Homem de aço

Ontem graças a uma cagada dos técnicos de manutenção, fiquei sem internet o dia quase todo, o que me atrapalhou muito a trabalhar.

Eu ia aproveitar pra gravar o Gumpcast, mas veja que bosta: Começou uma obra no apartamento de cima e o filho da puta marreta essa merda de teto meu o DIA TOOODO! Tá foda, acho que vamos ficar sem gumpcast pela segunda semana consecutiva sele ele não parar a tortura. Pra piorar, tem um corno manso da obra na cobertura aqui em frente que fica se deliciando cortando vergalhões com uma makita. O barulho parece sair direto do inferno para dentro dos meus miolos. Testei e vaza pelo microfone. É impossível de gravar com o festival de sons bizarros e batuques.
Tão puto fiquei que resolvi sair. Fui pro shopping ver um filme. Entrei no primeiro que ia dar, e para minha surpresa era o “homem de Aço”. Sei que é tarde para tal- e nem é meu objetivo aqui – fazer review de filme blockbuster.

Achei que o filme começa meio tumultuado. Não há um crescendo de ação. Já começa com a mulher do Jor El berrando e nasce o Super Homem. Ok, mas daí em diante, começa aquela roleta adrenalínica piroclástica de explosões, saltos no vazio, mais explosões, monstros roubados do filme do James Cameron… O cinemark além de da óculos 3d, devia disponibilizar umas máscaras de oxigênio. Sério mesmo.

Não pela agitação frenética. Filme de hoje em dia, se não causar um ataque (epiléptico, hipertensão, surdez parcial ou de labirintite – escolha o seu) no espectador não pode mais se considerar filme de Ação.
Perto de Transformers, Vingadores, Homem de aço e similares, filmes como Comando para Matar, ou qualquer um do Rambo e Bruce Willis que eram exagerados no fim dos 80 e início dos 90 já parece um funeral.

Mas isso não interessa aqui. A discussão é com o Homem de Aço, e devo dizer que achei este um bom filme. Não significa que eu rejeite o clássico com Cristopher Reeve, que pra mim terá eternamente um lugar cativo no coração. Homem de Aço é outro filme, preso ao seu tempo, ao seu momento de filme de herói pós moderno, e portanto não se descola (meu Deus eu vou usar a palavra sagrada que transforma qualquer texto em texto chato!) de seu…

paradigma.

Há boas sacações no filme, que eu percebi. O primeiro deles, e talvez o que considerei a coisa mais legal do filme inteiro, é com o fato de que o metal de Krypton não é nem de longe perecido com o da Terra. Aliás, há metal, mas tão pouco que me pareceu ser um planeta com poucas reservas de metal. Tudo o mais parece ser feito de algum tipo de pedra esculpível e moldável. Esteticamente isso é bem bacana. Ainda na questão estética, aquele monte de raio azul saindo das naves me pareceu clichê demais.

MOS-FP-0047

No entanto, o robô é simplesmente sensacional. O robô e sua aparência estranha, que lembram amontoados de ossos com uma nuvem de pequenas partículas flutuando no lugar onde deveria ser a tela, é excelente. Já esse lance das partículas funcionando como tela eu gostei no robô, mas em todo o resto, incluindo a parte em que o holograma do pai do Super Homem explica para ele a história de seu povo achei uma bosta. Prefiro mil vezes a forma como foi feito no Superman clássico.

O figurino é fantástico. Pelo menos no que diz respeito aos fodões decadentes do conselho de Krypton. Aqueles elaborados drapeados nas roupas, o excesso de pose com chapéus bizarros que parecem saídos do sketchbook do Moebius transmitem mesmo uma certa arrogância. Casou lindamente com um povo que morreu porque se achava o “ó do borogodó”.

noMXvju vEvFyuN

man-of-steel-crowe

Esses filmes de hoje você tem que pegar eles e passar numa peneira para medir o tanto de mentira tosca que sai e depois você pesa as duas vasilhas para ver se o filme é regular ou lixo. O cinema, por si só é uma mentira, lógico, mas veja, mentiras como o carro ter sempre a chave na ignição, fugir por dutos de respiração em prédios, saltar no último segundo antes da explosão. Tudo isso, nós espectadores aceitamos, com certas concessões, mas há mentiras e mentiras. Muitas vezes o roteirista testa além da conta os limites da paciência do espectador. Aconteceu isso comigo em diversos filmes, sendo que os que mais me deram ódio na vida foram aquela fuga da bomba atômica do Indiana Jones e o crânio de cristal, onde ele voa uns 800 metros no ar após se esconder numa simples geladeira em área de testes nucleares e sai inteiro. Outro é a fuga de moto (de uma roda – a da frente!) do Tom Cruise em Missão Impossível. Aquela cena de destruir um jato Harrier saltando nele do Duro de matar… Enfim, há muitas mentiras calhordas no cinema.
Agora, aquela de Lois Lane escalar uma montanha de gelo de uns 40 metros de altura sem nem sequer roupas especiais pra neve, no ártico, de noite, e ainda por cima se arriscar sem cordas, sem proteção na beiradinha de um penhasco grande pra caralho para entrar no buraco que o Super Homem fez com a visão de calor me dá ódio, porque não serve para PORRA NENHUMA.
Porra, isso é uma mentira fajuta grátis. Quando vi, logo pensei que ela ia ficar pendurada quase caindo… (clichê a pampa, né?) mas nem isso! É totalmente inútil!

ku-xlarge

 

Uma coisa que seria legal é que mostrasse mais tempo a vida em krypton. Não sei. O filme já é grande, mas veja, é um outro planeta, um planeta que vai explodir… Eu queria menos pirotecnia inútil como aquele dragão de quatro asas, 100% dispensável. O filme ali é muito corrido. (talvez pq seja caro fazer tanto efeito especial).

Outra coisa que não gostei nem um pouco nesse filme é o tal do General Zod. Porra, não me levem a mal os que gostaram de um general Zod mais expansivo, mais brutamontes, mais porradeiro, com “sangue nos zóio” como um lutador de MMA… Ele tem até barbinha do capeta e cabelinho-disfarça-calvície…  Mas ainda fico com o olhar de peixe morto e a fleuma de um psicopata do antigo General Zod. O verdadeiro.

Ó aí o sangue no zóio!

O Zod é um general, meu amigo. Não é um sargento. Esse aí de Man of Steel tá bom pra um “sargento Zod”. General clássico é outro lance. É mental. É contido.

 

Eu não preciso de adereços de carnaval nem frescuras, socos ou gritinhos para mostrar que sou o filho da puta das galáxias!

Então o meu veredito é que Terrence Stamp é e sempre será o general Zod mais foda de todos os tempos. Se você não concorda, foda-se você, digo, problema seu.

Mas calma, não é só um monte de fail este filme. Tudo bem que eu gostaria que pelo menos o Hans Zimmer tivesse a humildade de fazer uma nova musica puxando um ou outro acorde da trilha do Super-Homem classico. Mas nego não teve esta pica. Tentaram inventar a roda. Parece infantil, mas a sensação é  que o diretor queria se liberar totalmente de tudo que foi feito, cortando todos os laços. Até a cueca vermelha do Kal El rodou! Deviam então ter tirado junto a capa, que é uma bosta muito sem sentido em tudo que é herói.

Aliás, falando na roupa do Super Homem… Tudo bem, texturas… Prece um capacho, mas belê. A gente aceita. O foda mesmo é que ele não se suja.  Aí, convenhamos, PUTA QUE PARIU.

Velho, fiz questão de ver os créditos subindo no fim, só pra me dar conta do exército monumental de pessoas ligadas ao filme. Será que NENHUM filho das mãe ali percebeu que o Super Homem não se suja, mesmo quando prédios desabam sobre ele, quando ele cai na neve não gruda neve nele, quando ele é atingido por uma LOCOMOTIVA não fica nem um sujinho de graxa no filho da puta. Isso foi um FAIL sério. Um FAIL pooodre.

Cara, qualquer merdinha que ocorra com um desabamento, seja de uma simples parede, deixa a pessoa perto BRANCA de sujeira.

A título de exemplo, uma foto de um cara que estava PERTO das torres Gêmeas no onze de setembro:

Parece um mendigo!

 

 

O Super-Homem atravessa metade da cidade explodindo contra paredes de concreto até parara na porta de um cofre: Resultado, nenhuma poeirinha. E o Gumex de Krypton é do bom!

Eu me recuso a acreditar que ninguém tenha se dado ao trabalho de pensar nisso: “ei, vamos sujar ele um pouco!”

Eu não entendo como que ele se molha mas não se suja.

“Ah, mas é filme, não é verdade!”

Ok, mas parece incoerente tanto esforço nas cenas de destruição feitos pelas empresas de VFX contratadas, sendo uma delas a Weta (fodaças tecnicamente por sinal) e nenhum sujinho no ator principal.

Eu gostei especialmente do fato de Lois Lane saber que Clark é o Kal El e vice-versa. Isso era a coisa mais tosca no filme do Richard Donner.

Voar, visão de raios X, super força, visão de calor e até voltar o tempo… Isso não é nada perto do super-óculos-nerd que faz ninguém perceber quem eu sou!

Uma coisa a se destacar é o trabalho muito bom dos caras do som. O foley é foda. Nota-se muito empenho no som de Man of Steel. O que vira até um problema nas excessivas cenas de porradaria destrutiva. Eu tava perto da caixa de som e quase fiquei surdo. As destruições realmente são bem bacanas e realistas, parece que o cinema vai desabar e 60% disso é o som.


No fim das contas, acho que vale sim o ingresso. O filme peca por algumas faltas aqui e sobras acolá, mas nos dias de hoje, deve ser virtualmente impossível fazer o filme que “você quer” quando quem paga a conta é o estúdio. A gente não pode imaginar o tanto de cacique para pouco índio que deve ter numa bagaça milionária dessas.

Depois de praticamente um ano sem adentrar um cinema, não me arrependi.

Uma última coisa que pensei no meio do filme, é que os caras do estúdio  tentam dar um tiro de carabina. Sabe como que é o tiro de carabina? Vai chumbo pra todo lado, aumentando suas chances de acertar o infeliz que eventualmente esteja na frente da arma.

Efetivamente, eles querem o máximo de grana, e isso envolve fazer certas concessões para que o filme não seja classificado como improprio para as idades menores, pois isso afeta diretamente a lucratividade. Mas então eu vejo nos cinemas filmes que tem versão 3d, sem 3d, dublada, legendada… Podiam criar uma versão de certos filmes “com gore” e “sem gore” para a molecadinha. Digo isso porque me parece muito carente de um gore esse filme.  Porra, nego IMPLODE a cidade e não tem um cadáver, não tem pessoas caindo e explodindo em poças de sangue e tripas no chão. É um tipo de coisa que parece desconectada do realismo absurdo dos efeitos de destruição da cidade. Filmes assim mereciam uma versão adulta com uns minutos mais que mostrassem realmente que o troço é foda. Que gente morre, que essas destruições não são torres de lego caindo, que gente vira purê ali, enquanto Kal El soca o Zod.  Na versão adulta, eu gostaria de ver o zod fritar umas pessoas com a visão do cíclope antes do desfecho final.

Basicamente era só fazer a adulta e cortar as cenas pesadas e lançar junto a versão mais família. Isso vale para todo filme de heróis. Não vi o Wolverine ainda, mas se for um filme anêmico de sangue tipo o Homem de Aço, será decepcionante, afinal, ele é um cara com lâminas piores que as facas Ginsu nas mãos!

 

 

 

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

Artigos similares

Comentários

  1. Achei rápido as cenas de inicio mesmo mas sei lá, fiquei imerso, gostei pra caramba, sinceramente foi um dos poucos filmes que realmente me empolgou e me fez ver assim duas vezes seguidas. Achei a luta em Smallville a melhor do filme, queria ver aquele tipo de ação mais vezes, e sério, me empolgou muito, muito mais que Avengers. To loco para sair logo o bluray.
    Rsrs, agora você fala que poderiam ter tiado a capa, meu amigo, o que foi de nego que vi tendo chilique com essa reinvenção do Super não tá no gibi, eu particularmente curti muito mais esse do que os outros porque finalmente vi o Super Man sendo super de verdade e enfrentando inimigos realmente a altura dele. Mas ainda o maior problema que vejo, que foi o que gerou tantos comentários negativos ao filme, apesar de estar sendo um sucesso de bilheteria, foi essa quebra com a imagem antiga do Super, por que no final acaba sendo inevitável para muitos a comparação com os outros filmes, vi muita gente odiando o filme justamente por isso, foram ao cinema esperando ver o super paladino da justiça de sempre e dai deram de cara com outro heroi. Se o filme fosse sobre um heroi que não o super não teria gerado tantos comentários negativos.
    E eu adorei a trilha sonora, sinceramente pra mim não cabe a trilha antiga, e olha que sou fã pra caramba da antiga, ficou muito boa o modo como foi usado nesse filme.
    Engraçado que em nenhum momento me questionei mesmo sobre isso dele não se sujar, isso vai de cada pessoa mesmo de observar certos pontos e deixar outros passar. Gostei dos easter eggs do filme como o rosto do Reeve, logos da Wayne e Lex Corp dentre outros. O som pra mim foi perfeito, acho que nem senti esse problema ai que vc disse porque eu tava mais para o meio do cinema, não pisqui um segundo sequer acompanhando tudo.
    No mais pra mim é o melhor filme de heroi já feito, espero que seja melhor ainda no segundo filme ainda mais com a presença do Batman e quero ver porradaria Épica no filme da Liga da Justiça.

  2. A parte mais interessante do seu texto na minha opinião é quando você fala das mentiras aceitáveis do cinema, sou de um tempo de uma sequência de Indiana Jones em que um carrinho de mineração descarrilhava, voava alguns metros até cair de novo certinho nos trilhos e isso era awesome!! Hoje uma cena com em que uma pessoa anda 3 metros no penhasco na horizontal (não, ela não escala) e isso é um tremendo fail? Acho que hoje o envolvimento com os filmes se perdeu e não há mais espaço para licenças poéticas, agora tudo é erro…tudo tem que ser certinho…tudo lógico…que bosta…

    • Como eu disse no texto, há mentiras e mentiras. Umas são aceitáveis e outra forçadas. Um exemplo de mentira aceitável: Militares permitem uma jornalista na área de resgate de um ufo. Outra: Militares permitem a jornalista civil ir no avião que vai lançar a nave no “gerador de mundos”. Agora a da escalada é sem pé nem cabeça.
      Na verdade ela escalou sim, pq a base fica num buraco e a entrada é lá no alto. Do nada ela esta em baixo e depois já aparece la em cima. Ou é vacilo de continuísmo ou ela escalou “magicamente”, hahaha. Aquilo é um senhor fail de roteiro. Dava pra achar solução melhor, os caras ganham bem para fazer isso. Aquele lance de ver um homem microscópico numa foto, e sair no ártico de noite, sem estar igual uma astronauta… Meu, isso é absolutamente inviável. E nem mostra como que o Super homem descobriu aquilo lá. Era muito mais simples e logico, fazer ela investigar o ufo, ela acha um caminho ate a nave (aberto pelos militares) e invade. Ela faz a cagada de ativar a nave e se fode com o robô la dentro. A nave dispara uma frequencia “kryptoniana” e lá na puta que pariu o Super Homem escuta e vai na direção em vôo supersônico. Sem escaladas, sem tuneis de visão de calor, e com uma economia de segundos preciosos. Se eu que sou burro penso nisso, eles podem pensar em algo vinte mil vezes melhor.

      • Enquanto escrevo a cena da “escalada” está pausada no player. A base fica no alto e ela vai até lá. A cena corta para um pequeno caminho que fica perto do buraco e ela CAMINHA até lá. Se tiver dúvidas, reveja, como eu fiz. Já o fato de ela ver um homem microscópico na tela pode ser interpretada de duas formas: ela estava fuçando e esperando alguém vacilar ou é simplesmente forçação de roteiro, prefiro a primeira. Quanto ao restante do comentário nem vale a pena tentar responder…

        • “um caminho cortado no gelo que leva ao penhasco e faz sentido zero”. Mas se vc tá vendo aí não tenho como argumentar nada, pq não tenho pra ver aqui. Tô puxando de memória. Mas deve ser uma tomada muito rápida, pq nem me lembro dela. Talvez eu não esteja me lembrando porque achei tão sem sentido ela sair na noite daquele jeito que estava pensando nisso e me desliguei do filme por um tempo. O que comprova que forçações de barra comprometem a suspensão da descrença.

          • Forçou a barra mais a inda ela tirar uma foto de noite, e conseguir ver o cara no visor da câmera…

            É quase uma visão cryptoniana essa da Lois.

      • Philipe, quanto a essa parte dela ver o cara na foto eu discordo, eu lembro bem quando fizeram uma tomada do visor da camera que dava para ver um ponto branco humanoide, pelo menos eu percebi isso, ai depois ela deu zoom, isso pra quem tava como espectador como a gente, pra mim é bem lógico que ela tenha visto em melhores detalhes por estar com a camera na mão e depois deu zoom, ainda mais que o Clark tava com uma camisa branca, seria perceptivel na imagem. Eu não vi fail nessa parte.
        Concordo com o Luiz, eu vi o filme duas vezes e realmente para ela ali era fácil chegar até o tunel, não vi necessidade dela escalar nada, fora que depois o clark já abre o tunel com a visão de calor.

        Poxa, agora sobre como o clark sabia da nave, poxa, isso pra mim ficou super claro e nem precisou ser explicado, ele primeiro foi para o acampamento porque ouvi algo de alguns militares já no bar, ai depois lá dentro era fácil saber de mais detalhes, o cara tem super audição, a cena em que os militares explicam o que tem dentro da geleira serviu pra mostrar bem de onde o clark tirou a informação e fora que depois ele poderia sondar melhor o lugar com a visão de raio-x dele, pra mim ficou bem clara essa parte.
        A unica coisa que concordo com você é que por exemplo a explicação dela estar lá em território canadense na descoberta de um UFO não foi muito convincente.

    • Em indiana Jones tem mentiras a serviço do roteiro. Esse vôo do carrinho é pura adrenalina. Bacana. Ele não surge como uma desculpa esfarrapada para evitar um retrabalho de roteiro em beco sem saída, como ocorre na cena detestável da geladeira e da bomba atômica. (talvez pior que essa só andar com um caminhão anfíbio num tronco de árvore da Amazônia) Há uma diferença brutal entre essas duas mentiras cinematográficas. Eu sou a favor da redução maxima dessas cenas exageradamente foçadas. Acho que atrapalham os filmes.

  3. Quando vi o Morpheus e o Com. Lock no filme achei que estava assistindo Matrix. Mas aí vi os efeitos da luta do Man of Steel com o Zod e aí tive certeza! Cara, ficou igual, só faltou chover pra cima! As ondas de choque, os prédios atravessados, igual!

    Quanto aos easter eggs (Wayne, Reeve, Luthor), só lembro de ter visto a placa da cidade de Smallville, talvez não seja tão detalhista a esse ponto… mas eu percebi que o cara não se suja, tanto que perto do final lembro de ter pensado comigo “porra, o cara acabou com a cidade e o cabelo tá igual no começo do filme”, achei isso uma merda também.

    Detalhe, acabei de chegar do cinema hehehe

  4. Acho que o herói mais prejudicado por esse lance do politicamente correto e censura pra crianças é o Batman. Apesar de terem conseguido equilibrar bem isso na série com o Christian Bale, todo mundo que já leu o Batman sabe que ele não é um herói infantil nem de longe, e os filmes feitos nos anos 90 quase colocaram uma lápide na reputação do herói, de tão ridículos.

  5. Crie um pequeno espaço com caixas de papelão, de modo que consiga ficar sentado lá dentro. Forre com grossas espumas e faça em partes a locução (devido ao calor). Depois emende num editor e publique o programa. Faça de maneira que possa desmontar ou dobrar, não ocupando espaço.

    • Eu posso pegar pra gravar na madruga, quando tem pouco som e nada de batidas, mas o foda é que afetará o estilo de gravação, pq não poderei falar muito alto. Vamos ver.

  6. Acertos de Man of Steel:
    1-Novo Krypton: só aquele começo já rendia outro filme se fosse mais explorado;
    2-A “nova” origem: a forma como ela foi contada está muito boa;
    3-Trilha sonora e som: simplesmente fodas. Quanto a trilha, apesar de não ter os acordes clássicos do Superman, eu gostei bastante;

    Erros de Man of Steel:
    1-Correria do final do filme;
    2-O final “coxinha” do filme;
    3-A atitude do Superman para com o Zod (mimimi altamente discutível), mas se você já viu o filme sabe do que eu estou falando… ;)
    4-Falta de sangue;
    5-Buracos gigantes do roteiro;

    Algumas coisas discutíveis e de escolha:
    1-A cueca e a capa: nesta nova versão a capa está lá porque aquele é um traje cerimonial. Os militares de Krypton usam negro e, por razões óbvias, não usam capas :) A cueca tinha que sair mesmo. O design ficou bem mais limpo e moderno.

    2-A facilidade com que ele e Lois se “amam” e como ela com 1/4 de pista saca toda a história dele.

    3-Zod justifica suas atitudes instintivas de acordo com o que ele diz lá no fim do filme: proteger Krypton era tudo o que ele nasceu para fazer. Isso dá um certa dimensão, ainda que rasa, ao personagem. Stamp anda é um Zod melhor, mas esse se presta bem como “escada” para vermos o Superman realmente aparecer no fim do filme. aliás, deem uma olhada na HQ Invencível, do Kirkman. Vocês vão ver muito, mas muito mesmo deste “novo” Superman.

    3-O final caga tudo que foi construído. E as implicações de tudo que ele fez? E a cabeça do cara agora? Ele fez o que ele tinha que fazer mas a que custo? E as repercussões disso pra Terra? Tinha que ser o Super dizendo “sou americano”, mesmo depois de tudo que ele viu? E ainda adotar a identidade “secreta” de Clark Kent? Internet não existe mais não?

    Abraço!

    • Boas observações! Escapar do Clark Kent seria bem difícil, já que ele é parte fundamental do Super Homem desde sempre. Mas acho que eles poderiam ali ter dado uma pirada. Imagina chegar o cara totalmente diferente. Tipo “mestre dos disfarces” mesmo. Hollywood tem maquiador pra isso. Podia rolar uma maquiagem furiosa nele, deixando velho, ou muito, muito diferente. Seria mais lógico que os “óculos mágicos”.

  7. Cara, eu me diverti com o filme, mesmo não tendo assistido em 3D e mesmo tendo ido à sessão dublada. Mas realmente alguns (muitos) pontos não me agradaram. Dentre eles o que mais me deixou brochado foi a morte do Zod. Porra, o Super e o Zod causam destruição por toda a cidade, com porrada rolando solta, impactos a altíssima velocidade, tudo mais, pra, de repente,[Editado: Apaguei aqui pra não fazer spolier, pq muita gente não viu. Quem viu sabe como acaba] Eu olhei aquilo e não acreditei.
    Não tenho sugestão para um fim alternativo, mas aquilo foi o pior.
    Um outro ponto, pra somar e, ao mesmo tempo, contrapor ao cabelo com Gumex que nunca desarruma é: como raios ele faz a barba? Se ele vai a velocidades super-hiper-extra sônicas, atravessa paredes de todos os tipos e espessuras, e nem perde o penteado (quanto mais perder um fio de cabelo), como raios ele corta a barba quando volta do exílio???? Será que ele deu uma escapada lá com o Wolverine e isto foi cortado no filme? heheheh

    • Primeiro preciso dizer que eu adorei o filme.
      Mas quanto a grande pergunta de como ele se barbeou, me lembro de ter visto em um quadrinho (não me lembro qual!), em que o Clark está na frente do espelho usando a visão de raio para fazer a barba. Talvez, se tivessem mostrado uma cena assim, não ficasse tão estranho.
      Mais uma observação: Philipe, quem sabe se você não tivesse tão puto quando saiu de casa, tivesse se divertido mais vendo o filme!!!!!
      Abraços.

  8. Assisti num 3d escurecido do caramba e com uma dor de barriga da metade pro fim do filme, acho que isso tirou um pouco do proveito que eu podia fazer dele… Aquela luta com o Zod no fim foi uma agonia. Mesmo assim, achei um bom começo pra uma franquia. Só que já estão falando que não faturou tanto quanto esperado, e o diretor já quer colocar o BATMAN na continuação. Acho que partiram pra apelação cedo demais.

  9. Eu adorei o filme, super me diverti, além de pagar pau pro ator que é muito bonitão…

    Mas FATO! pqp o filme força a amizade 100% do tempo!

    Caramba o SH entra na nave barbudo com cara de Rufus o Lenhador, e sai com o cabelo cheio de gel e a barba digna de um comercial da Gillette, fala sério.

    E piora….PIORA… Caramba duas máquinas alienígenas criando um buraco negro, a gravidade da antimatéria sugando concreto…CONCRETO… do chão, e a Lois caindo… sério? SÉRIO? CONCRETO levita, e ela cai ò.ó

    Mas, adorei o filme e super me diverti. Com o do Batman foi a mesma coisa, se a gente for ser critico de verdade, a gente não vai mais se divertir nos filmes de hj

  10. Ih, nem veja o Wolverine, não tem uma gota de sangue! Ele mata uns 50 caras durante o filme mas não se vê um desmembramento e nem sangue pingando. Parece Power Rangers. A trama nem é ruim, mas ficou beeeeeem infantil!
    Abs!

  11. Fala Philipe!

    Vi Wolverine ontem.

    Antes de mais nada, sou muito fã de cinema, de Truffaut a Stephen Frears, e muito fã de quadrinhos, do Will Eisner a Ed Brubecker… mas odeio quase todos os filmes de herói!

    Motivo? Não tem quase nada de cinema, só bobagem. Não sou contra o filme não ser fiel a HQ se ele for bom. Por isso, curti o Homem de Aço até certo ponto, apesar de exaustivamente exautar os EUA, mostrar o exército norte-americano como se fosse único do mundo e as excessivas comparações entre Superman e Jesus Cristo.

    Sobre Wolverine, esperava um filme horrível, e saí satisfeito do cinema. É claro que o filme tem seus errinhos aqui e ali, mas pra mim tem mais acertos do que erros, que bom. Recomendo.

    Abraço!

  12. Correção.; arma que espalha chumbo é carroceria. Carabina atira um só projétil.
    Agora quanto às destruições…é impressionante como o herói, para salvar a cidade ou as pessoas, acaba destruindo mais que o vilão., outro exemplo desses é tbm um lançamento é o “CIRCULO DE FOGO” .
    Os monstros destroem dezenas de enormes edificações e os heróis vão atrás na perseguição destruindo outro tanto. Mas cadáveres que é bom…..”neca” Tbm há incoerências como o tempo que se leva para evacuar uma cidade super-populosa. .
    É pra “acabar ca laranja” hehehe!

  13. “Aqueles elaborados drapeados nas roupas, o excesso de pose com chapéus bizarros que parecem saídos do sketchbook do Moebius transmitem mesmo uma certa arrogância.”

    Esse visual é derivado dos kryptonianos do reboot pós Crise nas Infinitas Terras, em 1985, criados pelo John Byrne.

    Isso e muita coisa de Krypton que você elogiou vem dessa versão. Veja aí:

    http://static.comicvine.com/uploads/original/2/28079/937478-jor_el__02__002__01_.png

    http://www.comicshack.com/Images/SupermanVol218Return19744_f.jpg

    http://img21.imageshack.us/img21/6555/img00011sd.jpg

    http://3.bp.blogspot.com/-Dy-6NWNjtG4/UXxi2C2YFcI/AAAAAAAAccw/C6QaLQQKn5E/s1600/World+of+Krypton+v2+04+-+19.jpg

    http://2.bp.blogspot.com/-yi39jV3DOUw/UXxig9zLHDI/AAAAAAAAccc/_wT9XhTGj3k/s1600/World+of+Krypton+v2+03+-+23.jpg

  14. Fala galera, estou meio atrasado em relação a todo mundo lendo este post, porém não pude deixar de notar que todos reclamaram dos óculos do Clark Kent como disfarce para o Super Homem.

    Existe uma HQ antiga (não sei quando foi publicada e não tenho o link aqui, mas vale a pena dar uma procurada e ler), que explica o simples disfarce. Aparentemente o Clark projeta, ainda que insconscientemente e de forma psíquica (já que ele é de Krypton, sua parte psíquica é bem avantajada) um “disfarce” na mente das pessoas, e o óculos aparentemente auxilia não só a projeção desse poder, mas também torna um disfarce simplório em praticamente fazer do Clark uma outra pessoa qualquer que não o Super Homem.

    Funciona mais ou menos assim: a pessoa vê o Clark porém não consegue ligar a sua altura, seus traços, sua fisionomia e tudo mais ao Super Homem, porque o Clark faz inconscientemente com que a pessoa veja uma pessoa completamente diferente, embora todas as pessoas consigam descrever o Clark como descreveriam o Super Homem, só que com os óculos. O disfarce faz com que a pessoa enxergue o Clark como qualquer coisa, exceto o herói.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Advertisment

Últimos artigos