Olha só que notícia mais interessante:
“Cientistas descobriram depósito de células tronco no olho humano”.
Logo abaixo da retina de um olho humano, em uma camada externa chamada de Pigmento do Epitélio Retinal (RPE, na sigla em inglês), pesquisadores americanos fizeram uma descoberta impressionante.
Este apêndice do sistema ocular, aparentemente, é detentor de células multipotentes, que poderiam ser convertidas em células de outros tecidos para auxiliar em uma série de tratamentos médicos.A retina é um órgão de revestimento do globo ocular, responsável pela formação das imagens que vemos e transmissão dessas informações ao cérebro. O RPE, por sua vez, é uma finíssima camada que reveste a retina, nutrindo as células visuais. Sem ele, a retina deixaria imediatamente de funcionar por falência celular.
Cientistas da Fundação de Pesquisas Regenerativas, em Albany (Nova Iorque, EUA), investigaram as propriedades das células do RPE de adultos entre 22 e 99 anos. Cultivadas em laboratório, 90% das células maturaram, como era esperado. As 10% restantes, no entanto, continuaram inativas. Tratadas com componentes químicos, no entanto, elas puderam se transformar em células do tecido adiposo e nervoso, entre outras.Trata-se, portanto, de células multipotentes, que têm a capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de célula, conforme a necessidade. Com isso, os pesquisadores visualizam duas esperanças para tratamentos médicos no futuro. A primeira, mais direta, é a chance de tratar melhor as doenças no próprio RPE, que podem levar o olho humano até a cegueira.
Além disso, a extração de células tronco dos olhos pode permitir que elas sejam reinjetadas em outros tecidos do corpo para tratar doenças degenerativas nestes locais. Para que isso seja possível, no entanto, ainda é preciso que os cientistas descubram como uma célula do RPE poderia maturar no corpo humano sem a manipulação artificial que se faz em laboratório. É o próximo desafio a se enfrentar neste campo.
Realmente, os olhos são um mecanismo sensacional desenvolvido pela natureza ao longo de milhões de anos. Há quem acredite que os olhos são as janelas da alma. Mas será que os olhos humanos são todos iguais? Segundo as mais recentes pesquisas neste campo, a resposta é não.
OLHO AZUL
O que se sabe até hoje é que pessoas que possuem olhos mais claros são mais sensíveis à luz, pelo fato de que não há pigmento o suficiente para bloquear os raios de luz e proteger a visão. Isso pode gerar danos na visão que podem ser irreversíveis. Mas até onde vai essa relação entre cor dos olhos e danos de visão nunca esteve muito claro.
Se há alguma diferença, ela tende a ser sutil. As evidências de que olhos mais escuros proporcionam uma melhor visão são muito pequenas ou inexistentes. Porém, já se sabe que é possível ter melhores reflexos com olhos mais escuros.
Alguns pesquisadores estão examinando esses efeitos no ramo dos esportes. Um estudo realizado na Universidade de Louisville revelou que pessoas de olhos mais escuros têm, no geral, melhores performances em tarefas que exigem rápido tempo de reação, como acertar bolas, jogar como goleiro e até no boxe.
Já aquelas com olhos mais claros, obtêm melhores resultados em tarefas que exigem mais precisão, como arremessar bolas de baseball, jogar golfe ou boliche.
Isso é interessante, embora eu sempre recomende ao leitor “ficar com um pé atrás” em pesquisas que tendem a dizer que certos padrões genéticos ou grupos étnicos são odeias para isso ou para aquilo. Há sempre o perigo de um ideal eugenista aparecer aí no meio. No Século XIX, era comum pesquisas científicas com bandidos. Os caras mediam suas dimensões cranianas, na busca de um “padrão de cabeça de bandido”. Assim, eles poderiam facilmente detectar quem cometeu um crime, não pela via das provas e investigação, mas pelas medidas corporais dos suspeitos. Nem preciso dizer como essas ideias falharam miseravelmente,