tipo, quem paga em dia, que é obrigação afinal de contas, vai contar com um desconto de bom pagador, como o IPVA de alguns estados que tem desconto para bons motoristas sem multas.
            Mas de qualquer forma, parabéns, cara! Você cumpre suas obrigações com a sociedade.

      • Eu quero mesmo estar errada. Sei que assim, usando a lógica, é possível. O que me desanima é que essas fortunas honestas se escondem muito bem.

        Eu queria conhecer só umazinha dessas (caso concreto, com nomes e história) para restaurar um pouquinho da minha fé.

        Também não sei se no fundo estou fazendo confusão entre “justo” e “honesto”; até porque são dois conceitos muito subjetivos.

        Pra mim não parece justo ou honesto que os juros de duas semanas de uma dívida empresarial somem 2mi e que a maioria das pessoas nunca vá ter acesso a uma insignificante fraçãozinha disso, ainda que perca o couro de trabalhar.

        É legal? Acredite: é. É justo? É honesto? Mmmmmm…

        Estou muito mais propensa a acreditar que fazer as pessoas terem fé que podem se tornar ricas é um meio genial de manter o status quo.

        Tipo isso: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/desigualdade_economica_e_muito_pior_do_que_voce_imagina.html

        Mas, como disse, quero estar errada.

        • A gente nem precisa procurar muito para achar formas de enriquecer honestamente. Um bom exemplo são os fundos de investimento. Quem sabe fazer bons investimentos e sabe fazer análises financeiras pode ganhar muita grana, fazendo um dinheiro básico trabalhar para elas e crescer. Sobretudo nesse país com taxas de juros alopradas, certos fundos rendem como coisa de ficção científica. Infelizmente, a maioria das pessoas sequer imagina que isso exista. A título de ilustração posso citar o Sicoob, que é um Fundo de Investimento Renda Fixa. O tal fundo afirma que, em 12 meses, deu retorno de 880.898%. Sim, mais de OITOCENTOS MIL PORCENTO!
          No material para investidores, a cooperativa de crédito Sicoob, gestora do fundo, dizia que quem aplicou 1 000 reais em janeiro de 2014 ganhou no último dia do ano, 7 milhões de reais.

          Obviamente isso é só ilustrativo, já que é tão bizarro esse rendimento que a CVM esta investigando como rolou essa magica financeira aí.
          Mas em linhas gerais, tem muita gente que começa a investir com mil, dois mil e ao fim de um ano já tem uma boa grana, ainda mais se souber aplicar em ações. Conheço muita gente que ganha dinheiro somente aplicando no mercado financeiro – o que por tabela, ajuda muitas empresas.

    • http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/paraisos-fiscais/

      Pois é, nesse link temos duas notícias sobre esses dinheiros que teimam em abandonar seu país de origem.
      ———
      Da Agência Senado

      Crise financeira global põe em evidência anistia para capitais brasileiros no exterior

      A recente divulgação de estudo que posiciona brasileiros milionários na quarta posição mundial entre os que possuem mais dinheiro em paraísos fiscais estimulou debates na mídia sobre a conveniência da volta desses recursos ao país.
      ——
      Os US$ 520 bilhões que os brasileiros conservam ilegalmente no exterior corresponde a 20% do PIB nacional.

  9. Difícil se animar com este país. Um sentimento de derrota no brasileiro que é inacreditável. VOcê se esforça o máximo que pode para ser íntegro e honesto num país repleto de demagogos e malandros. Vê o cidadão caindo no mesmo conto do vigário desde a fundação do país. Ver uma nação sem ideologia definida, que afirma copiar modelos de países desenvolvidos, mas na prática ser uma colcha de retalhos de medidas vagas e inúteis. A receita de bolo de desenvolvimento é apenas uma desde sempre. Educação + trabalho. Os paíse latino-americanos parecem passar da barbárie e miséria direto para a decadência. Não quero estar aqui depois de 2030. Estaremos mais velhos, mas muito mais pobres.E se vier alguém dizer que tem lugares piores, isso é problema deles. Não deve-se jamais justificar nem nivelar por baixo os problemas baseados nas poucas melhoras. Não é porque eu não tinha asfalto na minha rua antes que eu não irei me importar com os buracos agora. O governante brasileiro vive como um nobre na revolução Francesa, assumindo que a sua realidade é a do resto do país. Uma esfera de ingenuidade sobre a real situação da população; Se esforçando em medidas de esforços inúteis por prestígio internacional, como uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU coisas de que nada valem para um sujeito comum ali, sem perspectiva do que vai comer amanhã. Uma ideia de opulência falsa, de uma construção de uma imagem de um mundo perfeito completamente ridícula.

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