Empresa da China imprime DEZ CASAS por dia!

Estamos na era das impressoras 3d. Inicialmente em patamares proibitivos para pessoas comuns, essas impressoras, capazes de imprimir objetos em plastico, resina e outros produtos se tornaram o xodó dos amantes da tecnologia. Claro que as boas ainda são muito caras, mas a alta demanda por maquinas capazes de imprimir protótipos de produtos criados no computador irá forçar os preços para baixo, e é também por causa disso que já comecei a me empenhar em esculpir virtualmente. Hoje, algumas impressoras (ainda muito caras e lentas) já conseguem um resultado impressionante no nível qualitativo.


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Aqui vemos a comparação de resolução de uma cabeça impressa (da direita) e a cabeça do monstro, modelada em cera na mão. É bem impressionante o grau de qualidade que já se pode obter.

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Mas não são somente peças pequenas que estão no olho do furação da inovação. Acredite se puder, uma empresa na china inventou uma maquina de prototipar CASAS! E a taxa de velocidade do bagulho é de pirar o cabeção: ELA FAZ DEZ CASAS AO DIA!

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Confesso pra você que por eu já ter trabalhado no departamento de Design Industrial do Instituto Nacional de Tecnologia, bem ao lado das maquinas de prototipagem rápida à laser e outras tecnologias, sempre soube que prototipagem era algo lentíssimo e trabalhoso. Por isso eu a princípio duvidei que uma impressora de casas que faz dez ao dia fosse possível. Achei que era um primeiro de abril. Mas vendo melhor, parece que é isso mesmo, a maquina produz uma COLOSSAL quantidade de material de insumo, que é a gosma usada para imprimir em camadas. A maquina faz isso suando – olha que genial – detritos moídos de demolição e restos que sobram de outras obras. Ela moi esse monte de coisa, e mistura mais um catatau de produtos, que certamente é um segredo industrial da firma, e uma cabeça móvel controlada por computador vai lentamente depositando, camada a camada essas linhas de material até subir a casa inteira.

É insano o negócio!

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O sistema está ainda em sua fase de testes, ainda é pesquisa, mas os resultados acima do que eu julgaria promissores, já demonstram que essa é uma tecnologia que veio para ficar e que pode ajudar muita gente, sobretudo desabrigados por intempéries ou cataclismos, a conseguir uma nova moradia em tempo recorde.

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Por conseguir esta taxa de velocidade, e usar para isso material reciclado, é quase impossível não tirar o chapéu para os engenheiros chineses que trabalham neste troço.
Esta não é a primeira tentativa de impressão 3D de grandes estruturas em um curto espaço de tempo, obviamente. Eu já ate postei aqui outras iniciativas parecidas. Há projetos até similares sendo feitos simultaneamente a este aqui. Pesquisadores na Califórnia está fazendo uma impressora que pode construir uma casa em 24 horas.

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O futuro da impressão 3d na sua casa?

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Ela foi anunciada como “a primeira impressora 3D verdadeiramente criada para o consumidor” na sua página de campanha Kickstarter. E, de acordo com a CNET, ela ultrapassou sua meta de financiamento de US $ 50.000 em ridículos 11 minutos.

Tanto os modelos de US$ 199 e U$ 250 se esgotaram rapidamente, mas a opção de U$ 299 ainda está disponível, o que te garante uma impressora 3d e um carretel de filamento (insumo).

A Micro3D pode ser usada assim que você tira da caixa, mais fácil que uma impressora comum. E seu software M3D foi desenhado “para ser o mais interativo e agradável possível, como um jogo, certificando-se de que seja totalmente touchscreen com capacidade com uma interface minimalista e simples de usar.”

Assim, mesmo os novatos no ramo da impressão 3D poderão ter o prazer de criar peças, protótipos, brinquedos e até capas para celular.

Embora o projeto mire no cara que não sabe nada, os usuários experientes não são deixados de lado pela Micro 3d. Existem configurações de especialistas disponíveis para as pessoas que têm alguma experiência de impressão 3D. A Micro3d é compatível com insumos PLA ou ABS, bem como usa as suas próprias bobinas de filamento, no caso de você ter sobra de plástico, que ao redor.

O que não falta são campanhas para criar impressoras 3d no Kickstarter, e vários projetos já foram financiados lá. Está demorando um pouco para impressoras 3D de grande porte ganharem força e se popularizarem, fora dos grandes estúdios de design, laboratórios tecnológicos e centros de pesquisa. Mas os dispositivos menos caros, como a Micro3d poderão tornar as impressoras 3D mais acessíveis para usuários casuais, como artistas, modeladores amadores ou até mesmo para os alunos usarem em sala de aula.

Se os fabricantes conseguirem manter o preço da impressora tão baixo, podem finalmente estar no caminho certo. Podemos estar presenciando novamente aquela clássica mudança de paradigma que se deu quando a IBM apostou nos grandes servidores corporativos, e uns poucos malucos da Califórnia resolveram correr por fora criando computadores mais simples para as pessoas terem em casa.

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Pelo fato de que os chineses já estão na marca de dez casas em 24 horas, eu começo a torcer fortemente para que uma nova corrida espacial surja, com americanos versus chineses, disputando quem consegue acelerar e aperfeiçoar mais a prototipagem 3d. Isso revolucionará o mundo em um nível inimaginável. Algo que por tabela, já me dá a dimensão de quanto a criação 3d será importante para o futuro. Se eu pudesse dar um só conselho a você que está aí lendo este blog sem saber o que pretende fazer no futuro, saber 3d é algo que poderá te abrir portas. O 3d é um dos ramos mais promissores para o futuro, e certamente grande parte dos trabalhos que vão exigir conhecimentos de criação tridimensional anda nem foram inventados, mas maquinas como estas já nos mostram que é quase certeza que essas habilidades serão cada vez mais necessárias no futuro, (bem como a programação).

De volta às casas, Amsterdã no início deste mês, a construção de uma casa em 3D impressas começou. É um fenômeno mundial. A casa 3d de Amsterdã é feita com tijolos de plástico que se encaixam como Lego. Eles estão sendo impressos no local.

As casas chinesas, por outro lado, não são construídas no local. Elas são impressos em peças, que são montadas posteriormente, no distrito de Qingpu de Xangai.

Eu creio que faz pouco sentido realmente prototipar casas no local. Isso porque você nunca sabe quais as condições previas do ambiente. às vezes a casa será colocada numa área onde não há espaço para toda a estrutura logística da prototipadora. É muito mais lógico ter uma fabrica que imprime as peças, que são levadas ao local e a casa é levantada rapidamente. Mais um ponto para os chineses nessa!
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Como eu já disse, essa maquina chinesa usa materiais de construção reciclados e resíduos industriais para formar um agregado de concreto, na forma de uma pasta densa. EU não consegui descobrir como que fica a questão de tubulações elétricas e hidráulicas neste sistema. Talvez o modelo 3d tenha deixado os encaixes para essas partes serem colocadas depois. A impressora 3D usada para construir as casas tem nada menos que 154 metros de comprimento, 10 metros de largura e 6 metros de altura.

Cada casa custou cerca de US $ 4.800 para ser feita, um preço acessível, e que coo toda inovação tecnológica, tenderá a cair conforme aumentar a demanda.

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“Nós compramos as peças para a impressora no exterior, e montamos a máquina em uma fábrica em Suzhou,” diz o CEO da empresa, Ma Yihe. “Este novo tipo de estrutura 3D impressa é econômica e também favorável ao meio ambiente.”

De acordo com o site 3Ders.org, a Winsun tem planos para construir 100 fábricas na China só para “coletar e transformar” os resíduos de construção em “insumos de impressão” para suas máquinas.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Genial essa idéia.
    Aqui em Cotia/SP uma casa geminada (terreno de 125 m Quadr.) custa na média R$ 175.000.
    Será que daqui a um ano e meio, quando eu for comprra a minha, essa tecnologia já estará no Brasil?
    Será que essa casa aguenta um prego na parede?
    kkkkk

    • Aqui no BraZil, o perigo é de misturarem papelão no meio pra render no cimento na impressão … primeira chuva tu vai ver se não puser um telhado reforçado … XD

  2. Já estou vendo o comércio de restos de construção e entulhos. Se hoje já tem muita gente ganhando dinheiro vendendo produtos reciclaveis para reaproveitamento imagine quando isso se voltar para o lado dos “entulhos” que são uma dor de cabeça para os “bota-fora” que já encontram problemas para descartar o seu “lixo”. “VENDA AQUI O SEU LIXO. COBRIMOS QUALQUER PREÇO DA CONCORRÊNCIA!” Ha ha
    Cara, acho que vou dar um jeito de comprar um caminhão e um terreno bem grande para sair por ai recolhendo entulhos e estocando, enquanto ainda é de graça, he he!

  3. Phillipe, ótimo texto, como sempre! Não é a toa que eu adoro o Mundo Gump! Mas preciso desabafar! Esta história de impressora 3D caseiras (não as que constroem casas) me deixa nervosa… e nem é pq eu penso que vão fazer armas de plástico, nada disto… O que eu temo é o lixo caro que a popularização das impressoras 3D vai gerar! O material impresso errado não pode voltar pra impressora, pode? Depois de impresso, bau bau, né? Vira um pedaço de plástico que tem que ir pra reciclagem ou vira um bibelô. Nas impressoras de papel que todo mundo tá acostumado a usar (e a errar!), um erro é uma folha de papel que é jogada fora. Vai virar adubo, vai ser reciclada ou virar entulho em algum lugar…. Mas numa 3D é mais um pedaço de plástico indo pro lixo. Até onde eu sei, o plástico é um material mais caro de fabricar e reciclar que o papel, certo? Então, o sujeito que nunca mexeu com 3D, arruma uma destas, fica todo felizão, mas com certeza algum erro deve cometer! Nem que seja na primeira impressão… Imagina quando estas impressoras popularizarem, que coisa mais anti-ecológica, não? Ai! Será que isso tudo é viagem minha???? Eu virei uma ecologista chata e nem percebi?…

    • Oi Daniela, realmente você tem razão com relação ao problema do lixo. Ele é um problema que afeta todos os setores, e a impressão caseira em 3d não deverá ser diferente. Pra piorar, esta é uma área em que realmente se erra muito. Eu sei disso porque convivi muito de perto com esses equipamentos quando eu trabalhava no Instituto Nacional de Tecnologia, onde meu laboratório era ao lado do lab. de modelos.
      Por outro lado, eu penso que as vantagens que a possibilidade de imprimir objetos vai trazer suplantará seus problemas. Haverá lixo e desperdício? Sem dúvida. Mas não creio que esse desperdício será tão grande, até porque o insumo (o mais usado é o ABS) é bem caro e facilmente reciclável. Creio que uma cadeia de reciclagem deverá ser gerada. Consigo até antever um próximo equipamento que é um reciclador de abs. Basicamente, o ABS é um temoplástico, que ao ser aquecido se liquefaz e pode ser reextrusado com facilidade em um arame. Assim, ele poderia ser reciclado pelo próprio usuário.
      Hoje ainda estamos na aurora dessa tecnologia, e se erra muito mais que que se errará amanhã. Digo isso porque me parece bem óbvio que com o advento da inteligência artificial os programas de impressão 3d começarão a ficar mais e mais inteligentes, dando sugestões e corrigindo os erros humanos. Será possível também criar simulações da peça impressa em 3d ANTES dela ser gerada, o que vai de cara eliminar muitos dos erros mais primários, já que você só dá o ok para começar a rodar quando você viu que a peça simulada em 3d saiu igual a que você mandou rodar. Este é um simulador ridiculamente simples de criar, e certamente ja deve ter no mercado.

      O lance da impressão caseira é que por mais popular que ela seja, vai gerar pouco volume de material. Primeiro porque não é todo mundo que vai ter saco de imprimir coisas em casa, é preciso ter previamente algum conhecimento básico de 3d. Ambientalmente o impacto desse lixo resultante será mínimo quando comparado a outros poluidores cassicos, como as fábricas de garrafas pet, saquinhos e embalagens de alimentos, doces e etc. Esses sim, produzem centenas de milhares de toneladas anuais que vão direto e reto para se acumular nos lixões. Até que a poluição gerada pelas impressões 3d seja um problema, é preciso antes debelar os grandes vilões.

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