O incrível – e raríssimo – caso do menino que precisa controlar calorias para não explodir de tanto comer

Ele é portador de uma síndrome rara que pode causar ruptura no estômago

 O garoto pode literalmente morrer de tanto comer / Autor: Pixabay / Fonte: Pexels

Almoçar um delicioso hambúrguer bebendo refrigerante a vontade, depois comer um sorvete ou chocolate de sobremesa. Parece uma cena feliz na infância, certo? Não para Geezer Buxton, um garoto inglês de apenas oito anos que pode literalmente morrer de tanto comer. Mais estranho do que isso, só a história da menina que só pode comer balinhas de tic-tac, que já contamos aqui no Mundo Gump.

Já pensou ter que esconder as guloseimas do seu filho e contar minuciosamente as calorias para que ele não corra o risco de explodir de tanto comer? Parece mais uma daquelas manchetes assustadoras, mas na verdade essa é a história – realíssima – de Michelle Sargeant e Craig Buxton, pais do menino.

Ele sofre de uma síndrome bastante rara, chamada Prader-Willi. A doença faz com que ele não se sinta satisfeito, dessa forma quer comer a todo momento. Isso pode gerar uma ruptura no estômago e ser fatal. Caso fuja do controle, essa síndrome pode gerar obesidade e prejudicar o desenvolvimento da criança. 

Os pais lutam desde que o menino tinha apenas três semanas, quando foi diagnosticado. O bebê não tinha sua fome saciada e sempre foi muito fraco. Esses foram os gatilhos para chegar ao diagnóstico. 

Até hoje os pais precisam manter todos os armários trancados porque o garoto segue uma dieta rígida de calorias. Geezer tem o peso controlado mensalmente para que nada saia do controle e coloque sua vida em risco. 

Embora seja extremamente raro, já foram registrados casos de morte por ruptura no estômago em diferentes lugares do mundo. Uma mulher inglesa sobreviveu a essa ruptura e conta que foi muito traumático, Alison Kingsley ficou três semanas em coma após o estômago explodir, literalmente. 

Em um de seus artigos sobre saúde para o GuiaDeBemEstar, Joana Dias explica que por conta da ruptura, bilhões de bactérias que estavam no estômago se espalham e multiplicam, esse processo causa uma infecção, levando a morte. “O paciente pode ter dor aguda, enjoo, vômito, febre, entre outros sintomas. É preciso tratar com medicamentos, fazer uma limpeza e fechar o estômago”, esclarece. 
Não existem números que indiquem o percentual da doença no Brasil, mas a Associação Brasileira Síndrome de Prader-Willi trabalha para realizar pesquisas e conscientizar pais e profissionais para oferecer uma melhor qualidade de vida aos portadores. No portal é possível aprender tudo sobre essa condição, contar com apoio psicológico para pais e até participar de eventos em diferentes lugares do país.

Gump!

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Não é tão raro assim. Talvez por lá a coisa seja diferente mas vivi por vários anos no nordeste e os mais velhos contavam casos sobre o que eles chamavam de “fome grande”. Os sintomas e a consequência eram exatamente o mesmo: morria-se de tanto comer. Não havia saciedade. O rompimento do estomago não era incomum.
    Os nomes são diferentes. Lá “sindrome Prader-Willi”, aqui, ‘Fome grande” mesmo…

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