Laranja, vermelho e amarelo

Laranja, vemelho e amarelo é o nome do quadro.

São somente três linhas grossas e pouco definidas, usando somente três cores. A julgar pelo que é, parece surpreendente que este quadro tenha atingido o preço fabuloso de  86,9 milhões dólares, quando foi vendido em Nova Iorque. A pintura foi feita pelo artista americano Mark Rothko, em 1956.

O artista cravou assim seu recorde em preço na a arte contemporânea.

Pior que nem é a primeira vez. Outra obra de Mark  Rothko “Amarelo, rosa e roxo em cor de rosa”, (o cara era o verdadeiro Mr. óbvio)  foi vendido em leilão na Sotheby´s por 72,8 milhões de dólares em 2007.

Pessoas que conviveram com Rothko descrevem-no um homem muito introspectivo e intelectual. Amava música, literatura e mitologia grega, além de interessar-se por filosofia. E todas essas áreas influenciaram de algum modo sua arte. Era inteligente, mas possuía um temperamento difícil. Apesar disso, dizem, o pintor conseguia ser muito afetuoso.
Rothko nasceu na Rússia em 1903 e foi naturalizado estadunidense, depois que se mudou com a família para a América. Formou-se pela Universidade Yale e, em 1929, tornou-se professor de desenho para crianças. Já na década de 30, fundou o Artist Union de Nova York, iniciando sua carreira artística.

Rothko foi muito influenciado por Nietzsche, que afirmava que “somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo”. O pintor era perspicaz em enxergar e identificar certos aspectos do mundo. Ele acreditava que a arte abstrata refletia todo o drama interior do ser humano. Penso que Rothko sentia a gravidade das coisas. E por isso sofria. Sua obra era o resultado de todos os sentimentos que vinham à tona quando absorto em seus particulares processos mentais. A arte de Rothko é exigente. Observá-la é conhecer uma forma mais abrangente de se entender a arte e o próprio artista.

Rothko afirmou ser o silêncio o detalhe mais acertado de suas obras.

Mark Rothko suicidou-se em 1970.
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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Cara, eu não sei se eu sou muito ignorante ou não entendo nada de arte, mas pagar uma fortuna dessas em um quadro assim… não é pra mim não.
    Se fossem quadros bonitos, que mostrassem algo de fato e não apenas linhas feitas de cores diferentes até justificaria a compra.
    Não sei o que se passa na cabeça desses milionários.

  2. Sinceramente esse pessoal que se diz entendido de arte e paga isso num quadro desses é muito otário mesmo, garanto que 90% das vezes o proprio pintor ta é rindo da cara dos bestas e os mesmos achando que o cara queria dizer alguma coisa.

    Recentemente só pra constar, um chimpanzé pintou um quadro e colocaram numa galeria de arte moderna, foi engraçado os entendidos do assunto falando dobre o possivel significado do quadro sem saber que era um chimpanzé que havia pintado.

  3. Quando vi o início do post achei que haveria uma explicação pra isso, mas não houve. Philipe, eu imploro, EXPLIQUE-ME esse fenômeno, se é que é justificável, porque eu, realmente, não entendo.

    • A explicação, pelo menos no meu ponto de vista, é que as pessoas não compram a arte pelo seu valor artístico, e sim pelo seu valor de mercado. Nesse contexto, é como comprar uma ação na bolsa. O cara compra porque sabe que é um ativo que se valorizará e ele venderá para outro no futuro. Dessa forma, pouco importa se o cara pintou bem, se pintou mal, se é cocô enlatado ou uma obra prima de impossível duplicação. Quem compra ta interessado apenas em fazer aumentar seu dindim.

  4. aposto que se o cara tivesse cagado após tomar laxante e tivesse jodago na traseira de um ventilador ligado, e após feito uns retoques no quadro, passava dos 200 milhãozis de Obamas …

    • Quem disse que um artista de verdade faria retoques? Isso acabaria com a espontaneidade da obra. Deixaria de ser um comentário sobre a inevitabilidade da entropia universal e se tornaria um mero objeto de conformidade com os velhos paradigmas.
      A não ser, é claro, que o artista tivesse almoçado creme de milho.

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