O monastério do pilar Katskhi

Parece até Photoshop, mas é real!

Aqui está mais um lugar Gump do mundo, para nossa coleção. As fotos falam por si. Basicamente é um monastério erguido num único pilar de pedra, no meio de uma planície. A imagem é do tipo que inspira sonhos ou pinturas surrealistas.

Esse lugar fica na Geórgia. Pouca gente sabe onde é a Geórgia. Então aqui vai:

[box type=”shadow”]
Georgia_(orthographic--projection).svg
A Geórgia é um país situado no Cáucaso, na fronteira entre Europa e Ásia. Limita a norte e a leste com a Rússia, a leste e a sul com o Azerbaijão, a sul com a Arménia e a Turquia e a oeste com o mar Negro. Sua capital é Tbilisi. Considerada uma nação transcontinental, a Geórgia é membro do Conselho da Europa desde 27 de abril de 1999. O país se integrou à Comunidade de Estados Independentes em 1994, mas o seu parlamento aprovou por unanimidade em 14 de agosto de 2008 a sua saída da comunidade, devido ao apoio militar russo às causas de independência da Abecásia e da Ossétia do Sul.
[/box]

O complexo arquitetônico sobre o pilar Katskhi consiste de uma igreja dedicada a Máximo, o Confessor , uma cripta, três celas de monges eremitas, uma adega, e uma parede de proteção na superfície superior desigual da coluna. Na base do pilar estão a igreja de Simeão Estilita, uma construção mais recente e as ruínas de um velho muro e campanário.

A igreja de São Máximo, o Confessor, está localizado na região sul-oriental da superfície superior do pilar Katskhi. A igreja é simples, projetada com as dimensões de 4,5 × 3,5 m. Ela é uma moderna restauração da igreja medieval em ruínas construída de pedra.

O rochedo onde a igrejinha se pendura magicamente, é de calcário monolitico. Ele está localizado na aldeia de Katskhi no oeste da Geórgia região de Imereti , perto da cidade de Chiatura. A pedra tem cerca de 40 metros de altura, com vista para o pequeno vale do rio de Katskhura.

 

Tá aí um belo lugar para acharem o Graal!

A rocha foi venerada pelos habitantes locais como a “Coluna de vida”, simbolizando a cruz verdadeira, e – lógico – tornou-se cercada por lendas.

Ela permaneceu virgem de escaladores e pesquisadores até meados de 1944. Mas passou a ser estudada sistematicamente entre 1999-2009. Estes estudos revelaram construções e intervenções medievais, que datam do século 9 ou 10.

Insrições paleográficas do século XIII encontradas na pedra e arredores indicam que a capela já existia naquela época.

Ao que parece, o pilar Katskhi é mencionado pela primeira vez por um estudioso do século XVIII chamado Príncipe Vakhushti. Ele registrou os aspectos geograficos da rocha e sua capela.

“Há uma rocha surgindo da ravina, em pé como um pilar, consideravelmente elevado. Nele, há uma pequena igreja no topo da rocha, mas ninguém é capaz de subir lá. Nem sei como fizeram isso “.

Não há outros relatos escritos da vida monástica ou relatos de escaladores que foram lá. Talvez os que tentaram não tenham sobrevivido para relatar suas experiências.

Uma série de lendas locais cercam o pilar. Um delas diz há muito, muito tempo atrás, o topo da rocha estava ligado por uma corrente de ferro à cúpula da igreja Katskhi, localizado a uma distância de cerca de 1,5 km do pilar.

Em julho de 1944 um grupo liderado pelo alpinista Alexander Japaridze e o escritor Levan Gotua fez a primeira ascensão documentada do pilar Katskhi. Vakhtang Tsintsadze, especialista em arquitetura subiu com o grupo, e relatou em seu artigo de 1946 que as ruínas encontradas no topo da rocha eram restos de duas igrejas, provavelmente datadas dos séculos V e VI e associadas a um estilo arquitetônico bem definido.



Desde 1999, o pilar Katskhi tornou-se objeto de uma investigação mais sistemática. Com base em estudos e escavações arqueológicas realizadas em 2006, Giorgi Gagoshidze, um historiador de arte com o Museu Nacional da Geórgia, datou as estruturas como sendo obras do século IX ao X.

Ele concluiu que esse complexo era composto por uma igreja do mosteiro e as celas de monges eremitas. A descoberta dos restos de uma adega de vinhos também minou a ideia de um extremo ascetismo florescendo no topo do pilar.

Em 2007, uma pequena placa de calcário com as inscrições Georgianas “Asomtavruli” foi encontrado, e paleograficamente datado como uma obra do século 13. Ele revela o nome de um certo “Giorgi”, que foi responsável pela construção de três celas de eremitas. A inscrição também faz menção a “Coluna de vida”, repetindo a tradição popular de veneração da pedra como um símbolo da Verdadeira Cruz.

Entre 2005 e 2009, o mosteiro no topo do pilar foi restaurado com o apoio da Agência Nacional para a Preservação do Patrimônio Cultural da Geórgia. Hoje esta incrível rocha é acessível através de uma escada de ferro, que sobe de sua base e leva os visitantes até o topo.

Bom, talvez você pense: Mas quem diabos moraria num lugar desse?

Acredite ou não, ainda há um último monge, morador do complexo. Ele tem que subir a escadaria sempre que desce de sua casa nas alturas. O monge diz que gosta de viver lá, pois sente que lá em cima, ele está “mais perto de Deus”.

Aqui está ele!

Olha ele chegando em casa:

 

fonte fonte

 

 

 

 

 

 

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

Artigos similares

Comentários

  1. Citando: “Com base em estudos e escavações arqueológicas realizadas em 2006, Giorgi Gagoshidze, um historiador de arte com o Museu Nacional da Geórgia, datou as estruturas como sendo obras do século IX ao X.” Sempre quis saber como podem fazer datação em pedras e rochas, pois; até onde sei, pelo método do carbono 14 não pode ser, pois ele só funciona em coisas que foram vivas. Pela quantidade de fluor absorvido do solo também fica difícil de entender. Você teria alguma explicação?

    Agora, o monge dizer que gosta de viver lá, pois sente que lá em cima, ele está “mais perto de Deus”, me lembrou a desculpa de um conhecido – e malandro – pastor evangélico, que usou essa “desculpa” para justificar a compra de seu primeiro jatinho particular, com o dinheiro tomado dos fiéi$$$ contribuinte$$$. Claro, nada a ver com o caso retratado, já que o tal monge vive na pobreza, pelo jeito. Foi só lembrança, mesmo!

    • Cara só vendo o paper para saber qual processo foi usado para datação. Existem muitos, não somente o carbono 14 que é usado mais para coisas baseadas em carbono. Pode ser que ele tenha analisado os fragmentos de rocha usados para a construção da parede e identificou marcas de uma ferramenta que se sabe ser de determinada época… Ou por meio de inscrições nas paredes… Certeza mesmo só olhando a publicação, que nem faço ideia de onde achar.

      • Tá antenado mesmo, cumpadre. A resposta veio rapidinho.

        Olha, pode me chamar de paranoico, mas todo mundo sabe – ou deveria saber – que tem pilantra em qualquer lugar do mundo, não só no Brasil. Nossa diferença gritante é que, por aqui, em vez de ser combatido de forma exemplar, o pilantra é aplaudido pelos demais, e ainda pode ganhar um “cargozinho político”.

        Voltando ao que interessa, sempre tive dúvidas nessas “datações”, principalmente as feitas com base em inscrições, marcas de ferramentas, “estilos’ de época e por aí vai. Pois o que impediria alguém mal intencionado, e em busca de fama rápida, de falsificar tais peças, ou mesmo fazer desenhos em paredes com pigmentos e estilos antigos, e “anunciar” ao mundo sua “descoberta”? Penso mesmo que tais “processos” beiram mais a adivinhação, e o “chutômetro”, do que algum método realmente científico. Muitas fraudes ficaram mais famosas, pelo tempo que enganaram os crédulos, do que quando foram “descobertas”. Deve haver algum meio de se estimar (e olhe que bem poderia ser chutar) essas datações, e que são pouco divulgados. Enquanto isso, temos casos escabrosos.

        Um bom exemplo é: “O HOMEM DE PILTDOWN: Meio homem, meio orangotango, e completamente fraudulento.

        Em 18 de dezembro de 1912, o arqueólogo Charles Dawson e o geólogo Arthur Smith apresentaram a suposta maior descoberta arqueológica da história: o crânio de Piltdown, o “elo perdido” entre o Homo sapiens e nossos ancestrais primatas. Ele fora encontrado em 1908 por um operário no lugarejo de Piltdown, perto de Sussex, na Inglaterra. Faziam parte dos achados: um crânio parcial, um dente solto e uma mandíbula com dentes.

        Em 1953, o dentista T. A. Marston provou que o crânio era uma fraude. Testes de flúor mostraram que os dentes pertenciam a um orangotango e o crânio a um ser humano. Até hoje não se sabe quem foi o autor da fraude. Muitos apostam em Dawson. Um candidato forte na lista de suspeitos era o teólogo e filósofo jesuíta Teilhard de Chardin. Também paleontólogo e conhecido por seu senso de humor, ele estava em Piltdown entre 1908 e 1909.”

        Fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/grandes-fraudes-ciencia-628462.shtml

  2. Faltou o entorno pra gente poder se situar melhor. Em alguma foto deu pra ver mais algumas casas por perto. O lugar pode ser meio solitário, mas aparentemente não é isolado!
    Snyper, é comigo mesmo!, syper, gta, call of dut, hehe!

  3. Philipe, muito bom o post, esta de parabens como sempre!
    Eu so gostaria de fazer uma pergunta com ar de pedido!
    Vc poderia fazer um post falando sobre a teoria dos aliens antigos de Daniken!
    Não sei se vc acredita ou não, mas esse assunto vem se tornando cada vez mais intrigante e curioso,
    e ah muitas coisas que realmente são estranhas, outras eu vejo o lado do sensacionalismo puro.
    Li muitas coisas falando de Daniken e sua vida não muito certinha, mas a teoria que ele diz faz muito sentindo em varios pontos de vista, e tambem pelo fato que isso gerou um dos maiores e mais elaborados documentarios que a History ja produziu! Ou vende muito isso, ou realmente ha algo muito maior do que esta escrito nos livros de historia!
    Obrigado e um grande abraço pra vc e toda familia!

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Advertisment

Últimos artigos