Filmes, cinema e videos streaming

Percebo que tenho sido um usuário ávido dos sistemas de streaming. Acredito que me adaptei aos sistemas de video sob demanda porque eles casam como uma luva para meu jeito imediatista de ser.  Quando ainda existiam locadoras, eu era um daqueles clientes que sabia até o dia do aniversário do balconista, porque eu tava indo la todo santo dia alugar filme. O advento da internet a cabo trouxe consigo a possibilidade de download de filmes piratex, que eu acabava não consumindo. Não por uma questão moral ou qualquer coisa do tipo. É que geralmente os filmes estavam uma merda, mal comprimidos, com perda de frames, e legendas toscas, cheias de erros. Havia também um outro problema, que era o maior: Demorava.

Eu nunca tive saco para esperar merda nenhuma na minha vida. Se você quer me ver puto é me colocar numa fila, seja lá do que for. E ficar esperando horas e horas para um download de filme nunca me pareceu bom negócio.  Mas à medida em que a internet foi ficando mais rápida, a espera começou a compensar. Acho que isso se deu bem naquele momento que comecei a perceber que a TV à cabo estava me considerando um idiota.

Nada anormal, somos diariamente considerados idiotas por praticamente todos os prestadores de serviço do país. Das empresas de telefonia que me ligam para oferecer planos que são piores dos que o que eu já tenho aos bancos que querem me oferecer cartões que pagam anuidade sendo que eu já tenho o mesmo cartão sem anuidade e eles se fingem de estúpidos de não saber isso. A Tv à cabo é mestre na arte de me considerar otário, a começar por ficar reprisando a merda da programação ad infinitum.  Não satisfeitos, eles lotaram a parada de propaganda. E desmembraram canais pluritemáticos que ficaram monotemáticos em canais extras, que eu não vejo mas eles me cobram. É uma bosta, enfim. A Tv à cabo já era. Passei perrengue mas consegui cancelar essa desgraça na minha vida.

Sem Tv a cabo que só se prestava para eu ver filmes, muito raramente, (porque a maioria do que passava eu já tinha visto) e num sistema arcaico que me obrigava a ver não o que eu queria, mas sim o que mais me agradasse no que estava passando, aderi com força ao Netflix. O Netflix era parecido com a minha locadora da rua. Cheio de filme velho, uns bons, muita merda, e quase nada de novidades. Mas pelo menos:

  1. Eu escolhia o que ver.
  2. Eu não precisava pagar pra ver cada filme.
  3. O valor era honesto.

Continuo com o Netflix, muito embora um pouco desgostoso. Quando aderi ao sistema, eu esperava que logo eles unificassem a biblioteca de filmes com a dos EUA ( que é um colosso, praticamente “a terra prometida” de um cinéfilo). Mas até agora nada. Mesmo assim, não abandonei o Netflix porque a esperança dessa unificação nunca morre, e também porque acho justo. O Netflix produz material. E se produz, merece meu dindim suado. Agora vem aí uma era de guerra dos streamings, com outros serviços surgindo no rastro da Netflix. Alguns com gigantes por trás, como a Amazon.

Comecei a usar também o popcorn time no celular. Um troço meio questionável moralmente, porque o popcorn time é pirata. Eles não pagam os direitos dos filmes, mas em compensação, também não te cobram nada para usar o app deles, que usa um sistema MEGA ENGENHOSO de buscar os filmes numas bases de Torrents e tocam como se fossem streaming.

Tem filme pra caramba, e as coisas novas estão lá, com legendas em tudo que é língua. Tenho amigos que estão viciados no Popcorn time. Acho útil para procurar filmes que não acho no netflix, embora o app dos caras dê pau pra caramba e a versão de Pc nunca tenha funcionado na minha maquina. Eventualmente, acesso uns sites de streaming pirata na rede. Nem sempre a qualidade do video é boa, mas tem uns sites que rodam bonito. Assisto meio que com peso na consciência, porque sei que não é legal consumir o troço sem que os produtores ganhem seu diminuto quinhão referente ao meu consumo. Mas tem casos que é realmente complicado.

Por exemplo, o cinema. O Cinema está ficando uma coisa ridícula nesse país. O ingresso está cada vez mais caro, e com o ingresso ficando caro, eu posso ver cada vez menos filmes. Não obstante, os cinemas estão passando cada vez mais apenas versões em 3d dos filmes, muitos desses, que nem precisariam de 3d algum. Em muitos, só versões dubladas. Nada contra, mas restringir as opções do cliente a só dublado é putaria.

A explicação não é oferecer um produto de melhor qualidade ao espectador, e sim obrigá-lo a pagar um ingresso mais caro sob pretexto do 3d. Logicamente as salas de exibição fizeram um grande esforço de aparelhamento no que foi a sacrossanta tecnologia que prometia revolucionar o cinema e tirar o setor da estagnação. Hoje, eles precisam recuperar esse investimento, e o que fazem é isso, massificar o 3d obrigando o espectador a ver o filme em 3d mesmo que não seja o que ele (consumidor) quer.

Se fosse só isso ainda dava pra ir, mas há outras questões: Os cinemas foram parar nos shoppings e os shoppings descobriram que ganhar dinheiro mesmo é com o estacionamento. Assim, para eu ir ao cinema, preciso ou pegar um busum, o que implica em risco de segurança, já que moro em lugar ligeiramente perigoso, ou ir de carro e ter que pagar quase um ingresso extra na forma de ticket de estacionamento para guardar o meu carro.

Outra questão que me faz sentir um otário na poltrona do cinema, é quantidade escrota de propagandas que eles estão colocando. Em algum momento, o cinema começou a virar televisão.  Já fico esperando a hora em que essa merda vai descambar de vez e aparecerá propaganda da Tecpix no meio do meu filme. Isso me leva a questionar o fato de que se tem tanta propaganda, por que diabos o ingresso do cinema é tão caro?

Sem falar no fator “outro”. Ocorre que em muitas vezes que vou ao cinema ver um filme, acabo sendo incomodado pelas pessoas, cada vez com educação mais questionável, falando rindo, jogando coisas para cima, comendo coisas barulhentas, narrando o filme, lendo a legenda em voz alta e atendendo telefone no meio da porra do filme (ato que me dá vontade de cometer um atentado terrorista).

Há cada vez mais coisas que me desestimulam a arriscar a sorte num cinema. Por exemplo, o ar condicionado. Ou ele está em nível polar, ou está desligado ou quebrado. Vamos do polar para a sauna, e parece que não existe um padrão de conforto cientificamente definido (dica: Existe). A mesma coisa para o som. O som do cinema é ultra-alto. Alto num nível em que fica muito desconfortável de assistir um filme com monstros e explosões. Eu não sei por que razão os cinemas começaram a aumentar tanto o volume dos filmes, mas tenho quase certeza que se levar um equipamento de aferição, teremos o som de uma turbina de avião durante duas horas na orelha do espectador que esta pagando para ficar surdo.  O barulho é colossal. Talvez porque é preciso “impactar” o espectador com efeitos físicos na medida em que os filmes vão ficando cada vez “mais do mesmo” e você perde a suspensão da descrença a cada meia hora. Pode ser também que a geração de jovens dos headfones, que escuta cada vez menos, precise de cada vez mais volume para conseguir manter a atenção no que se passa na tela. Sei lá. O que eu tenho certeza é: Incomoda pra caralho em certos filmes.

Outra coisa que me levou a ver filmes em streaming é a falta de filmes “velhos” para comprar. Primeiro que acho meio idiota gastar dinheiro num dvd, bluray ou qualquer outro disco que vai entupir minha casa, já pré-entupida de coisas, com um objeto que será visto uma, duas vezes no máximo. Dvd só compensa quando é aquele típico filme que você vê repetidamente por alguma razão. (tipo minha relação com Alien, Star Wars e Conan)  Para ver o filme corriqueiro, o streaming é melhor, porque ele não gera poluição.

 

Está ficando cada vez mais claro pra mim que o cinema poderá encolher ainda mais se continuarem a considerar os espectadores uns otários como eles vêm fazendo. O mesmo para a Tv à cabo.

Mas há uma questão aí a se pensar: Se os cinemas começarem a acabar, eles vão por tabela encolher a lucratividade dos filmes. E talvez testemunharemos um declínio de produções de qualidade no cinema. O Cinema migrará da tela grande para as telas personalizadas e individuais, e isso já está acontecendo, mas eu não me arriscaria a prever o fim do cinema, porque o cinema já enfrentou duras batalhas tecnológicas, como com a Tv, o videocassete, o DVD, o Bluray, a Tv à Cabo, o computador e se manteve firme…  Aumentando os preços para poder competir com a redução na demanda, e saindo das salas gigantes das ruas para salas pequenas nos shoppings. Enfim, o cinema vai mal, mas não morreu.

Na pratica, o que eu gostaria mesmo é que o slogan do grupo Severiano Ribeiro fosse verdade: “Cinema é a maior diversão”. A cada dia esse slogan está se tornando uma insofismável e cretina piada, tal qual o “Ordem e Progresso” da nossa Bandeira Nacional.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Análise perfeita do meu sentimento hoje em dia. Sobre o Netflix, eu quando fui pros EUA em Abril tive a “sorte” de viajar exatamente quando Demolidor foi lançado. Descobri uma extensão pro Chrome que é basicamente um proxy que te deixa escolher qual país do Netflix você deseja acessar. Se você não tem problemas com legendas em inglês, recomendo fortemente. Não falo o nome do plugin pois não sei se é “legal”, mas é OLÁ em Espanhol ;)

  2. Tenho uma relação muito especial com o cinema, e o motivo é justamente a atmosfera, coisa que não é possível reproduzir da mesma forma em casa.
    Gosto da tela grande, da escuridão absoluta, do som, da amplitude da sala, do ar condicionado em níveis industriais e, especialmente, da sensação de sair formalmente de casa e fazer do ato de assistir o filme não algo corriqueiro e banal, mas sim um evento com sua própria importância e finalidade. Pra mim é este tipo de coisa que dá sabor a uma boa sessão.
    Mas claro, como você bem apontou, não é qualquer cinema que te dá este privilégio, e para ser franco nem mesmo o preço maior do ingresso faz garantia de uma experiência melhor.
    O que faço? Horários incomuns em filmes que já estão “na banguela” para sair de cartaz. Assistir primeiro, para mim, nunca foi sinônimo de assistir melhor. Na verdade, pelo contrário. Pouca gente, ingresso mais barato e… pouca gente! Nada é mais insuportável do que uma sala cheia, pois sempre tem um ou dois (ou uma dúzia) de filhos da puta que não respeitam absolutamente nada, muito menos o direito alheio de assistir o filme em paz.
    Enfim, não me vejo substituindo o cinema pelo streaming, nem mesmo por mídias assistíveis em qualquer lugar da casa. Não é a mesma coisa, nem nunca será.

  3. Concordo contigo, especialmente no quesito “educação das pessoas nas salas de cinema”. Ou seria melhor “falta de educação”? Desistimos de gastar dinheiro e perder tempo nisso depois de ir assistir “Os Miseráveis” e ter que ficar cercados de pessoas que faziam tudo, menos prestar atenção ao filme. Até rir (em partes dramáticas) riam… Uma pena, mesmo, pois adoro cinema! Acredito que os sistemas de streaming sejam o que de melhor temos atualmente. Ou, então, sites de compartilhamento confiáveis, como o Manicômio Share. O único inconveniente deste último é que nem sempre tu acha o que quer… Pelo menos, vale investir em bons equipamentos (TV, som, poltronas, etc) em casa e assistir na tranquilidade do lar, podendo pausar, escolher dia e hora melhores e por aí vai.

  4. Tenho TV a cabo pirata. Baixo jogos e filmes piratas. A única coisa que pago é minha Internet. Comprei minha carta de motorista, furo filas, chingo outros motoristas…sou hipócrita…Sou corrupto.
    Por conta disso não tenho a mínima coragem de reclamar dos nosso políticos saindo em passeatas e tirando selfie pra postar no meu face.

  5. isso mesmo cara crie seu filho vendo dragon ball e yu gi oh no netflix que ensina mais lições bacanas,do que ele ver a escrotisse da dora aventureira na tv a cabo

  6. O megafilmeshd tem um acervo colossal sendo constantemente atualizado Philipe, vale a pena dar uma olhada se não pesar muito a consciência.

  7. Excelente discussão também cancelei minha tv à cabo e rumei para o streaming, posso assistir tudo que eu quiser na hora que eu puder. Não aguento mais ver televisão cada comercial demora uma eternidade de tanta propaganda que tem, e o pior que agora os cinemas estão fazendo a mesma coisa. Resolvi dar um tempo de ir no cinema por causa do preço, comparar o preço o netflix com o preço de um ingresso + estacionamento + pipoca é sacanagem, por um valor ínfimo ganho uma quantidade absurda de horas de diversão dentro de casa sem as pertubações que hoje em dia tem no cinema como você mesmo falou. O netflix pode não ter todos os filmes, mas sempre adiciona filmes legais e seriados aos montes, e agora com produções deles dando certo vai valer mais a pena ainda, o investimento é excelente comparado ao custo.

  8. O cinema está acabando porque o produto que entregam hoje em dia é muito ruim (salvo raras exceções). 80 filmes da Marvel por ano ninguém aguenta. São todas umas histórias muito pasteurizadas, claramente roteirizadas por uma equipe de marqueteiros.

    Apesar dos pesares em relação à TV/Streaming, é daí que estão saindo as melhores histórias hoje em dia (alô Game of Thrones). Os melhores autores já estão na TV há alguns anos. E agora está começando a migração dos melhores atores. Se continuar assim, o cinema já era mesmo. Ou quem sabe a bolha estoure e veremos uma nova era de ouro do cinema, com produções menos caras mas histórias mais bem contadas…

  9. A coisa que mais me tira de sério são as propagandas antes dos trailer. Eu faço uma greve de fome de pipoca pois me recuso desperdiça-la vendo propaganda de refrigerante e operadora de celular.

  10. Também sou adepto do netiflix, pricipalmente quando dá aquela saudade de assistir aos grandes sucessos do passado como:”contatos imediatos de terceiro grau”, agora em cartaz, ou “tres homens e um destino”, aqueles famosos e emocinantes faroestes como “django” e “o dolar furado” e outros como “fuga de alcatraz” e “um sonho de liberdade” etc. Alguns dos filmes que mais gostei dos antigos. Dos mais modernos, fico com “avatar”! E você?

  11. Philipe, você falou sobre o volume dos filmes que estão aumentando. Em muitos casos tem também o contrário. As vezes o volume está tão baixo que você perde os diálogos (entendendo outro idioma ou vendo o filme dublado). Ai, no momento das explosões e tiros, o som salta pra 82892489342 decibéis. Os outros problemas que você menciona são todos muito precisos. Você paga MUITO caro para ir no cinema, sem contar o estacionamento e os preços dos produtos nas bombonieres (caso você queira consumir algo, o preço é um absurdo) e ainda se incomoda com tudo isso. Eu particularmente não sou fã dos cinemas 3D, pois a precisão da imagem se perde. Mesmo assim, não são raros os casos em que sou “obrigado” a ver o filme neste formato, pois as vezes são limitados à estes. Resultado: Ponto pro Netflix.

  12. “acabo sendo incomodado pelas pessoas, cada vez com educação mais questionável, falando rindo, jogando coisas para cima, comendo coisas barulhentas, narrando o filme, lendo a legenda em voz alta e atendendo telefone no meio da porra do filme”
    É exatamente por isso que evito ir em cinema hoje em dia. É totalmente questionável a educação do povo.
    Ah, parei também porque mais de uma vez em que fui só existia a porcaria do filme DUBLADO. Como se fosse a preferência única da população brasileira.

  13. Cara, sua descrição do sentimento de ir ao cinema hoje em dia foi perfeita! Hahaha..

    São as pessoas mal educadas, o ar condicionado sempre mal regulado, aqui em BH (especificamente no Pátio Savassi) algumas salas tem um cheiro de mofo insuportável, mas é um dos poucos cinemas que ainda passam todos os filmes legendados (viva a Cinemark!), o som que ou está estourando os tímpanos ou baixo demais, vc acaba escutando mais os barulhos que a galera faz com comida na sala que o filme mesmo.

    E tudo isso por um preço muito alto, até mesmo pra quem paga meia entrada como eu. Fora o gasto com gasolina pra ir até o cinema e o do estacionamento do shopping. A pipoca que era parte da diversão ficou inviável, afinal, gastar quase 30 reais de pipoca simplesmente não existe.

    Sou usuário assíduo do PopCorn Time, e volto minha atenção cada vez mais pro “cinema em casa”. Foi melhor investir em uma TV bacana, pelo menos vejo o filme no conforto do lar, regulo o som, sem pessoas incomodando, enfim…

    Mas é uma pena, o cinema realmente era uma diversão, eu gosto muito, mas da maneira como está sendo conduzido atualmente tá difícil.

  14. Cara, falando especificamente da pirataria, não é bem assim.
    Isso é uma mentira contada mil vezes. Hoje (2015) os caras já conseguiram imprimir na nossa cabeça a falácia de que os maus pirateiam e os éticos cidadãos de bem remuneram os profissionais.
    Ocorre que o modelo atual do direito autoral é ruim. É ruim para os artistas e para os consumidores.
    Exemplo: a Disney anunciou prejuízo com o filme John Carter 6 meses depois do lançamento. 6 meses! Só que os direitos de cópia ficarão com a Disney por mais 69 anos e 6 meses. Pra que? Nem eles vão investir. Veja bem, estou falando de direitos de cópia, não de autoria. É imprescindível para o bem da cultura universal que as obras caiam em domínio público (esse é um dos princípios da lei). Só que o tempo de 70 anos é alto demais.
    Por que não baixamos esse tempo pra 10 anos? Assim, não poderíamos assistir as novidades, mas nenhuma restrição se aplicaria ao conteúdo não lucrativo. Não poderíamos ver The Big Bang Theory, mas poderíamos ver Friends. O Hobbit estaria fora, mas Matrix tá de boa. E o mercado continuaria inundado de novidades.
    A associação entre filme pirata e baixa qualidade é outra falácia. Basta procurar no torrentz por dvdrip ou brrip.

    Quanto ao cinema, é outro ambiente. Em geral, assisto as novidades no cinema. Impensável pra mim perder O Hobbit em 3D. :)

  15. Nossa, mas como eu ri! É exatamente isso! Depois da semana passada ao pagar R$33 em uma inteira pra assistir um filme não 3D, mais pipoca de R$14 e mais quase R$4 em uma água, eu disse pra mim mesma: basta! É muita roubalheira para pouca conveniência.

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