Dançarina faz presepada no palco com cobra, é mordida e morre ali mesmo

Se tem um treco que eu acho o cumulo da sacanagem com o animal é um humano usar um bicho selvagem para fazer presepadas, seja por qual motivo for. Isso inclui pseudoambientalistas que viajam até onde o Judas perdeu as botas apenas para se atracar com crocodilos, afim de ganhar dinheiro ao mostrá-los para uma audiência cada vez mais apática, seja por “performers” que acham legal fazer papagaiadas de gosto duvidoso usando animais silvestres.

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Volta e meia, com a desculpa de estar fazendo parte de “uma tradição”, vemos mulheres voluptuosas fazendo shows de dança do ventre com cobras, usando o animal selvagem como adereço. Isso acontece diariamente pelo mundo. Até um tempo atrás, na Central do Brasil tinha um sujeito la que engolia um pintinho vivo nesses shows de rua para vender o óleo de peixe boi. Minutos depois ele vomitava o pobre do pintinho, cuja existência se definia em ser engolido e regurgitado varias vezes ao dia, apenas para um zé ruela de quinta categoria vender uma formula milagrosa evidentemente fajuta para pobres mentecaptos.

Nem sempre dá certo

O lance é que a presepada com bichos nem sempre dá certo, como podemos ver por este fatídico evento, que é por si só um bom candidato a Darwin Awards:

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Uma dançarina resolveu “turbinar” sua performance no palco com uma das cobras mais perigosas do mundo, a cobra rei.

Seria apenas mais um caso de gente burra morrendo, mas a sucessão de jumentices que culminou numa morte em pleno palco é digna de figurar aqui no mundo Gump.

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A cobra-rei

Para entender o grau de jumentice desse episódio, precisamos saber mais sobre um dos personagens principais da tragédia, a cobra-rei.

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Olha o tamanho dessa porra!
Olha o tamanho dessa porra!

A cobra-real ou cobra-rei, (Ophiophagus hannah) é a maior cobra venenosa que existe, podendo ultrapassar os 6 metros de comprimento. É carnívora e a sua dieta consiste basicamente em outros ofídios, venenosos ou não, mas não despreza lagartos, ovos e pequenos mamíferos. O seu nome científico, “Ophiophagus” significa literalmente “comedora de serpentes”. Desloca-se à vontade no solo, em cima das árvores e na água.

Uma de suas mais impressionantes características é que não tem um veneno excessivamente virulento (sua toxicidade é inferior à da maioria das suas “primas”, as najas), mas diferentes das demais serpentes, a cobra rei possui a capacidade de inocular grandes quantidades por mordida, o que a torna uma das serpentes mais letais do planeta.

Numa só mordida ela pode libertar até sete mililitros de neurotoxina, suficiente para matar um tigre ou até mesmo um elefante. Porém, tal como a maioria das cobras, é tímida e evita o contato com o homem e só  ataca se for acossada. Aí ela se torna ferozmente agressiva.

Ao ser confrontada, é capaz de elevar um terço do seu corpo, ficando à altura de um humano adulto, e continuar a avançar para o ataque.
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No último domingo enquanto se apresentava para uma plateia afoita, a cantora e performer indonésia Irma Bule foi mordida por uma cobra-rei. Ao invés de abandonar NO ATO a apresentação, ela levou a máxima “o show tem que continuar” ao limite da jumentice humana, e continuou a porra do show! Ignorando o enorme risco que ela estava expondo-se, ela finalmente, morreu no palco diante da plateia incrédula.

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Há poucos casos tão incríveis de morte no palco quanto este. Eu já falei sobre isso neste post aqui.

Bule, tinha apenas 29 anos e era um performer de Dangdut – um gênero de música popular tradicional da Indonésia, muito popular por seus vocais melodiosos e instrumentação.

Foi justamente por causa desta popularidade que o mercado de Dangdut está agora saturado e altamente competitivo por toda a Indonésia, forçando os artistas a empregar todos os tipos de truques e presepadas para se destacar.

Bule ficou conhecida por realizar façanhas bizarras com as cobras no palco, e nesta ocasião, ela estava se apresentando na companhia de uma cobra-rei ainda venenosa e que nem sequer teve as presas removidas (um maldoso costume de quem vive de explorar os animais, como os encantadores de serpentes, faquires e etc).

Um vídeo de suas performances passadas indica que Bule se sentia muito confiante na companhia de cobras venenosas, mas algo deu terrivelmente errado no domingo. Segundo testemunhas, ela acidentalmente pisou na cauda da cobra quando dançava, que se virou e mordeu a moça bem na coxa.

Em vez de cancelar sua performance e correr ara obter ajuda, como faria qualquer pessoa minimamente normal, a artista dedicada optou por continuar com o seu show, e – (Burrice numero 8) recusou-se a tomar o antídoto que o alguém conseguiu pra ela.

Bule não parecia alterada no início, mas apenas 45 minutos depois, ela começou a vomitar e entrou em uma convulsão de onde não mais saiu com vida. Ela foi levada às pressas para o hospital, mas já era tarde demais e ela acabou sucumbindo ao veneno.
Há um vídeo clipe embaçado supostamente gravado por alguém do público que mostra o momento exato em que a cobra realiza a picadura em Bule, e podemos ver as tentativas desesperadas do manipulador da cobra para puxar o bicho, atracado na perna da cantora.

O corpo de Bule agora passará por uma autópsia. Enquanto isso, sua família planeja processar tanto o manipulador de cobra quanto o gerente do evento para não colocar um fim à apresentação imediatamente após o incidente infeliz.

 

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No fundo querem tentar arrumar um dindim, já que certamente nenhum juiz considerará a culpabilidade diante do fato de terem indicado que ela tomasse o antídoto e ela recusou.

Em busca da melhor performance, Bule entregou sua última, tudo isso por uma módica quantia de 500.000 rúpias indonésias, (14 reais!) que é o que um cantor de Dangdut ganha por apresentação.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Não costumo tripudiar sobre tragédias alheias, mas… BEM FEITO!
    Também acho o cúmulo usar animais — especialmente, os selvagens — para entretenimento e diversão (?) de humanos. É de uma crueldade ímpar!

  2. Essa é uma daquelas histórias de morte tão estapafúrdias que chega a ser difícil acreditar mas não supera a do cara que morreu numa competição de cuspe a distância. Pelo que eu lembro da história, ele tomou impulso demais e acabou se jogando da sacada de um apartamento (Li isso numa edição da revista Mundo Estranho).

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