O judeu Errante

Existe uma lenda medieval que se chama “lenda do Judeu errante”.
O judeu errante nada mais é que um imortal que supostamente, anda por aí até hoje. Mas como ele virou um imortal? (errante de andar, não de errar)

A história possivelmente é anterior ao período medieval, mas como isso é difícil de saber com certeza, porque as lendas e mitos eram transmitidos oralmente de pessoa para pessoa como histórias, e muitas vezes, com as migrações de populações e grupos étnicos pelo globo, as lendas viajam junto e se fundem, se mixam em coisas novas e muitas vezes adquirem “roupagens” que as renovam de acordo com os poderes vigentes. Isso talvez explique porque o judeu errante, surge formalmente na idade média como um homem “amaldiçoado” a viver para sempre por ter ofendido a Jesus Cristo e acabou sendo amaldiçoado pelo messias.

O alicerce da lenda do judeu errante surge em três momentos na Bíblia, sendo o primeiro no evangelho de João.  Em João cap 18 :10 Jesus esta reunido com os discípulos e são surpreendidos pelos soldados e servos de Caifás. Na situação de luta, ao tentar impedir os soldados de levarem Jesus,  Simão Pedro, saca uma espada e corta uma orelha de um soldado, chamado Malco.
Posteriormente no cap. 22 Jesus vem sendo interrogado. Ao ser interpelado por um soldado, Jesus é esbofeteado pelo soldado (há quem diga que seja aquele que teve a orelha cortada).
Ainda depois, lá na frente, 18:21 cita-se um tal João Catáfito, um fiel seguidor de Jesus a quem Jesus tinha grande consideração. Eis que Pedro pergunta a Jesus: “E este, senhor?”.  Jesus responde: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Tu, segue-me”. Assim, divulgou-se entre os irmãos que aquele discípulo não morreria.
A lenda do Judeu errante aparece mais claramente no século VI, mas ganha impulso no século XIII, quando em “Cartas eruditas e curiosas” (carta 25 da segunda toma) do padre Benito Jerónimo Feijoo, publicado em 1745 em que é citado a Mateo de Paris, bispo e historiador beneditino que no ano de 1228, afirmou que tal judeu existia e se chamava Catáfito, se encontrando naquele momento pela Armênia.
Outras potenciais versões da lenda dizem que o Judeu era o porteiro do castelo de Pôncio Pilatos, que teria deliberadamente agredido Jesus quando este se dirigia ao calvário para cumprir sua sentença de morte. Em algumas versões este judeu deu um tapa na cara de Cristo e em outras teria cuspido, irritando Jesus. Catáfito deu um empurrão nas costas de Jesus, no qual este voltando-lhe o rosto, lhe diz: “O filho do homem se vai, mas tu esperarás a que volte”.
Outra versão diz que  durante o penoso caminho à crucificação com sua cruz nas costas, sob as chicotadas dos soldados romanos, entre as vaias da multidão, Jesus sente sede e se detém ante um bebedouro. Um velho judeu nega-lhe a água, dá-lhe um empurrão e diz que siga andando. “Eu seguirei”, lhe responde Jesus, “mas você esperará até que eu volte”, e continuou seu caminho para o Gólgota.

Essas duas versões convergem entre si, e parecem, apontar para o fato de que Jesus amaldiçoou o homem com a vida eterna.  A partir do século XIII começam a aparecer testemunhas que afirmavam ter visto o anônimo e errante judeu e a lenda começa a se forjar com autenticidade.
Com o passar do tempo, o misterioso importal iria ganhar diferentes nomes: Cartáfilo, Ashevero, Michob-Ader, outros explícitos, como Buttadeus, João Espera em Deus, Larry o Caminhante. Baltasar Gracián (escritor do século XVII), com mais precisão do que sonoridade, chamam-no também de João para Sempre. Conhecido como “Le Juif Errant” e “L’Ebreo Errant(e)”, a forma inglesa foi inspirada nesta última e chamando-o de “The Wandering Jew”.

Jacob Basnage, autor protestante, em sua “História dos judeus”, conta que há exatamente três judeus errantes:

– Samer ou Samar: judeu errante condenado a viver para sempre e a vagar, por ter fundido o bezerro de ouro no tempo de Moisés.

–  Catáfito: seria uma espécie de guarda da porta do pretório de Pôncio Pilatos. Quando tiraram Cristo desse pretório para crucificá-lo, para que saísse mais prontamente e evitar a aglomeração ou o tumulto, Catáfito deu um empurrão nas costas de Jesus, no qual este voltando-lhe o rosto, lhe diz: “O filho do homem se vai, mas tu esperarás a que volte”. Trata-se de uma profecia do próprio Cristo, em que esse judeu não podia morrer até que Cristo voltasse para julgar os vivos e os mortos. A cada cem anos, Catáfito sofria doenças e angústias de morte, mas depois sarava e rejuvenescia até os trinta e três anos, idade que tinha Cristo quando morreu.

– Ausero: Sapateiro de Jerusalém que derrubou Cristo de um empurrão da soleira de sua porta quando Jesus parou ali para descansar a caminho do Calvário, lhe dizendo: “Vai rápido Jesus, sai o quanto antes; por que te deténs?”. Cristo respondeu-lhe: “Eu descansarei depois, mas tu andarás sem cessar até que eu volte” (alguns acrescentaram: “até que não nasça criança alguma” ou “até que a mulher deixe de parir”). Desde aquele momento ele foi  forçado a andar peregrinando, sem parar em província alguma. Representava a idade de cinquenta anos, e irrompia em frequentes gemidos pela tristeza que lhe causava a memória de seu delito. Dizem que Ausero foi visto no ano de 1547 em Hamburgo.

Segundo o astrólogo Guido Bonatti, mencionado por Dante (Inf., Xx, 118), o viajante passou por Forli em 1267. Filipe de Novara , um famoso jurista, em seu “Livre de Forma de Trança” (c. 1250 ), refere-se a um determinado Jehan Boute Dieu como um proverbialmente longevo. Agora, Philip morou por muito tempo em Jerusalém e Chipre. Isso, juntamente com o fato de que o relato nas crônicas inglesas também localiza o Cartaphilus emArmênia , parece apontar para uma origem oriental da lenda

Enfim, a lenda do Judeu errante é simplesmente sensacional. Mas ainda mais curioso é quando surgem os relatos de pessoas que supostamente se encontraram com ele.

Em 9 de junho de 1564, o anônimo autor da “Kurtze Beschreiburg” ou “Crônica curta”, afirma ter visto o judeu errante em Schleswig. Relata que é um homem alto e de cabelos longos, que as plantas de seus pés têm calos de dois dedos de espessura. Tem mulher e filhos que o acompanham em seu percurso ao longo do tempo. Seu grande pecado é que ofendeu o filho de Deus, seu castigo, viajar para sempre.

A fins do mesmo século XVII apareceu na Inglaterra outro judeu errante, que pretendia ter mil e setecentos anos de idade e ter sido empregado no tribunal de Jerusalém, quando Jesus foi condenado à morte. Naquela ocasião empurrou Jesus bruscamente do Pretório, dizendo-lhe: “Fora, fora, por quê estás aqui?” Ao qual Jesus respondeu: “Eu vou; mas tu andarás até a minha vinda”. Afirmava que havia conhecido a todos os apóstolos, e que se lembrava de suas fisionomias, de sua vozes e de seus vestidos. Havia percorrido todos os povoados da terra, e não cessaria de andar errante até o fim dos séculos. Pretendia curar os doentes, com apenas tocá-los, falava muitas línguas, e discorria sobre pontos de história com tanta exatidão, que deixava admirados a quantos lhe ouviam.

Os mais sábios doutores das universidades da Inglaterra jamais puderam apanhá-lo em contradição. Dizia que estava ele em Roma quando Nero mandou atear fogo à cidade, e que entre muitas personalidades conheceu a Maomé, Saladino, Tamerlan, Bayaceto, Soliman o Magnífico.

Tudo isto consta em carta escrita de Londres pela Senhora Mazarina (a Duquesa Hortênsia Mancini, sobrinha do cardeal Manzarini) à Duquesa de Bouillon, cujo original foi visto por Agostinho Calmet, e que plasmou em sua obra: “La Sainte Bible avec des notes littérales, critiques et historiques, des prefaces et des dissertations, tires du commentaire de Dom Augustin Calmet, Abbè de Senones, de Mr. L’Abbè De Vence et des Auteurs les plus cèlebres, t.V. pag.85-92. 1779”.

Existe um documento, um panfleto de quatro folhas chamado “Kurtze Beschreibung und Erzählung von einem Juden mit Namen Ahasverus” (Breve descrição e relato de um judeu de nome Ahasverus), impresso em Leiden em 1602 por Christoff Crutzer (não há registro de nenhum impressor com esse nome nos arquivos de Leiden, pelo qual, acredita-se que este nome é um pseudônimo). A lenda se estendeu rapidamente pela Alemanha e antes do fim do século XVIII, haviam ao menos 40 variantes em edições diferentes. São conhecidas 8 edições em holandês e a primeira versão em francês apareceu em Burdeos em 1609. A primeira versão inglesa foi uma paródia de 1625 (Jacobs and Wolf, Bibliotheca Anglo-Judaica, p. 44, Não. 221). Também são conhecidas versões em dinamarquês, tcheco e sueco.

A história do Judeu Errante está na gênese de um numero gigantesco de outros imortais, popularizados em livros, games, e filmes, como o Highlander

Existe uma versão muçulmana da lenda que remonta o ano 6 da Hégira, após os árabes tomarem a cidade de Holvan, na Síria. Segundo a lenda, Fadhilahc, o chefe das tropas árabes, teve um encontro com um homem quem disse se chamar Serib-Bar-Elia, quem habitava este mundo por ordem de Jesus Cristo até a sua segunda vinda.

Quando lhe perguntou quando seria a segunda vinda, aquele homem lhe respondeu: “Quando os varões e fêmeas se misturassem sem distinção, quando a abundância de víveres não minorasse seu preço, quando os pobres não achassem quem socorresse-os, por estar inteiramente extinguida a caridade, quando os templos, dedicados ao verdadeiro Deus, fossem ocupados pelos ídolos, então estaria próximo do julgamento final”.

Costumava-se perguntar aos viajantes que retornavam da terra santa se eles teriam encontrado ou não o judeu errante. Na Idade Média consta que uns respondiam sim e outros não mas havia, de fato, toda didática do mistério e do intimidamento e, ao mesmo tempo, um grande interesse e curiosidade pela figura. Atesta-se grande produção de textos orais , de complaintes (como A vinda do Judeu Errante, 1604) que, cantados, anunciavam a vinda deste personagem e também a repetição sucessiva da lenda na boca dos peregrinos. Em verso e prosa, escrito/oral ou oral/escrito, o judeu errante continuava a peregrinar, metonímia incansável.

Outros relatam que encontraram em seu caminho o J. E, que falava um bom espanhol, confirmando assim o traço cosmopolita e universal. É também dito que os camponeses da Bretanha e Picardia, diante dos temporais e ventos fortes apontavam: “é o judeu errante que está passando”.
Registra-se no mundo da língua francesa uma série de textos que falam da aparição do judeu errante. Em 1774, 22 de abril, às 6 horas, conta-se que o judeu errante passou por Bruxelas e por Brabante. E o que é notável é saber que esta data e esta passagem ficaram fixadas numa grande quantidade de imagens e gravuras em madeira.

O judeu errante passou pelo Brasil?

Agora que você já está situado na lenda do judeu errante, e já viu que surgiu como uma lenda, que se ganhou contornos de uma maldição de Jesus a um sujeito durante a idade média mas que pode ter sido uma lenda bem anterior, talvez até um mito grego, convertido depois em uma lenda romana até virar uma alegoria dos poderes de Jesus, surge a questão: Muitas lendas tem “um fundo de verdade”. Seria possível ter um imortal vagando por aí, tipo o Highlander?

A ciência ainda está tentando entender o complexo mecanismo capaz de nos fazer começar a morrer. Sabemos que a natureza produz toda sorte de mutação genética. Poderia alguma pessoa sofrer uma mutação que impeça seu envelhecimento? Existe algum ser vivo imortal?

O único ser vivo imortal conhecido

Ela é uma água-viva chamada Turritopsis nutriculasimplesmente não consegue morrer de causas naturais. Sua capacidade de regeneração é tão alta que ela só pode morrer se for completamente destroçada.

Como a maioria das águas-vivas, ela passa por dois estágios: a fase de pólipo, ou fase imatura, e a fase medusa, na qual pode se reproduzir de forma assexuada. A água-viva imortal foi descoberta por acaso pelo estudante alemão de biologia marinha Christian Sommer em 1988, enquanto ele passava suas férias de verão na Riviera Italiana. Sommer, que coletava espécies de hidrozoários para um estudo, acabou capturando a pequena criatura misteriosa, ficando espantado com o que observou no laboratório. Após examiná-la durante alguns dias, Sommer percebeu que a água-viva simplesmente se recusava a morrer, regredindo ao seu estado inicial de desenvolvimento até reiniciar o seu ciclo de vida outra vez, sucessivamente, como se sofresse um envelhecimento reverso.

Os pesquisadores já descobriram que ela inicia seu incrível rejuvenescimento quando se encontra em uma situação de estresse ou ataque, e que durante esse período o organismo passa por um processo conhecido como transdiferenciação celular, ou seja, um evento atípico no qual um tipo de célula se transforma em outro, tal como ocorre com as células-tronco humanas. É a natureza nos surpreendendo mais uma vez, nos mostrando sua grande capacidade de inovação mediante as adversidades naturais e do homem.

Claro que para um humano viver para sempre ele teria que ter um distúrbio bem complexo. Mas como podemos ver pela água viva, imortais de verdade existem.  Você pode se espantar de saber que existem estudos sérios em andamento tentando descobrir se é efetivamente viável um humano viver para sempre.

Cientistas franceses estudaram duas categorias de pessoas que viveram longas vidas: primeiro, analisaram 1.205 mortes registradas entre 1899 e 2013 de “supercentenários”, pessoas que morreram com idade de 110 anos ou mais; em seguida, estudaram 19.012 atletas que competiram nos Jogos Olímpicos de 1896 a 2012, já que atletas são considerados pessoas com grande longevidade.

Os pesquisadores concluíram que a longevidade dos supercentenários aumentou sem parar até 1997, quando a taxa se estabilizou. Um teto semelhante foi observado entre o grupo de atletas.

De acordo com a equipe, estas tendências fornecem sinais de um “limite” no aumento de longevidade, o que não é uma boa notícia para pessoas com expectativa de vida média. Se tivesse havido uma tendência de subida constante, ou seja, se os cientistas tivessem encontrado evidências de pessoas vivendo cada vez mais tempo, daí poderíamos crer na existência de uma espécie de “imortalidade”. Em vez disso, os resultados apoiam as teorias de uma “barreira invisível” a um aumento da longevidade. No entanto, os pesquisadores advertem que o número de pessoas estudadas é “relativamente pequeno” e o período de observação restrito, ou seja, a tendência observada pode ser apenas uma anomalia temporária.

O estudo foi publicado na revista Journal of Gerontology. [MedicalXpress]

Mas note que estamos falando aqui de estudos com pessoas comuns, não há como descobrir alguém que teve uma mutação genética maluca a menos que esse cara seja descoberto andando por aí. Mas para isso, seria preciso evidências de um imortal, e se um cara chegou até aqui, passando por todas essas guerras e catástrofes naturais que abateram-se na Terra desde que Pilatos lavou suas mãos (quiçá antes), ele deve ter experiência de vida suficiente para saber ser discreto.

No Brasil, algumas histórias populares afirmam que o errante teria imigrado para Pernambuco, no tempo do domínio holandês, permanecendo vivendo incógnito no Brasil. Teria sido localizado, pela última vez, no norte de Minas Gerais, quando foi visto chorando sangue diante de uma igreja num dia de Sexta-Feira da Paixão.

O brasileiro que falava Sumério

Pode parece estranho, mas teve um brasileiro que acredite se quiser, falava Sumério. Não, ele não era o Judeu errante. Era um padre, chamado Frei Fidélis da Mota. Ele nasceu na Itália em 1885 , foi nomeado Bernardo Mott, filho de austríacos e veio bem jovem para o Brasil em 1886. Em 1907 ele finalmente se tornou padre e adotou seu nome de frei  Fidélis Maria de Primiero em homenagem a um padre que foi morto por índios no Brasil.

O que este padre tem a ver com o Judeu errante? Bem, segundo o próprio Frei Fidélis, ele um belo dia, em 1951 deu de cara com ninguém menos que o judeu errante. E foi com ele que Fidélis aprendeu Sumério.
Frei Fidelis conta que este era um homem sério, um velho rabino que fora expulso de sua sinagoga e passou a andar pelo mundo pregando uma coisa que chamava de pan-semitismo-ortodoxo e se chamava (conforme disse) Davi Bin Yusseffen.
É absolutamente  intrigante que em plena cidade de Botucatu, nos anos 50 surja um judeu misterioso que sabia tanto, mas tanto, mas tanto de história que chocou o padre e não apenas exibiu seus conhecimentos vastos sobre tudo, mas o ensinou sobre os sumérios, a língua e as regras gramaticais sumérias. Fidélis então compilou o conhecimento do misterioso judeu, escreveu artigos, livros e por fim, gerou um dicionário de português-sumério. Para se ter uma ideia, um dicionário Sumério-Inglês só foi produzido em 2005.

Fidélis foi professor de filosofia e teologia e escreveu “Capuchinhos em Terra de Santa Cruz” (em parceria com Frei Modesto de Taubaté, em 1942), “Os Missionários Capuchinhos no Brasil”, (também com colaboração de Frei Modesto, 1929), fomos e somos a Atlântida, América pré-histórica e Hércules.

Frei Fidélis também passou a identificar que muitos nomes indígenas de lugares possuem similaridades interessantes com a língua suméria, em especial o Tupi, tinha relações com palavras sumérias. Frei Fidélis faleceu aos 83 anos de idade no dia 19 de fevereiro de 1968 em um convento da sua congregação na cidade de Botucatu.

Hoje seus estudos são amplamente utilizados por pesquisadores que analisam indícios de presença suméria e até mesmo fenícia na América.
Teria sido o imortal judeu errante que ensonou o Frei? Ou seria só ma dessas incríveis coincidências históricas? Seja como for, estamos diante do limiar das lendas, dos devaneios dos poetas, os delírios dos loucos, e da realidade mais absurda.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Que história curiosa. Coincidentemente me lembrou um personagem que aparece num livro chamado “Um Cântico para Leibowitz”. O livro se passa nos Estados Unidos assolado pela guerra nuclear, onde no deserto, uma confraria de monges tenta recuperar e manter todo o conhecimento humano que se perdeu por conta da guerra e pela barbárie que se seguiu.
    No livro há um personagem judeu, um sujeito velho, espécie de eremita que vive isolado e diz ter centenas de anos de idade. Talvez o autor tenha ouvido essa história e decidiu inclui-la no romance.

  2. Muito boa, Philipe! Já li sobre, mas não sabia nem metade das histórias que contou.
    Some não, cara, vc tem uma legião fiel de leitores, msm q n se manifestem sempre, como eu.
    Abraços e aguardo mais lendas, “causos” e histórias verídicas, porque não?
    Eduardo

  3. Já havia ouvido falar no Judeu Errante em um quadrinho do Sandman, mas não sabia a(s) origem(s) da lenda. Valeu pelo post Philipe, excelente como sempre!

  4. Fantástica história. Raramente um texto deste gênero me prende assim até o final, por eu ser um tanto cético. Mas esta historia me despertou muita curiosidade. Muito bom texto!

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