Câmera digital – como escolher uma

Em busca de mais leitores e tentando fornecer algum conteúdo útil, aqui estou eu escrevendo um pequeno tutorial BEM BÁSICO sobre o que você deverá ter em mente na hora de comprar uma câmera digital. Óbvio que para todo mundo da nossa geração, isso é relax, assunto totalmente dominado.

Se você está em duvida sobre comprar uma câmera digital e quer fazer um comparativo, talves este link te ajude a escolher sua câmera digital.

Mas quem não tem aquele tio ou tia que não sabem porcaria nenhuma de computador e ficam agarrando a gente em festinhas de aniversário perguntando coisas como “o que é megapixel”? Para esses, eu recomendo que você mande via email este texto em prol da SUA sanidade mental, hehehe.

Seja sua primeira, seja a sua segunda, terceira, ou mesmo décima câmera. (tem gente que muda de câmera digital a cada novo megapixel que sai por aí) possivelmente este texto poderá ser útil.

O mundo de hoje está cheio de opções. Isso é legal, mas pode ser problemático também. desde o tempo das cavernas, o problema do homem era escolher uma boa mulher e o problema da mulher era escolher um bom troglodita. Tudo era bem simples. Não havia nem escolha do que comer. Você comia a coisa que conseguia matar e pronto.

Com o avanço da humanidade, novidades e confortos apareceram e com isso as infinitas opções de escolha vieram à reboque. Hoje nós vivemos num mundo detestavelmente cheio de opções, facilidades e armadilhas à espreita. (esta frase serve para relacionamentos também)

Escolher uma câmera é como tudo mais. É como escolher um carro, um apartamento e uma televisão. O melhor equipamento pra você depende diretamente do uso que você fará dele. Do seu perfil de usuário. 99% dos erros de escolha dos bens de consumo são decorrência da falta de conhecimento próprio. Quando você se conhece bem, sabe do que precisa e não desperdiça grana nem tempo com coisas cheias de complicações técnicas que nunca serão usadas.

Hoje, muitas câmeras do mercado se igualam em muitas funções. A corrida comercial por este nicho milionário que surgiu com a decadência do filme, um mercado que era disputado por menos de seis marcas, como Kodak, Nikon, Leika, Pentax e etc. Abriu um espaço monstruoso para centenas de marcas e se contarmos também as xingling, podemos dizer sem medo de errar: milhões de marcas. A disputa deixou as coisas ainda mais difíceis, pois cada fabricante faz dezenas de modelos e cada modelo reclama uma certa vantagem competitiva sobre todas as demais. Se você é bobo, acha que a boa é a que gasta mais grana em publicidade. Mas se parar para pensar, poderá ter o insight de que se a empresa precisa torrar tanta grana assim em publicidade, será que o produto dela é realmente bom?

Sem poder confiar no publicitário para te dizer o que é realmente bom, fica complicado definir quais fatores deveriam ser levados em conta para determinar a qualidade do produto, já que são muitos fatores.

A maioria acaba se equiparando em certos aspectos, como a óptica, a ergonomia e também o flash. Além disso, o formato digital tem características únicas, que enrolam a gente ao escolher o melhor modelo.

A principal característica de uma câmera digital é que ela não usa filme. Ao contrário, ela usa um tipo de cartão de memória. Existem vários cartões de memória diferentes no mercado. O cartão é definido pelo tipo, e pelo espaço de armazenamento que ele proporciona. As imagens e vídeos (sim as câmeras digitais gravam também pequenos filmes) são armazenados nesses cartões. Os arquivos podem ser posteriormente copiados do cartão para seu computador e o cartão é esvaziado, abrindo espaço para um montão de novas fotos. Legal, né? Não tem que revelar e nem esperar. Você já vê se ficou legal na hora.
Além do cartão, as câmeras digitais mais modernas podem ter uma memória interna, para caso o cartão lote. Esta memória é quase sempre pequena, variando entre 16 e 64mb. Já os cartões costumam ter bem mais espaço para fotos, indo de 512mb a 4 giga e se bobear, até mais que isso. O cartão é sempre vendido separadamente da câmera e é claro que um cartão com mais espaço custa mais caro, né? Ao comprar o cartão, leve a câmera, teste na hora e veja se ele cabe no seu equipamento, se é reconhecido e se está funcionando. Eu digo isso porque o mercado está cheio de cartões de memória piratas que costumam dar e vir com defeito.

Outra característica padrão das câmeras digitais é vir com uma tela embutida, quase sempre na parte de trás do aparelho, onde você vê a foto ou filme que fez e a foto e filme que vai fazer.

O lance é que telas assim BEBEM energia e as pilhas comuns vão para o brejo rapidinho. O jeito é comprar um carregador de pilhas recarregáveis de BOA QUALIDADE – esqueça a economia aqui, pois é nesta parte que o BARATO SAI MUITO CARO! Não compre câmeras com bateria integrada, como celulares (com exceção de máquinas DSLRs) . Isso é o primeiro passo para se estrepar. As baterias integradas de íon-lítio costumam estragar depois de um tempo (como ocorre com as baterias de celulares) e custam caro, além do mais a taxa de obsolescência de câmeras digitais chega a ser maior que a de computadores, o que significa que quando sua bateria integrada der pau, já era! Sobretudo se você comprar sua câmera numa viagem ao exterior. Dê preferência a câmera que usa PILHA RECARREGÁVEL, algo fácil de encontrar no mercado de qualquer cidade, e em último caso (emergência) você se vira com as alcalinas comuns. (Como as Duracel)

Mas como eu ia dizendo essas telas são fundamentais porque permitem ver o que você está fazendo. Câmeras mais modernas usam telas de Oled. Um tipo de diodo emissor de luz que dá alta resolução e ao mesmo tempo um baixo consumo de energia. Não são muitas marcas que oferecem telas de Oled. Mas é inegável que isso reduz muito o consumo de energia da câmera e previne que a bateria acabe bem na hora daquele lindo por-do-sol. Mas se você é um cara prevenido leva vários jogos de baterias com carga e não precisa se preocupar muito com isso.

Um dado super-importante para uma câmera digital é o Sensor que capta a luz. Com o estranho nome de CCD (Charged Coupled Device), este sensor converte energia luminosa em energia elétrica, funcionando como o “Olho” da câmera. Pode parecer estranho dizer isso, mas nem todo CDD é igual. Do mesmo jeito que pessoas enxergam melhor que outras, algumas marcas de câmera enxergam bem melhor que outras. Como o CCD está enfiado no miolo lá da máquina, como saber se ele é bom?

Simples, pelo grau de resolução que oferecem. Antigamente, as câmeras digitais tinham sensores para no máximo 6 megapixel. Para entender o que significa isso, temos que pensar no CCD como uma espécie de treliça. Esta treliça é gerada com células fotorreceptoras sensíveis à luz, chamadas fotositios. Quanto mais larga for a treliça, maiores os buracos, certo? A luz entra ali e cada buraco gera um bloquinho colorido. Assim, muitos buracos formam uma imagem com centenas, milhares, milhões de quadradinhos coloridos. Quanto mais apertada a treliça, menores os quadradinhos e mais quadradinhos coloridos são formados. Com isso, melhor fica a imagem. Isso se chama resolução.

O píxel é este quadradinho. Toda imagem que você vê na sua tela, é formada com milhares de quadradinhos empilhados uns sobre os outros. Percebemos isso dando um zoom na imagem toda vida. Acontece que eles são tão pequeninos que a gente só consegue ver o todo, formando a imagem. Logo, uma câmera que dá mais quadradinhos (píxels) significa uma câmera que “VÊ” melhor. As câmeras atualmente medem sua capacidade de ver com a unidade megapixel que significa milhões de pixel.

Na maioria dos casos, o usuário doméstico quer tirar fotos como registro e para publicação na Internet. Salvo excessões, uma imagem de 640×480 pixel pode ser uma qualidade mais que suficiente para exibição na tela. Porém, os demais casos com certeza vão precisar de uma resolução maior. Se o seu objetivo for imprimir as fotos, em tamanho grande e com qualidade, você terá que procurar câmeras com resolução em torno de 1600×1200 pixel. Hoje praticamente qualquer câmera meia-boca já te oferece esta resolução.

Hoje existem câmeras com 12 megapixel e até mais. Não é uma grande vantagem escolher sua câmera só pela resolução, já que a resolução é um dado de dimensão e não de qualidade. Trocando em miúdos, não serve muito uma câmera que te dá uma imagem ruim em doze milhões de pixels, certo?

Mas nem tudo são pixels. Também é importante conhecer a profundidade (depth), que determina a qualidade da cor. Uma câmera capaz de gerar imagens de 24 bits registra 16,7 milhões de cores. Estas são obtidas a partir de diferentes combinações de vermelho, verde e azul, que dão lugar ao sistema RGB. As imagens da sua tela são baseadas na mistura dessas três cores. A tal treliça do CCD só permite que passe a luz de uma dessas três cores. Se são mais sensíveis, captam um maior registro de intensidade de luz e, portanto, maior variedade dentro de uma mesma cor. A união de três sensores (um de cada cor) dá lugar a um pixel.

As câmeras de 24 bits registram até 256 cores (e se juntarmos as três cores, teremos 256x256x256, ou 16,7 milhões de combinações). Ou seja, é cor que não acaba mais.

Um fator fundamental (na minha opinião um dos mais importantes de todos na escolha da câmera digital) é o tempo entre uma foto e a seguinte. Muitas câmeras mais baratas (até de marcas famosas) levam tanto tempo gravando e preparando a câmera para a próxima foto que você perde os melhores lances. Resumindo, a rapidez entre uma foto e a seguinte é uma das características que distinguem uma câmera boa de um câmera ruim.

Algumas levam até 10 segundos entre tirar uma foto e estar pronta para a próxima. FUJA desses lixos ou você se arrependerá até comprar outra câmera.

Uma boa câmera digital deve poder registrar imagens tão rapidamente quanto apertamos o botão. No máximo dois segundos entre cada foto é o limite do aceitável para uma câmera digital atual.

Embora quase todas as câmeras tenham flash embutido, eles são de qualidade absolutamente variável. As melhores câmeras trazem a opção de se conectar um flash externo. E você certamente precisará de um se quiser maior alcance ou controles mais avançados. câmeras mais profissionais oferecem isso como item obrigatório, mas este item não está presente nas câmeras domésticas amadoras. As atuais oferecem ferramentas de flash inteligente que sabe se precisa disparar ou não, além das clássicas ferramentas como o filtro que elimina o efeito de “olhos vermelhos” que quase nunca funciona com crianças. Para isso, existe o Photoshop e o sobrinho micreiro, aquele parceiro de todas as horas.

A questão do vídeo. Pense bem, você está comprando uma câmera digital, certo? Não está comprando uma câmera de video. Hoje em dia é moda que em busca de diferencial no mercado concorrido as câmeras digitais ofereçam captura de video. Mas geralmente, a qualidade deste vídeo não é das melhores, além de o recurso de vídeo consumir um grande espaço de armazenamento, já que o video é o quê? A grosso modo, um video é uma quantidade gigante de fotos, normalmente trinta fotos para cada segundo, coladas umas nas outras. Isso consome muito espaço.

Então, se você quer vídeo de boa qualidade, compre uma filmadora mini Dv e esqueça a câmera fotográfica digital. Foque no que você está comprando. Maquina FOTOGRÁFICA! Certifique-se que os recursos de fotografias importantes estejam lá. Gravar video é um extra, um bônus. Uma coisa a mais que não é o principal. Não se paute pelo video.

Algumas câmeras permitem que se grave sons para acompanhar cada foto. Assim, a possibilidade de poder algumas palavras pode vir a ser útil para registrar momentos específicos, lembrar informações sobre as fotos ou até mesmo simplesmente para registrar o ruído ambiental. Pessoalmente, eu acho frescura. mas tem quem goste.

A maioria das câmeras são ligadas ao PC através da entrada USB (universal serial bus). Se seu computador é velho, comece a se preocupar. Sem uma entrada USB na maquina vai ficar difícil copiar as fotos do disco para o seu PC. Neste caso, recomendo comprar uma placa de entradas usb. Tem baratinho nas lojas de materiais de computador. Os computadores modernos já vem com esta entrada. Existe o USB padrão e o USB2, que é a mesma coisa, só que bem mais rapido. Só muda a velocidade. Além disso não há mistério. A entrada USB é um plug fêmea e a câmera vem com um fio que tem uma saída macho que você pluga ali e pronto. Em certos modelos (quase todos) você tem que instalar uma coisa chamada Driver, que é um programa que vem na câmera, num Cd e que ensina ao Windows a reconhecer sua câmera. Instalou uma vez, pronto. Só precisa instalar o driver uma vez. Depois disso seu computador passa a reconhecer a câmera assim que você liga ela na USB. Se for ligar em outra máquina, aí precisa instalar novamente o Driver.

Controles de exposição são algo que sempre vem em toda câmera. Só nas mais lixonas mesmo que não.

Se a sua custar mais de 30 reais, provavelmente vai ter isso. Os controles permitem que você administre manualmente a entrada de luz e a velocidade do obturador da máquina, simulando exatamente uma câmera de filme. Só que 99,9% das pessoas ignora COMPLETAMENTE como funciona uma câmera, o que é fotografia e para esses caras, o bom é o ajuste automático onde a câmera pensa por você e escolhe como a sua foto ficará. O controle manual pode ser maior ou menor em função da câmera. Normalmente, quanto maiores são as possibilidades de controle manual, mais alto é o preço da máquina. Câmeras semi profissionais e profissionais (quase sempre pretas e grandonas, com uma lente gigante no meio) tipo isso:

Tem altos controles manuais. O controle manual é algo importante se você é um profissional da foto. Mas pode até ser dispensável se você só quer apertar o botão e resolver o problema. Câmeras domésticas (essas quase sempre prateadinhas e pequenas em que a lente fica embutida na câmera) em termos de parâmetros de exposição, não oferecem grande variedade de aberturas. Se você não entende de foto nem de computador, se recebeu este texto no seu email saiba que o seu caso é com 99% de certeza o caso de usuário de apertar o botão e a câmera resolver pra você.

ATENÇÃO: Não compre câmera profissional sendo amador, pois isso será apenas dor de cabeça pra você.

Se você sabe que não entende de luz e velocidade, lentes e profundidade focal, escolha uma câmera doméstica que tenha presets. O que são presets? Presets são modelinhos pré-ajustados de configurações que tentam adivinhar a maioria das condições de luz mais comuns numa foto. Se você pensar bem, a maioria das câmeras de usurários amadores tiram fotos bem parecidas. Fotos de viagens, parentes, aniversários, etc. Então os presets tentam adivinhar essas situações.
Tipo: Crianças brincando. Ou floresta verde. Ou então, água corrente. Ou ainda, retrato com noite ao fundo, fogos de artifício, bolo de aniversário… e por aí vai. Você escolhe no menu o tipo de cena e a sua câmera já vai saber que configuração de abertura e velocidade ela vai ter que usar para sua foto ficar bonita. Para usuários domésticos não profissionais, isso é algo muito útil.
Todas as câmeras digitais possuem a opção de disparador automático. Ligue isso e ela fica esperando um tempo até bater a foto. Perfeito para que você dê aquela corridinha deselegante para se juntar a uma multidão de parentes agachados e fazendo caretas, e sempre tem aquela vó que sai com cara de louca ou com a boca cheia de arroz, estragando o momento eterno da família. Há ainda as crianças que sempre saem de olhos fechados. Para esses problemas, existe a câmera digital. Ficou ruim? Bata outra e outra e mais outra, até dar certo.

O zoom de uma câmera digital pode ser de dois tipos. Muitas tem os dois simultâneos. O zoom óptico e o zoom digital. O zoom óptico permite aproximar ou afastar o motivo fotográfico usando a lente embutida da câmera. Com o zoom digital, a câmera pega uma parte da imagem e amplia, desprezando o resto. Como ela está ampliando, o zoom digital perde muita resolução. É por isso que você deve preferir câmeras com um bom zoom ótico em detrimento a gigantescos zoom digitais.

Mensurar o zoom numa câmera parece óbvio. E é. Ele geralmente vem pintado nela em letras garrafais, já que o inocente usuário doméstico é facilmente iludido com o poder do zoom como algo altamente qualitativ no processo de escolha. O zoom é identificado por um número seguido da letra x. Assim, se um zoom é 2x, significa que o número de vezes que se ampliar a imagem, da menor à maior distância focal, é o dobro.

Existem muitos tipos de câmera digital.

As mais comuns são:

Point&shot. – Câmeras baratas que você só precisa mirar e apertar o botão. São leves e fáceis de usar. A maior parte das câmeras do mercado são essas.
Compacta
– São parecidas com as Point&Shot mas dão mais controles, permitem configurações manuais e são indicadas para quem pretende estudar mais o assunto. Junto com as compactas são o melhor custo-benefício pro usuário médio.
Super zoom – Permitem usar lentes maiores em alguns casos, cambiáveis. Em outros, não.Elas são realmente maiores e parecem profissionais. Ocupam espaço e são difíceis de manejar sem chamar a atenção. Por isso são altamente desaconselháveis para tirar fotos em lugares ermos, favelas, praias e no centro do Rio.Mas oferecem funções de ajustes e dão boa resolução final. São indicadas para quem está no caminho de se profissionalizar.
DSLR – Maquina de profissional. Precisa de maleta ou algo assim. É sempre grande, caríssima e pesada. Dá controle total na imagem e tem MILHÕES de configurações complicadas para quem não entende do assunto. Troca lentes. Você fotografa olhando pelo visor e não pela tela. Isso porque o que você vê é justamete o que a câmera REALMENTE está vendo. A luz entra pela objetiva e através de um jogo de espelhos internos, vai parar nos seus olhos. Algumas marcas podem custar tanto quanto um carro popular usado no Brasil.
E agora, as furadas:

Além dessas aí em cima, as recomendáveis a cada perfil de usuário, existem as amadoras descartáveis.

O que é isso? Em geral são de marcas xingling, como Troni, Clone, Tekgiga, Spyo, Dolphin, Mirage, Genius, Logitech, Breeze, etc… São leves, de plástico e sua resolução quase sempre é de webcam. E é isso mesmo que elas são. Webcams disfarçadas de câmeras comuns para enganar trouxas.
Câmera da publicidade na TV. Sabe aquela câmera da Tecnomania em que o vendedor e sua banquinha invade o programa de auditório da Rede Tv para dizer que ela está quase de graça, e que tem 100 funções, filma, passa na Tv, faz e acontece, assovia e chupa cana e ainda parcela em centenas de pagamentos sem consulta ao Serasa nem ao SPC? Pois é.

Furada!!!

Essas câmeras são armadilhas, feitas com material de segunda linha, lentes vagabundas, sensores pífios e corpo frágil. A resolução é interpolada, o que significa que é baixa e ampliada na base da matemática, gerando ruído e degradando a resolução. Este é o pior pesadelo de qualquer infeliz! Esqueça a TecPix e suas congêneres!

Outra coisa, desconfie muito e sempre evite câmeras de design bizarro ou excessivamente arrojados. Veja que as marcas líderes, tradicionais como referências de geradoras de imagens de alta qualidade são todas meio parecidas. Uma marca desconhecida com design com cara de alienígena não fará milagres pela sua foto. Esqueça coisas do tipo:

O mais provável é que o design espacial esteja ali para ocultar uma série interminável de deficiências técnicas que podem ir do lado ergonômico aos materiais, passando pelos aspectos tecnológico e técnico. O resultado? Fotos vagabundas e muitas pessoas olhando com cara estranha pra você.
As dicas para comprar uma boa câmera de uso médio começam com a escolha das lentes. Podem parecer a mesma coisa para os leigos, mas cada marca usa um jogo de lente específico que afeta DRASTICAMENTE o resultado obtido pela câmera. Ao olhar na objetiva, ao redor da lente você vai ver uns números. O segredo aqui é que uma câmera com valores menores é sempre melhor. Esses números referem-se a perda de luminosidade. Por exemplo, se estiver escrito assim: 1:33.3 – 4.6 significa uma boa luminosidade. Já uma outra que apresente uma lente com 1:2.8 – 5.8 é melhor que a anterior. O segredo é este. Quanto menores forem os números, melhor é a lente. Outra coisa, se a lente for Carl Zeiss ou Leica, significa que são lentes excelentes.

Máquinas acima de 5 megapixels só serão realmente úteis se você for fazer um pôster com qualidade de capa de revista, coisa que menos de 1% das pessoas fazem.

Do contrário, prefira uma câmera com menor resolução e melhores lentes, ou tela maior, mais controle e facilidade de uso. A câmera que tiver o mais alto valor de ISO significa que fotografa melhor com baixa luminosidade. Isso é importante, já que câmeras com baixo ISO geram muito ruído em condições de baixa luz. Não parece, mas este ISO faz a maior diferença. Boas maquinas oferecem ISOs entre 1000 e 1600.

Máquinas menores para usuários domésticos que fotografam em churrascos, festas bêbados e festas em casamentos de amigos podem necessitar de estabilizadores de imagem automáticos. Isso previne fotos borradas. Alguns são tão poderosos que se bobear até consertam sua cara se você assistir aquele vídeo da Samara de “O chamado”.

Dicas de boas maquinas

A ideia deste texto é oferecer algumas informações que ajudem a pessoa a escolher uma câmera adequada ao seu uso, reduzindo o risco de cair nas quase sempre inevitáveis escorregadas do marketing. Em todo caso, eu vou indicar alguns modelos que considero legais em cada uma das categorias acima. Não estou dizendo para você comprar estes modelos, ok? São apenas modelos que eu recomendo por sua facilidade de uso, preço e qualidade geral de lentes e conjunto.

Point& Shot – Nesta categoria de mirar e clicar, eu vejo dois bons modelos no mercado hoje:

Câmera digital Sony DSc W35

Câmera digital Panasonic Lumix

Compactas – Nesta categoria existem boas maquinas também em relação custo-benefício

Câmera digital Casio Exilim EXZ120

Esta é a minha. Muito boa. Excelente controlabilidade. Modos automáticos e manuais excelentes. Portabilíssima, corpo metálico e resistente. Poderia ter mais ISO e um macro melhor, mas eu sou meio chato com o modo macro porquê tiro muitas fotos de bonecos. Este é um modelo já antigo. Os atuais tem telas de LCD TFT bem maiores.

Superzoom – Nesta categoria, dois bons modelos são:

Câmera digital Panasonic Lumix DMC FZ8 – Esta é uma excelente câmera. Uma escolha ótima para esta categoria. ISO de 3200!

Câmera digital Canon PowerShot S5 Is – Grande e parruda, com visor rebatível e cara de maquina profissional. ISO de 1600

DSLR – A fórmula 1 do mundo da foto digital:

Câmera digital Nikon D80 – Qualidade excepcional. Todos os controles possíveis e imagináveis. Resolução de 10 megapixel.

Câmera digital Pentax K10 D – Profissional. Selada contra poeira, pólen etc.

Tem também esta câmera digital SONY Alpha 2000K, com preço bom. 10.2 megapixel tecnologia antipoeira e tela embutida gigante. Uma ótima escolha.

Eu espero que este post tenha sido útil pra você escolher e comprar a sua câmera digital.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. legal o post.. Eu estou tendo aulas de fotografia na faculdade e a pouco tempo me dei conta de como a minha maquininha é ruinzinha.. ela é minuscula e nao tem nenhuma opçao de ajuste manual.. o jeito e tirar a foto e confiar nela..

    Eu estou utilizando uma Nikon analogica.. realmente sensacional.. pena que a versao digital custa 4 oratas.. =S

    o jeito é encontar uma compacta com maioria dos controles principais de obturador diafragma e ISO

    abraçao kling

  2. Hehe, outra boa coisa para se lembrar é, se possível, verificar a disponibilidade de assistência técnica; um dia, em alguma hora, em algum lugar, você vai bater com ela, uma pancada de leve que seja, ou um porradão fenomenal.

    Eu acho que, como qualquer outro aparelho com este tipo de manuseio (vide celulares, players, etc), mesmo que não tão frequente (em alguns casos), é fato: um dia, ele(a) quebra :P

  3. Olá
    Esou querendo comprar a Lumix 8.1, mas não consigo entender porque a 10.1 está mais barata. Saberia me dizer se existe alguma diferença entre as duas, além dos pixels ?
    Obrigada !

    • Entre dois modelos similares, eu ficaria com o de 10Mp, já que parece ser uma versão mais nova. Esta mais barato provavelmente porque é numa loja diferente. As lojas costumam fazer uma distribuição de custos. Tipo o carrefour. Para dar desconto em certos produtos, eles colocam alguns com uma margem de lucro microscópica, e compensam em outros. Provavelmente a loja esta fazendo isso. A câmera fica mais barata também quando o cmprador (a loja) é parrudo e compra em grande quantidade. Aí a fábrica vende mais barato e assim as redes vendem com melhor preço. ë o que acontece com as casas bahia, ricardo eletro, etc. Pode comprar a de 10mp sem medo.

  4. Obrigada Philipe ! Deve ser isso mesmo, a loja é o Submarino.
    Vou optar pela de 10mp. Só mais uma informação, vc acha que vale a pena contratar garantia estendida ?

    Obrigada !

    • Valer acho que vale, mas eu mesmo nunca contrato, porque a tecnologia hoje tem uma vida muito curta. Até o troço dar defeito eu já tô com o objeto novo e tal. Além disso eu sou cuidadoso com as minhas coisas, e assim nunca precisei recorrer a garantia de nenhum produto. Pode ser sorte… Se valer a pena o custo-benefício, acho que compensa. Uma dica: sempre que comprar equipamento xingling, do tipo computador PC CHIPS, Memória de procedência desconhecida, notebooks ou câmeras sem marca ou de marcas pouco conhecidas, aí acho que vale MUITO a pena comprar a garantia estendida.
      No seu caso, a câmera é super conhecida, de marca de renome. Isso não garante que o produto não dê problemas, mas já é alguma coisa.

  5. Tenho 64 anos, aposentei-me em Janeiro de 1999, gostaria de saber de tenho direito a atualização do benefício, o que foi me dito é que tenho direito a atualização do benefício – e – receber corrigido a dirença mensal dos ultimos 10 anos . Está correta esta informação ?

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