O futuro holográfico da Arquitetura

Quando falamos em holograma, sempre nos vem à cabeça aquelas ideias impressionantes da ficção científica, como conversar com pessoas que parecem estar num ambiente e não estão. Embora as coisas ainda não sejam exatamente como um filme, isso está gradualmente caminhando para se tornar uma realidade. De fato, temos alguns bons avanços na tecnologia das imagens tridimensionais que são tão impressionantes que fico imaginando o que seria da vida de um desavisado qualquer que conseguisse mostrar isso que já temos hoje para um homem do século XV. Certamente seria enviado para a fogueira da Inquisição acusado de magia negra. Dá só um confere nesses videos e tente conter o seu ímpeto de falar “caraca, eu não acredito!”

Show, hein? Este material é baseado na holografia. Aquele mesmo tipo de impressão baseada na difração da luz que ocupa desde a nota de vinte reais até o seu cartão de crédito.
Quando a holografia apareceu popularmente, lá pela década de 80, ela ainda era um verdadeiro mistério. Posso me lembrar do assombro que tive no dia que vi a capa da National Geographic do meu tio Arlênio com uma holografia de uma águia. Parecia uma coisa de outro mundo. E de fato, realmente era. Era coisa do mundo do futuro. Pela primeira vez em muitos séculos o ser humano havia conseguido vencer a limitação espacial bidimensional e eu ainda muito criança não tinha a compreensão do que aquilo significava mas claramente podia perceber que estava de frente com um salto tecnológico que mudaria o mundo para sempre.
Logo que apareceu e durante os cerca de vinte anos seguintes, a holografia se manteve presa a uma limitação de um determinado grau de visão tridimensional e espectro de cores. Mas graças a uma empresa chamada Zebra Imaging, isso está prestes a mudar. As novas técnicas holográficas permitem um impressionante grau de liberdade de visualização, e em cores, o que nos leva a possibilidade de usar esta tecnologia de impressão para simular maquetes físicas.
Como é o processo?
Basicamente eles obtém o dado tridimensional de algum programa, como o Autocad, 3dsmax, Rino, Maya, solidworks, etc.
De posse do arquivo tridimensional, um computador interpreta a imagem produzida e com uma impressora a laser especial, grava num fino filme plastico de um fotopolímero milhões de pequenos blocos, que quando vistos em conjunto formam a imagem. Graças ao computador e à precisão do laser, é possível imprimir esses pequenos blocos, chamados de “hogels” em ângulos. Os blocos funcionam como se fossem pixels.
Basicamente, o equipamento faz o desenho em um milhão de ângulos. Com isso, literalmente qualquer ângulo que seus olhos estiverem em relação ao material terá uma imagem correspondente com a perspectiva correta. Inclusive girar o desenho. Esta técnica avançada permite a correção de parallaxe tanto horizontal quanto vertical.
Como o processo é de uma impressão, não há necessidade de pilhas, baterias ou processadores. O objeto está lá, desenhado em todos os ângulos possíveis.
No final, o fino filme de fotopolímero é aderido a uma superfície rígida e recebe um acabamento.
Não demora isso estará impregnando revistas, livros e anúncios. Estamos entrando na era do tridimensional. Some esta tecnologia impressionante aos avanços com o oled (diodo emissor de luz) e será possível ter um remoto lampejo do que a tecnologia reserva para o futuro. Como diz o ditado, “quem viver, verá.”

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.
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Comentários

  1. Caramaba, o futuro do meu portfolio, pena que deve ser carissimo hj em dia, mas num futuro, quem sabe nao vendem a impressora pra fazer seu proprio holograma. Muito show cara.
    Ah, da uma olhada no novo Zbrush, as novas Zsphere sao uma parada de loco, tu vai se amarrar, estamos quase rompendo a barrera e fazendo o digital igual ao tradicional.
    Abracao cara, meus pais chegaram bem aki, estao morrendo de frio mas estao bem hehe.

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