Novo video gravado por uma GoPro amarrada a um cachorro mostra o que pode ser o Pé grande

Hoje tem câmera para todo lado. Já colocaram câmeras até nas costas de tartarugas marinhas, águias, cães e gatos. A câmera do tipo GoPro é cada vez mais usada por profissionais de esportes radicais e de filmagens em geral e ganha destaque por sua boa qualidade e versatilidade. Ela vai a praticamente qualquer lugar. Talvez por conta disso, esse curioso video tenha chamado tanta atenção. Segundo contam, o dono de um cão estava fazendo trilha e prendeu sua gopro nas costas do animal. Ao atravessar uma floresta, poucos metros adiante do cão passou uma coisa escura, grande e ao que parece, peluda, que poderia ser o famoso Pé Grande, ou Sasquatch, a lendária criatura que muitos acreditam ser um enorme símio que caminha ereto e que habita uma vasta extensão territorial que se espalha por praticamente todo os Estados Unidos, Canadá e adjacências.  Veja o video:

Evidentemente, videos como este podem (e devem) ser colocados em duvida quanto à sua autenticidade. Mas é cada vez mais intrigante quantidade de relatos e a crescente onda de registros em video de seres peludos errantes no meio do mato em diversos estados dos EUA.

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Este mapa mostra a predominância de “encontros” com o pé grande

Por outro lado, a grande duvida é: Num país com tantos caçadores, onde em alguns estados se caça à vontade, como é possível que ninguém ainda tenha capturado o famigerado Pé grande? Será apenas uma lenda?

Eu não posso dizer nem que o Pé grande seja uma lenda nem que ele é realidade, mas entre algumas coisas que me intrigam bastante com relação ao misterioso ser que já era descrito pelos índios que habitavam a America do Norte antes dos colonizadores aportarem por lá, estão as pegadas. Enquanto muitas delas podem se tratar de simples farsas com artefatos toscos de madeira, existem outras pegadas que revelaram impressões digitais!

Apesar dessas evidências físicas é perfeitamente possível dizer que o Pé grande é uma lenda também, já que diversas culturas distintas entre si, a maioria de origem indígena, contém seres que seriam criaturas mistas entre o homem e o macaco. Este é o tipo de entidade mítica a qual poderíamos atribuir um numero enorme de seres:

  1. O Yeti,
  2. Abominável Homem das Neves,
  3. Michê,
  4. Dzu-teh,
  5. Migoi ou Mi-go,
  6. Bun Manchi,
  7. Mirka
  8. Kang Admi,
  9. Almas – Asia Central
  10. Amomongo – Filipinas
  11. Honey Island Swamp monster – EUA
  12. Ban-manush – Bangladesh
  13. Barmanou – Afeganistão e Paquistão
  14. Batutut – Sudeste da Asia
  15. Bigfoot – America do Norte e Canadá
  16. Daeva or Div – Tajikistão, Irã
  17. Chuchunya – Sibéria
  18. Fear liath – Escócia
  19. Fouke Monster – USA
  20. Genderuwa – Indonesia
  21. Grassman – USA
  22. Hibagon – Japan
  23. Mande Barung – Índia
  24. Mapinguari – America do Sul
  25. Momo the Monster – USA
  26. Nuk-luk – Canada
  27. Orang Mawas – Malásia
  28. Orang Pendek – Indonésia
  29. Sasquatch – America do Norte (Canadá)
  30. Skunk ape – USA
  31. Yeren – China
  32. Yowie – Australia

Se eu acho que todos esses macacos gigantes estão relacionados? Sim, mas posso provar? Não. Por isso digo que por enquanto é uma lenda, mas ela pode ter um pé (grande) na realidade.

Os rumores sobre essas criaturas se espalham pelo globo e remontam a séculos. Inclusive, O governo de Nepal declarou oficialmente, em 1961, que o Yeti existe mesmo em seu território. Segundo os relatos, a maioria quase total dessas criaturas compartilham características, entre elas suas grandes dimensões e suas pegadas profundas. Os Yetis teriam algo em torno de 2 metros de altura, assim como seu parente, o bigfoot, e também é relatado que possua o mesmo odor fétido, característicos das criaturas citadas em varias civilizações, como o mapinguari, na Amazônia, o sasquach, no Canadá, o bigfoot nos Estados Unidos, Skunk Ape na Flórida e Orang Pendek, na Indonésia. Apesar do numero monumental de supostas testemunhas oculares desses seres, nenhum deles até o momento possui a existência não confirmadas.

 

Um dos primeiros registros modernos da criatura foi feita com uma câmera de cinema
Um dos primeiros registros modernos da criatura foi feita com uma câmera de cinema

Apesar do grande número de observações (algumas delas inclusive por pessoas com baixa probabilidade de inventar histórias fantasiosas, como policiais e guardas florestais) , fotos e supostas filmagens (já tem um post só sobre isso aqui no Mundo Gump) pegar mesmo o bicho, ninguém pegou, ou mesmo uma simples ossada, até hoje, nunca apareceu. Claro que volta e meia surge um osso gigante aqui, ou ali, mas ninguém conseguiu ligar esses ossos gigantes (outro mistério intrigante) aos gigantes peludos selvagens de forma inequívoca (DNA).

Em 1982, um soldado florestal viu um Sasquatch em uma trilha na floresta. As pegadas foram encontradas e uma inspeção mais próxima dos modelos pegada, produziu uma descoberta notável. Elas continham o que é conhecido como cristas dérmicas, ou impressões digitais.

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Vários especialistas, incluindo peritos do Instituto Smithsonian, Scotland Yard e até mesmo o chefe do dept. de papiloscopia da Polícia Texas analisaram os moldes e a maioria deles concluiu que as impressões não são produto de uma farsa.

Infelizmente, um grande número de cientistas ortodoxos se recusou a dar qualquer atenção séria à evidência, provavelmente com medo de manchar sua reputação.

Como Grover Krantz comentou que quando ele mostrou o positivo da pegada  para seus colegas cientistas “, eles estavam muito ansiosos para devolver aquilo, como se a evidência estivesse  infectado com alguma doença contagiosa.”

O perito em impressões digitais mencionado acima é Jimmy Chilcutt, um examinador de impressões digitais latentes do Departamento de Polícia de Conroe. Ele observou Jeff Muldrum na televisão discutindo a evidência da pegada que ele tinha e que parecia conter sulcos dérmicos. Jimmy Chilcutt era um cético do  Bigfoot e sentiu que a sua experiência de impressão digital forense poderia  ser utilizada para desmascarar uma falsa pegada.

Ele contatou Meldrum que devidamente  concordou em ir para Chilcutt afim de permitir ao especialista que  analisasse a evidência. O positivo do suposto pé em questão foi feito por James P. de Akin do escritório do Cherife de  Pike County, Georgia, em 1997, a partir das marcas deixadas na lama consistente, deixada por uma inundação em Elkins.

Chilcott examinou a pegada exaustivamente por vários meses e, em particular, nas áreas onde cristas dérmicas apareciam.

Ele concluiu seu exame dizendo que que as cristas dérmicas são compatíveis com as de um primata não humano. Esta conclusão baseia-se no fato de que os seres humanos possuem dobras perpendiculares às arestas laterais da primeira falange dos dedos do pé em que o dedo se encontra com o pé. Na pegada de  Elkin Creek, o fluxo das cristas dérmicas surgem longitudinalmente ao longo da lateral do pé. Este detalhe  não ocorre no ser humano ou em qualquer primata conhecido até o momento.

Chilcutt rapidamente se transformou. Deixou de ser um um cético sobre o Pé grande para acreditar na criatura. Posteriormente, ele conseguiu identificar o mesmo padrão de digitais em marcas de solo diferentes. Um deles obtido na estrada para Blue Creek Mountain , de 1967 e em uma outra,  obtida em 1984 em Walla Walla, Tale Spring.

 

Pelo mundo, milhares de registros de pegadas gigantes já foram relatadas. A da foto acima ocorreu na Malásia.

Macacos gigantes coexistiram com humanos no Canadá diz cientistas

Um ponto positivo pára a crença no pé grande é que pelo menos nesse caso, o mito encontra um parâmetro na ciência para se lastrear. No Canadá (um dos lugares com mais avistamentos do sasquatch até hoje) os humanos coabitaram com macacões gigantes exatamente iguais às descrições do pé grande.

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Segundo um novo estudo de Jack Rink, um geocronologista da Universidade McMaster, em Ontário (Canadá), um macaco gigante coexistiu com os seres humanos por cerca de um milhão de anos, até 100 mil anos atrás.
Os cientistas já sabiam da existência do Gigantopithecus blackii desde a descoberta acidental, em 1935, de um molar amarelado entre os “ossos de dragão” à venda em uma farmácia de Hong Kong (fósseis antigos são considerados medicinais na tradição chinesa), feita pelo paleontólogo holandês G.H. von Koenigswald.

A partir de então, pesquisadores procuraram estabelecer quem era a criatura misteriosa, onde viveu e como viveu.
Porém, nesses 80 anos de conhecimento do animal, tudo o que os cientistas reuniram sobre ele foi alguns dentes e ossos de mandíbula. Sendo assim, ficava difícil determinar como o primata gigante tinha sido extinto.

Agora, usando métodos de datação de alta precisão, Rink determinou que este macaco, o maior primata que já existiu, vagou pelo sudeste da Ásia por cerca de um milhão de anos, antes da espécie ser extinta 100.000 anos atrás, durante o período Pleistoceno. A essa altura, os humanos já existiam há um milhão de anos.

“Este é um primata que coexistiu com os seres humanos em um momento em que eles foram submetidos a uma grande mudança evolutiva. A província Guangxhi, no sul da China, onde alguns dos fósseis Gigantopithecus foram encontrados, é a mesma região onde alguns acreditam que a raça humana moderna se originou”, disse Rink.

Pelo tamanho do molar do macaco (a coroa tinha cerca de 2,54 centímetros de diâmetro), os cientistas supõe que o primata gigantesco tinha cerca de 3 metros de altura e pesava até 544 quilos. Felizmente para os humanos da época, estudos mostram que ele era herbívoro, e sua dieta consistia principalmente de bambu. Porém, outras características – por exemplo, ele era bípede ou usava seus braços para ajudá-lo a ficar em pé, como chimpanzés e orangotangos modernos? – ainda não puderam ser determinadas.
Para saber mais sobre esses nossos incríveis parentes, os cientistas precisam encontrar mais ossos ou fósseis.

Quanto à sua extinção, o palpite dos pesquisadores é de que os seres humanos podem ter ajudado a destruir o macaco. Alguns sugerem que seu apetite focado em bambu, combinado com a crescente concorrência dos seres humanos (mais ágeis e aptos) eventualmente levou à morte da espécie.

O fato de já ter existido um animal com essas características não prova mas instiga a pensarmos no Pé grande como um ser que em algum momento foi viável. Sem falar que já houve outros casos em que criaturas foram conhecidas primeiro por restos fósseis, e, mais tarde, foram encontradas vivas, como o celacanto, um tipo de peixe que se pensava extinto há milhões de anos, até que foi descoberto nadando na costa da África em 1938.

Embora a filmagem da GoPro com o cão possa se tratar de mais uma das (muitas) montagens que rolam por ai, acho que convém cautela, pois esse bicho pode mesmo existir. Seja como for, os EUA são verdadeiramente fanáticos pelo bicho, de tal maneira que já rola até um prêmio de DEZ MILHÕES DE DÓLARES para quem pegar o pé grande e extrair dele o DNA. Levando isso em consideração, os criadores de fakes deveriam se preocupar em andar por aí fantasiados, pois podem tomar um pipoco a qualquer momento.

E você acredita que símios gigantes existam?

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Vídeo editado com trilha sonora “misteriosa”, cheio de tom fantástico, com direito a disclaimer de Copyright, três tomadas de zoom… O meu alerta de “fake” apita no máximo!

  2. No vídeo, o mais suspeito é o fato do cão não ter reagido à presença misteriosa, além de parecer que estava sendo conduzido. Cães costumam andar com o focinho próximo ao chão e em zigue-zague, além de paralisarem ao menor sinal estranho.

  3. Acho possível de existir um animal ainda desconhecido pela ciência que possa ser o tal Pé Grande. Talvez não seja nada tão fascinante ou bizarro como as lendas, mas talvez não seja total invenção. Talvez seja apenas um “primata esquisito” ou um fóssil vivo, como no caso do Celacanto.

    Assim como no caso dos Krakens, que todos achavam serem lendas infundadas e atualmente sabemos que existem comprovadamente as Lulas Colossais [não são monstros épicos de 100 metros, mas ao que parece, podem chegar a uns 15, o que já é assustador pra caceta].

    Acho que muitas dessas lendas insistentes são “versões de pescador” de algum fato concreto incomum, porém mais modesto, rs.

  4. “Como Grover Krantz comentou que quando ele mostrou o positivo da pegada
    para seus colegas cientistas “, eles estavam muito ansiosos para
    devolver aquilo, como se a evidência estivesse infectado com alguma
    doença contagiosa.”

    A ciência hoje é assim, se os fatos não se enquadram nas teorias, pior para os fatos.

    Concordo com as observações abaixo, principalmente com relação ao cão, se tem um animal que reage muito fortemente aos pés grandes e aliens, são os cães, em quase todos os depoimentos eles tem comportamentos incomuns, esse aí “nem te ligo” para o sasquatch.

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