A nave gigantesca paira sobre uma Washington petrificada pelo pânico. Com seu brilho prateado e som que lembra um theremin, a enorme nave desce lentamente, diante do Capitólio, onde uma guarnição armada até os dentes com tanques e soldados aguarda as ordens superiores para atacar aquela estranha forma de vida provinda do inescrutável espaço.
Minutos passam arrastados. Os canais de Tv, limitados a uma área distante do epicentro do contato transmitem o momento histórico em todas as línguas para os mais distantes rincões do planeta.
É o dia do contato final. Em alguns lugares há festa, em outros há o medo. Na maioria das cidades não há ninguém nas ruas. Todos estão em casa, com comida estocada, olhos fixos nos monitores, temendo o pior. As crianças não tiveram aula e poucos funcionários públicos tiveram a coragem de ir para o trabalho quando estamos na iminência de conhecer seres de outro planeta de verdade.
"Mais brilhante do que mil sóis" - esta é a descrição de uma mulher (atualmente cega) que olhou para a explosão da bomba, lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e que culminou no fim da Segunda Guerra.
De fato, a explosão parece ter sido tão violenta que a sombra de inúmeros objetos e até pessoas ficaram "gravadas" em substratos diferentes, como mármore, paredes e até no asfalto. Há relatos de que pessoas foram volatizadas com o calor da bomba, isso é, passaram do estado sólido para o gasoso instantaneamente.