Feliz Natal

Dia 25. A data em que o peru defunta sobre a mesa, mas a missa é do galo.

Muitas vezes em nosso afã compulsivo de comprar presentes e bater pernas nos shoppings, nos esquecemos do que significa esta data, esta parada preciosa no final do ano. O natal não é só presentes, não é só comidaria gordurosa e parentes que contam as mesmas piadas ano após ano. É um momento de reflexão, de elevar nosso pensamento independente da fé que professamos. É o momento de avaliar o que fizemos de bom e as quantas anda nossa passagem pelo planeta Terra. É o momento de pensarmos no futuro e darmos a chance ao outro. Época de compreender, aceitar e perdoar.  De aprender com a sabedoria dos mais velhos. É ver as crianças e perceber a inocência e fantasia que muitas vezes nos falta. E muito mais.

Espero que todos vocês tenham um ótimo natal e continuem ligados no Mundo Gump.

Para não perder o costume, aqui vão algumas curiosidades sobre o natal:

Papai Noel – Esse velhinho simpático, gorducho, de roupa vermelha e barba branca com ar bondoso que conhecemos não passa de uma campanha de consumo da coca-cola. Em 1931, a empresa contratou Haddon Sundblon para fazer uma campanha voltada para as crianças. Então surgiu, em vermelho e preto (as cores da coca-cola), os velhinho mais amado pelas crianças, o qual recebia de recompensa, depois de entregar brinquedos a noite toda, uma deliciosa bebida. Antes disso, o Papai Noel já tinha se vestido de verde, amarelo, azul ou vermelho. Na Europa ele era descrito como alto e magro.

A árvore de natal – A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o terceiro milênio A.C.. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto. O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido. A árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina.

A estrela de Belém – A Bíblia relata que uma estrela guiou os três Reis Magos desde o Oriente e indicou o lugar onde era possível encontrar o Menino Jesus. São muitas as teorias que tentam explicar este milagre, entre elas está a que se tratava do brilhante planeta Vênus, da passagem dos cometas Halley ou Hale-Bopp, uma ocultação da Lua… Uma das hipóteses aceitas é a do astrônomo Johannes Kleper, que em 1606 afirmou que a estrela era uma rara tripla conjugação da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, passando pelo Sol e ao mesmo momento por Peixes. Esta conjugação se apresenta aos olhos do observador terrestre como uma estrela muito brilhante. Outra suposição, esta mais recente, tem a ideia de uma nova estrela brilhante observada próxima da estrela Theta Aquilae. A estrela de Belém é relembrada situando-a tanto na representação do presépio como na ponta da árvore de Natal.

A missa do Galo – É com o nome de Missa do Galo que se conhece a missa celebrada na noite de Natal. Sua denominação provém de uma fábula que afirma que foi esse animal o primeiro a presenciar o nascimento de Jesus, ficando encarregado de anunciá-lo ao mundo. Até o começo do século 20 era costume que a meia-noite fosse anunciada dentro do templo por um canto de galo, real ou simulado. Essa missa apareceu no século 5 e, a partir da Idade Média, transformou-se em uma celebração jubilosa longe do caráter solene com que hoje a conhecemos. Até princípios do século 20, perdurou o costume de reservar aos pastores congregados ali o privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus. Durante a adoração, as mulheres depositavam doces caseiros, que logo trocavam por pão bento ou Pão de Natal.
Era também costume reservar um pedaço deste pão como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave. Outra tradição que perdurou é a de estreiar nessa noite uma peça de roupa com a qual se afastava o demônio.
Em algumas regiões, esta missa se celebra durante as primeiras horas do dia. Na maioria dos países da América de língua espanhola é tradição que toda a família acuda a ela unida e para os panamenhos é o momento mais importante das festas.

Nome e data –25 de dezembro – É conhecido como a “natividade” do sol. Essa data é o aniversário de Tamuz, o sol, a reencarnação do deus-sol. Tradicionalmente, 21 de dezembro é conhecido como Yule. A Igreja Católica Romana mudou a celebração de Yule para 25 de dezembro.
25 de dezembro – Também era conhecido pelos romanos como saturnais, um tempo de excessiva libertinagem. Beber fazendo sucessivos brindes era a chave para a libertinagem dessa celebração. A fornicação era simbolizada pelo visco e o evento inteiro era encerrado com uma Grande Festa, o Jantar de Natal.
O nome Natal [Christmas, em inglês] é pagão! “Christi” significava “Cristo”, enquanto “Mas” significava “Missa”. Visto que todas as missas pagãs estão comemorando a “morte”, o nome “Christmas” significa literalmente a “morte de Cristo”. Um significado mais profundo está na menção de “Cristo” sem especificar Jesus.
A festa de natal fazia parte de um festival cristão realizado no dia 25 de dezembro, para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. No entanto, na parte leste do Império Romano, acontecia no dia 6 de janeiro uma comemoração à manifestação de Deus no nascimento e no batismo de Cristo, exceto em Jerusalém, onde apenas o nascimento era comemorado. Durante o século 4 da celebração do nascimento de Cristo, o dia 25 de dezembro foi sendo adotado gradualmente pela maioria das Igrejas do leste. Já em Jerusalém, a oposição ao Natal durou mais tempo. Na Igreja Armênia, o Natal no dia 25 nunca foi reconhecido e o nascimento de Cristo continua sendo comemorado em 6 de janeiro. Na maior parte dos países cristãos, o dia 6 de janeiro é conhecido como Dia dos Reis Magos.

Presentes – Os romanos comemoravam a Saturnália, no dia 17 de dezembro, com uma troca de presentes. No Ano Novo romano (1º de janeiro), as casas eram decoradas com guirlandas e luzes e presentes eram distribuídos para crianças pobres. Tribos germânicas da Europa, após sua conversão ao cristianismo, comemoravam o Natal com uma troca de presentes. Na Itália, Espanha e outros países da Europa, as crianças recebem presentes no dia 5 de janeiro e não no dia 25 de dezembro.
Em vários países europeus os presentes são dados no dia 6 de dezembro, durante a comemoração da Festa de São Nicolau, o patrono das crianças. De acordo com várias lendas, São Nicolau seria um benfeitor anônimo que presenteava pessoas durante o período natalino. Uma tradição mais antiga remete aos presentes que os três Reis Magos deram a Jesus: incenso (Gaspar), representando a nobreza; ouro (Melchior), o poder material, e a amarga mirra (Baltazar), sendo o sacrifício que Jesus enfrentaria.

Bolas e enfeites da árvore de natal – A primeira árvore de Natal apareceu na Alemanha durante a Idade Média. Tratava-se de um pinheiro, decorado com maçãs e que era chamado de “árvore do paraíso”. Era o principal enfeite da festa de Adão e Eva, comemorada em 24 de dezembro. As igrejas decoravam suas árvores com hóstias, para simbolizar o pão distribuído durante a eucaristia. Alguns penduravam castiçais para simbolizar Cristo como a luz do mundo. No mesmo lugar onde houvesse uma dessas árvores, estaria a pirâmide natalina. Ela era feita de madeira de carvalho, decorada com castiçais e uma estrela. As duas decorações foram fundidas por volta do século 16, dando origem a atual árvore de Natal com seus enfeites tradicionais. Os enfeites para árvores podem ter surgido de um hábito druida de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para festividades nesse mesmo dia do ano. Os alemães tinham o costume de decorar suas árvores com papel colorido, frutas e doces. A tradição espalhou-se pela Europa, chegou aos Estados Unidos pelas mãos de colonizadores alemães e depois para o resto do mundo. Antes mesmo do nascimento de Cristo, luzes e guirlandas eram utilizadas para simbolizar o calor em meio ao frio e à escuridão.

O Presépio – A história conta que São Francisco de Assis teria sido o criador do presépio, cenário do lugar onde Jesus Cristo nasceu. O clássico de Natal surgiu no sul da Europa em 1224. Um presépio de verdade (com pessoas e animais) foi montado nos fundos de uma igreja de uma pequena vila, para encenar o primeiro Natal. As imagens dos Reis Magos só foram aparecer em presépios por volta do ano 1484. O presépio de hoje possui os seguintes elementos: manjedoura (o berço do Menino Jesus), animais (vaca, burro, ovelha) os três Reis Magos (com seus presentes), Maria, José e o Menino Jesus.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Cara, isso do Papai Noel ter sido criado pela Coca-Cola é lenda urbana… XD
    Tipo, no século 19, se não me engano, já tinham definido o Papai Noel dessa forma. Tem uma Superinteressante onde falam sobre isso… deve ser a de dezembro de 2006…

  2. Ninguem pode provar que é assim como foi descrito.

    Mas ninguem pode provar que é como nos é dito, e
    esse texto parece ter sentido.

    Em todo caso, Feliz Natal :P

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