Perdido no mercado – As embalagens de bebida

Estou pensando em criar uma série aqui no blog chamado “perdido no mercado”. Isso porque sempre que eu vou com a patroa no mercado, eu me perco. É impressionante a capacidade que eu tenho de me distrair num mercado, lendo a composição química da ração do gato. E o pior é que eu nem ao menos tenho gato!

Sério mesmo. Eu sou meio doido com esse negócio de parar tudo que estou fazendo e ficar lendo letrinha miúda de rótulo, sobretudo das coisas que eu nunca compro. Um troço estranho, eu admito. Qual o sentido disso? Nunca achei nada que prestasse em rótulo de pasta de dente, sabonete e hidratante. Pior que eu nem me ligo de escolher com cuidado o produto, e teve uma vez que vi uma velha olhando com uma cara estranha de me ver estudando cuidadosamente uma embalagem de absorvente íntimo.

Vendo a expressão da velha eu perguntei, “Esse aqui é aquele que a cola gruda na calcinha?”

-Não sei meu filho, não menstruo faz uns vinte anos! Quando eu menstruava só tinha uma marca e olhe lá!

Ok, eu admito que imaginei a cena acima. Mas não completamente. Ela aconteceu parcialmente. Quando eu vi que a velha me olhava, guardei o absorvente de volta na gôndola e saí de fininho.

Uma coisa que me atrai a atenção de modo incomum é (óbvio) o departamento de eletrônicos. É uma pena, mas eu sinto que o dpt. de eletrônicos está em franca decadência nos supermercados. Não sei porque. O que eu sei é que mercado que tem departamento de eletrônicos costuma cobrar caro no tomate e no abacaxi. E é por isso que a minha mulher resolveu encasquetar que só vamos fazer compra num mercadão de linha mais popular, que só tem comida, material de limpeza  e olhe lá! A justificativa é o preço.

Ok, contra este argumento sacrossanto eu não posso me insurgir e por isso, aceito passivamente que ela me obrigue a dirigir em meio a um estacionamento lotado, tão lotado, tão mongolóidemente lotado que eu me sinto engolfado pelo horror de imaginar que cada carro daquele será um maldito velho na fila, que vai esquecer o que ia pegar, vai travar o caixa e quando finalmente voltar com o produto, ele vai esquecer a senha do cartão, vai digitar números a menos na senha e teimará com a moça do caixa que fez tudo certo.Quando finalmente o puto do velho pagar a compra em dinheiro, a moça não vai ter troco, ou a maquina não vai ter mais bobina, e ela vai tocar a irritante campainha e todos ficaremos com cara de ânus esperando um sujeito de gravatinha azul parar de falar fiado com uma dona e vir resolver o problema.

Há uma lei da natureza que diz que eu sempre me foderei no mercado. E é impressionante como isso é realmente imutável.

Mal chegamos no estacionamento, vem o perrengue de parar. Uma vez lá dentro, vencida a primeira luta de achar vaga e parar o carro, está a “quest do carrinho”. Isso porque todo mundo obviamente percebeu que “mercado que tem sessão de eletrônicos cobra caro no abacaxi”, e dessa forma, a cidade inteira resolveu fazer compra no mesmo mercadão popular e na mesma hora que eu, e por conta disso, não há carrinho.

Então, qualquer pessoa normal ficaria olhando um caixa, a espera de alguém que pegou o carrinho e resolveu levar as compras no braço, – mesmo que isso seja uma hipótese completamente remota de acontecer- mas a minha mulher quer ir logo atacar o problema de frente e isso envolve adentrar o mercadão repleto de gente e sair pegando os produtos e empilhando eles no colo.

Engraçado que com uma dezena de produtos no colo, você começa a se odiar por gostar de maionese, palmito, refrigerante e todas as coisas pesadas que tenham embalagens com formas hereogêneas. Nessa hora, passa por você um moleque sem educação.

Até aí normal, já que os moleques sem educação vem se ploriferando como uma praga nas grandes cidades. Eles estão se esguelando no barbeiro, eles estão se esguelando no hotel, estão esguelando meio do restaurante, eles estão se esguelando até na igreja! Só tem uma porra dum lugar em que os moleques sem educação não estão se esguelando, e é no mercado.

Isso porque eles pegam uma porra dum carrinho que faz falta para clientes como eu, e saem correndo feito pilotos de fórmula 1 pelo supermercado todo, tentando meter aquele maldito ferro (ninguém me convence que o cara que inventou o carrinho de compras não tinha pernas de pau e jurou destruir todos os calcanhares sadios do mundo!) nas pernas dos outros. Nesse caso, quem esguela pelo mercado, são os pais, sempre dois bundas-moles que ficam se culpando por não dar a devida atenção ao pimpolho demoníaco que taca o terror no mercado inteiro.

Após uma atuação digna do Cirque du Soleil, eu consigo achar um carrinho dando mole, que por um milagre do destino escapou das garras dos meninos mal educados e – óbvio, ele não está muito bom. Não demora muito, eu descubro a razão pelo qual o carrinho fora abandonado perto da “ilha da linguiça”: A roda dele está possuída!

Do nada, o carrinho resolve dar um “golpe mortal de direção” e eu por pouco não destruo a obra de arte de latas de salsichinha viena empilhadas que o rapaz vinha construíndo na esquina do corredor principal desde a parte da manhã.

Mercado é uma coisa que definitivamente não combina comigo. Eu reconheço isso e o que é pior, até a minha mulher reconhece isso, e é por esta razão que ela me despacha para a sessão de livraria do mercado. Quer dizer, despachava, porque a seção de livraria só existe no mercado que tem sessão de eletrônicos e por conta disso, “cobra mais caro no abacaxi”.

Como não há coisas interessantes para ler, como livros e revistas, eu me vejo obrigado a ler rótulos cheios de acidulante, estabilizante, conservante, emulsificante, emoliente, gelificante, plastificante, colorido, aromatizado artificialmente e com glúten. Me vejo a  vagar pelo mercado como uma alma penada, enquanto minha esposa zanza fagueira com o carrinho, cada vez mais lotado,  escolhendo material de limpeza, enlatados e conservas.

Nessas constantes idas e vindas ao mercado, acabei aprendendo certas coisas curiosas. Tal qual um preso que após anos de cárcere descobre pequenos prazeres ocultos para distrair sua mente dos grilhões, eu também tenho meus recantos ocultos naquela imensidão consumista.

O meu segredo se chama ” A geladeira dos Simpsons”. Eu descobri que na sessão de sorvetes, há um corredor que certamente, sem sombra de dúvida, é o menos acessado do mercado. Isso porque só tem sorvete de segunda linha lá. Com todo o corredor formado por geladeiras de sorvete, seria de imaginar que as portas de vidro deviam ser geladas, mas como são de vidro duplo, a maioria quase absoluta é de temperatura ambiente. O macete está numa das portas, que seja por um defeito ou coincidência, esquenta pra dedéu. Eu estimo que ninguém abra aquela porta lá desde que o mercado inaugurou. A razão para eu pensar assim é que existe um donut dos simpsons nessa geladeira e ele está lá desde sempre, exatamente do mesmo jeito que eu deixei. Então o que eu faço é me encostar na porta da geladeira quente e sentir o calor nas costas. Caramba, como é bom.

Sopbretudo porque no mercado, a gente anda feito um pato doido pra lá e pra cá, indo e vindo feito um palerma, em busca de coisas que deveriam estar perto, mas por alguma razão esotérica, estão sempre longe. E isso dá uma dor nas costas desgraçada.

Assim, eu me encosto na porta da geladeira quente e fico lá por longos minutos, contemplando o rotulo de qualquer coisa que levo para disfarçar o fato de estar praticamente deitado sobre a geladeira no corredor vazio.

Este mercado que eu vou tem uma particularidade: Ele tem um locutor chato pra caralho, com voz de galã de pornochanchada, do tipo que lê cartas românticas às três da manhã na radio AM. O cara anuncia super-promoções-relâmpago-com-preços-sensacionais-e-mais-um-monte-de-coisa-clichê-que-locutor-diz-antes-de-perder-o-ar.

Tudo bem que o mercado mira o povão, mas não tem nada neste planeta que deixa o mercado com mais ar de favela indiana do que aquele locutor. Como se não bastasse ler as promoções, ele acha que é engraçado. Nada é pior que um cara que pensa que é engraçado quando tudo que ele consegue é gerar vergonha alheia em todo mundo. Logo, o locutor do mercado começa a dizer que um produto está em promoção, e tenta conter uma aparente confusão entre consumidoras que estão se estapeando para pegar a garrafa do azeite.

-Calma senhora! Calma! Tem pra todo mundo… É só colar a etiqueta! Vai acabar! Vai acabar!

Por coincidência, eu estava do lado dele e a única senhora perto do azeite era a moça que varria o chão.

Em seguida, ele começou a imitar o Xaropinho (uma marionete de rato que havia no programa do Ratinho) e estalar a boca no microfone numa contagem regressiva patética para o fim da promoção do azeite, que eu testemunhei, ninguém pegou.

O fato é que hoje eu estava quase cozinhando o meu rim na geladeira dos Simpsons quando resolvi dar um passeio em busca de alguma novidade. Nesse mercado, sem os atrativos da sessão eletrônica e sem os atrativos da livraria, me restaram a sessão de jardinagem, que também é mega caída lá, e a sessão de bebidas, que foi justamente para onde eu rumei.

Eu praticamente não bebo. Embora eu goste de ler sobre o assunto e tenha até um blog que só fala de vinho, é muito raro eu beber alguma coisa alcoólica que não seja cerveja/chopp ou caipirinha com vodka. Mas uma coisa que definitivamente me atrai na sessão de bebidas, é justamente a questão estética das garrafas e dos rótulos. Poucas áreas do mercado exibem tanta variedade estilística na construção do visual do produto quanto nas bebidas alcoólicas. Por exemplo, quando vou na sessão de massa de tomate, é quase tudo igual. Toda a mesmice de embalagens redondas de lata ou quadradas de caixinha, com tomates ou pinturas de plantações, o logo no topo, geralmente envolvido por uma membrana colorida.  Quase todas são brancas/verdes e vermelhas. Nunca vi na vida uma caixa de massa de tomate verde limão, ou laranja.

Isso obviamente não é atôa. Grande parte dos produtos são segmentados, isso é, antes de serem lançados no mercado, há um estudo que define quem é que vai comprar: Mulher? Homem? Pobre? Rica? Metida a rica? Idosa? Jovem?

E com base nisso, se constrói o produto com a mesma inteligência perversa que um pescador escolhe cuidadosamente a isca certa para determinado peixe.

Por que a massa de tomate não está num rotulo preto com letras douradas e o chocolate importado está? Já pensou nisso?

E os produtos que parecem ser de uma marca e são de outra? Mimetismo mercadodógico, meu amigo! Para um observador mais atento, o supermercado é uma verdadeira “selva”, onde o que importa não é sobreviver, mas sim entrar no carrinho de compras do consumidor.

Já a sessão de bebidas, também tem suas regras. Lá há mais variedade. As embalagens são mais criativas e abusam de recursos para surpreender os consumidores. Rótulos elaborados, rótulos minimalistas… Rotulos que lembram pinturas em aquarela, aplicação de verniz, laminação fosca, hotstamping… Tá tudo lá!

Só não vi ainda rotulo com E-paper, mas certamente, não demora terá. Eu gosto bastante de ver os rótulos de uísque. Quase todos tem inserções de quinta cor, ou seja, aquele stamping dourado. Eu vejo e me pergunto o porque disso. A hipótese que julgo mais promissora é que o dourado evoca a riqueza e como quem compra uísque é ou deveria ser (pelo menos na percepção do senso comum) gente que gosta de se sentir importante e discutir cifras, o dourado está lá, brigando para convencer o cara que ao levar específicamente aquele 12 anos e não o outro, será mais negócio porque ele lhe garantirá mais grana, afinal é mais dourado!

Além do mais, pagar mais de cem pratas numa bebida sem um brilhinho parece doer mais no bolso. Quanto mais dourado, quanto mais enfeitada a caixinha, mais a sensação que estamos adquirindo uma jóia. O design faz valer nosso caraminguá.

Já as vodkas são sempre transparentes, com garrafas exóticas. Eu aprecio muito o visual das vodkas porque os caras tendem a evitar o uso dos rótulos, e partem para pintura direto no vidro. Isso é ousado. Algumas são tão bonitas e tem garrafas tão trabalhadas que não sei como o cara compra aquilo e depois tem coragem de beber.

Hoje eu estava andando pela sessão de bebidas e separei três garrafas que gostaria de comentar. Eu ia fazer muito mais, porém, consegui fazer fotos delas até que um funcionário chegou e me pediu educadamente (esporro) para não bater fotos dos produtos da loja. Não sei qual a razão idiota para isso, mas meio sem graça, obedeci.

Olha que garrafa show. Isso aí que parece metal não é plastico não! É metal mesmo! Pode me chamar de infantil, mas eu achei absolutamente sensacional a garrafa justamente por isso. Note que não tem rótulo. No lugar do papel em que na maioria dos concorrentes mais sofisticados é apenas uma tinta prateada ou dourada, estes caras joselitaram e colocaram uma liga metálica que me pareceu alumínio polido, ou zamak banhado e pintado para simular a prata envelhecida. O conjunto completo ficou bastante elegante. A bebida não é champanhe, mas sim um espumante português, ao preço de noventa pratas, se não me engano.

Outra garrafa que achei espetacular  é esta garrafa de vodka. (lembre, é um mercado popular que nem mesmo sessão de peixaria tem, de tão popular que é, logo, é óbvio que existem garrafas mais maneiras pelo mundo. Mas não no mercado que eu estava)

A primeira coisa que me chamou a atenção é a forma da garrafa, que lembra mais uma garrafa de perfume em grande escala. Em segundo lugar, há um belíssimo degradê pro azul na garrafa. Inicialmente achei que era pintura, mas fiquei boquiaberto ao ver que não era pintura! Era alteração de cor na massa do vidro! Pra fazer isso os caras tem que adicionar dois vidros, um transparente e outro azul na montagem da garrafa. A garrafa tem também um logo discretamente carimbado no vidro, em baixo relevo, pra não sujar o visual, e uma coisa que chama muito a atenção, ela tem uma pedra (pelo menos me pareceu uma pedra. Tentei ver se era plástico ou resina, mas não consegui ter certeza) que lembra o lápis lazúli chileno embutido no vidro. Com uma garrafa tão foda, a vodka pode ser até ruim.

Porém, a despeito da sofisticação, a garrafa que mais me chamou atenção não tem nada de especial no vidro. Não tem formato estranho, nem efeitos especiais. Mas ela conseguiu me escandalizar pelo seu rótulo. Se você entende algum um fundamento mínimo do design gráfico, contemple o horror:

A foto de celular não consegue fazer jus ao verdadeiro pandemônio visual que é este rótulo. A garrafa de conhaque de alcatrão São João da Barra devia ser um case de design gráfico.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Rapaz, “mercadinho” bom esse seu hein vendendo vodka CîROC. Essa porcaria é a segunda vodka mais cara do mundoooo(grande coisa)alias um post sobre isso séria interresante!o que acha? Parabens pelo mundo gump.

    • Cara pelo que eu pesquisei meio por alto aqui, a vodka mais cara do mundo chama-se Diva, e a garrafa varia de US$ 3.700,00 a 1 milhão de dólares, de acordo com o número de cristais em sua destilação.
      A segunda mais cara chama-se Diaka e usa nada menos que diamantes em seu processos de destilação. O preço dela é acima de um milhão de dólares a garrafa.

  2. Nossa, fiquei louco com a garrafa de espumante! kkkkkk

    Eu já tomei esporro por ficar tirando fotos numa loja de brinquedos num shopping em Ponta Grossa! kkkkkkkk

    Conhaque de Alcatrão com leite… Pretendo experimentar! HAHAHAHAHA

    • Eu simplesmente não entendo o que pode ter de problema em fotografar produtos com um celular, na medida em que hoje os preços já não estão nos produtos, e sim nas gôndolas. Eu queria entender a razão. Deve ter um motivo.

  3. Parabéns por transformar uma simples ida ao mercado em algo tão interessante. Você tem grande talento como escritor|!

  4. Muito bom o texto, é bem assim que me sinto no mercado, hahaha o mais impressionante, é por exemplo, se você quer comprar ingredientes para uma macarronada, o macarrão está num lugar, o extrato de tomate uns 3 corredores à frente, e o queijo ralado sabe deus por onde anda, tem sempre que pedir ajuda do funcionário do mercado que nunca está por perto.

    Mesma coisa com o café, o pó de um lado, o filtro da cafeteira perdido em outra dimensão, é certeza que fazem isso de propósito, só para os clientes se perderem no mercado e acabarem comprando aqueles produtos caros de que nem precisavam.

    • tem uma máxima q diz ser proibido num supermercado ter relógio pro cliente perder a noção do tempo e espalhar mesmo os produtos pro cliente, ter q olhar tudo e acabar levando supérfluos. Porém se existisse um supermercado com geolocalização de itens, carrinhos inteligentes e sensores de RFID para totalização automática das compras, mesmo gastando mais, mas demorando menos, eu iria nele… coisa que detesto é fazer feira

      • Isso era o meu sonho de consumo. Imagina que foda, você passa com o carrinho e não precisa marcar preço de nada. Passou no sensor ele te da o preço de tudo que está no carrinho de uma só vez. Show.

  5. Linda a garrafa do espumante. E acredito que seja zamac banhado mesmo, pq já trabalhei em projeto semelhante.

    E a última foto quase derreteu meu olhos.

  6. Philipe, como sempre seus posts valem cada minuto dispensado a leitura deles!
    Mas minha teoria para as garrafas de vodca não terem rótulo é pra justificar a falta de clareza acerca dos ingredientes da vodca e, assim, passar uma imagem de pureza na garrafa. Afinal quando lemos o rótulo da vodca encontramos: “blend de cereais destilados”. Porra, jornal velho daqui 10 anos vira cereal! Ou mesmo o Russo chega no celeiro de cereais, pega uma pá e recolhe o que tiver no chão para a fabricação da vodca! Eu hein, não tomo isso por nada!
    Abs!

  7. Foi por isso que dessa vez vc ficou sumido por mais tempo! Estava tirando foto, né??? E eu andando com o meu pezinho doendo para dar conta de abastecer a nossa casa… Como era para gerar conteúdo para o blog, considero que a causa foi nobre!

    • Nivea, saiba que por essa sua cruz de abastecer o lar você seguirá sem escalas diretamente ao Reino dos Céus!!! Não e pra qq um…hauhauhahau

  8. Eu também ficava no mercado olhando garrafas de bebidas
    alcoólicas, até um dia uma velha carcomida “falar” – leia-se gritar ­–
    ao seu marido: “Ah, um rapaz tão novo bebendo essas porcarias. Como ele
    vai comprar essas coisas? Aposto que ele tem uma identidade falsa”. Só que
    o mercado inteiro ouviu, e conseqüentemente todo mundo ficou me olhando com
    cara de desaprovação; um bando de filadaputa. Hoje só leio rótulos de produtos
    importados, pagando uma de poliglota blasé e tal.

  9. Não quero defender mas talvez há uma justificativa, essa bebiba antiquissima é de uma cidade pequenininha chamada São João da Barra, no interior do RJ, perto de Campos dos Goytacazes, eles não tem muito conhecimento de apelo visual por la…vamos dar um desconto!

  10. Pqp, Philipe, sigo Mundo Gump há muito tempo e nunca havia comentado, mas esse do mercado foi pra acabar: achei alguem cuja lei da natureza de se ferrar em mercado tb atua!!! Simplesmente detesto mercado mas tenho 3 motivos: 2 sem educações q voam pelo mercado e minha mae, q toda vez olha preço de todas as marcas e sempre leva a de costume. Dia de mercado é dia perdido pra mim…

    Abraços e sucesso.

  11. Mercado = Furada.

    ODEIO fazer feira. Por isso sempre agradeço quando vai outra pessoa. Fora que eu sou o tipo de pessoa que não aguento ir sem encher o carrinho de porcaria. (Leia-se salgadinhos, refris, biscoitos, chocolates, miojo e etc etc etc.)

  12. Pô, tu vai no Guanabara de Niteroi e não quer se ferrar? Já teve até engarrafamento na Marquês do Paraná pra entrar no mercado… Furada ao cubo. Melhor o Hortifruti, mais a frente. Pelo menos é mais civilizado…

    eu tb odeio mercado. Minha mãe ficava nervosa comigo, porque eu ficava com uma cara de jornal amassado empurrando o carrinho, que dava aflição na velha. Como na patroa que diz que dá pra notar que estou puto a dois quilometros de distancia. A minha fuga tambem era na seção de eletronicos, CDs e DVDs, coisas para carros e … bebidas. Além de pegar a cervejinha e o Rum Montilla, fico namorando as bebidas que tão cedo não comprarei, com preços indigestos.

    O Conhaque de Alcatrão de SJB é assim desde que o mundo é mundo. Pegando o gancho de outro post, “Chuck Norris, após criar o universo, deu uma golada forte numa garrafa de Conhaque de Alcatrão de São João da Barra”…

  13. O alcatrão com leite me fez lembrar da história que li qui no Mundo Gump, do dia em que vc teve dor de barriga e se cagou rsrsrsrs chorei de tanto rir, até hoje quando lembro dou risadas.

  14. Parabéns Philipe é muito bom ler a suas aventuras, detalhes para: “…quest do carrinho…” e “…a roda dele está possuída…” ri muito aqui…

    Quanto à pedida “Conhaque + Leite”, lendo até parece estranho, mas meus avós faziam essa deliciosa receita para combater os sintomas de resfriados, gripes, noites frias, etc…

    RECEITA:
    Uma caneca de leite quente;
    Uma “colher de conhaque”;
    Mel;
    Pouquinho de canela em pó ou em pau (o que tiver no momento);
    Duas colheres de achocolatado (de sua preferência);
    Raspa de gengibre (pouquinho só).

    O sabor é sem igual… fica a observação, como na receita vai álcool “não me responsabilizo pelos efeitos que possam vir a causar nas crianças” (mesmo que o álcool venha a evaporar ou sei lá), tbém não me responsabilizo por eventuais dores de barrigas e/ou “cagotes” naqueles que por ventura forem fazer… mas, garanto que naquelas noites frias vale tentar a receita!!!

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