O misterioso desaparecimento de Thomas Messick

Como sabemos, existem pessoas que desaparecem sem deixar vestígios em todos os lugares do mundo. Alguns casos podem ser explicados como acidentes, como fugas, como produto de desorientação, crimes, sequestros. Mas existem casos bastante estranhos que desafiam a lógica. O sumiço de Thomas Messik é um desses casos em que tudo parece conspirar para um desaparecimento misterioso.

A grande maioria dos desaparecimentos, ocorrem quando a vitima está sozinha, mas no caso de Messik, ele estava acompanhado. E acompanhado de gente experiente.

Tudo começou em 13 de novembro de 2015, quando Thomas Messick, um norte americano com nada menos que 82 anos, foi caçar com seus seis amigos em uma área remota do lago George Forest, perto da cidade de Choricon, Nova York.

Graças a idade, pensou-se que inicialmente fosse só mais um caso de um vovozinho senil que  por demência e desorientação, morreu na floresta.  O caso Messik começa incomum daí. O vovozinho era uma raposa forte, saudável o suficiente (dos problemas, ele tinha apenas uma perda auditiva e cegueira em um olho) e um homem completamente são, e até sua aposentadoria ele serviu por muitos anos no exército dos EUA e, portanto, era muito bom com armas, como apuraram os jornais. Messik, era um caçador experiente.

Thomas e seus amigos trabalharam com um grupo de caçadores mais jovens. Parte da tática de caça envolvia um grupo (o dos sêniors)  que ficavam a postos numa emboscada e o outro grupo que dirigira a caça em sua direção. Messik havia participado repetidamente de tais eventos, sabia como se comportar em sua posição e nunca houve problemas.

Então, desta vez, ele e seus amigos se estabeleceram a uma curta distância entre os sêniors e os batedores, com um local  predeterminado. Ocasionalmente, as equipes mantinham contato uma com a outra usando walkie-talkies, e o resto do tempo ficavam quietos, procurando os veados com suas armas prontas.

Thomas Messik

Mas desta vez, os jovens caçadores falharam e não puderam levar o cervo para o local desejado. Não havia nenhuma caça na área e isso já era estranho, pois se tratava de uma área de caça em que eles tinham experiência e conheciam a vida selvagem local. Parecia que algo havia espantado os animais que fugiram do local. Portanto, quando o tempo de espera terminou, os caçadores do grupo Messik deixaram seus abrigos e se reuniram nas proximidades, no prado no ponto de encontro. Porém,  Messik não apareceu.

Todo mundo estranhou, pois  quando o sinal foi enviado para a equipe no prado, Messik respondeu, avisando que estava a caminho. Mas agora quando eles tentaram entrar em contato com ele, ninguém respondeu, apenas o ruído estático era ouvido. Então os seis caçadores de seu grupo decidiram ir até o lugar onde Messik deveria estar sentado.

Messik não estava em sua posição, e quando os caçadores vasculharam tudo ao redor, eles também não encontraram nenhum vestígio  do homem lá. A ideia de que ele poderia ter se  perdido era ridícula para sua equipe, mas eles achavam que talvez Messik pudesse ter escorregado e batido a cabeça ou se acidentado de alguma outra forma. Mesmo que em caso de sofrer um acidente, ele tinha equipamento de emergência com ele como apitos e o radio, além da arma. Assim, os membos do grupo começaram a disparar as espingardas no ar e assobiar seus apitos de caça.

Tal barulho podia ser ouvido mesmo por vários quilômetros, mas não houve resposta. Messik não respondeu e seu paradeiro permaneceu desconhecido.

Então os caçadores finalmente ficaram muito preocupados. O lago George Forest não é o lugar mais conveniente para o turismo no estado de Nova York, mas você pode se perder lá apenas se for inexperiente, nunca esteve nesta floresta antes e não sabe como navegar no terreno. Não era o caso de Thomas Messik que conhecia o lugar como a palma de sua mão.

Os caçadores alertaram então os guardas florestais e contaram sobre o camarada desaparecido, após o qual chamaram a polícia com cães-rastreadores para ajudar, e pediram ajuda a voluntários. Logo, uma operação de resgate em larga escala ocorreu na floresta do lago George, envolvendo mais de 300 pessoas, fora os voluntários.

Além da busca no solo com cães e centenas de pessoas, Messik foi procurado do ar por helicópteros e aviões que tinham câmeras infravermelhas instaladas, mergulhadores vasculharam o fundo do lago local, sugerindo que ele poderia  ter se afogado, policiais com cães e voluntários olhavam em fileiras esquadrinhando cada quilômetro de floresta.

Com tal escala, até uma criança pequena seria encontrada em breve nesta floresta, mas Messik, havia desaparecido por completo. Nem os melhores cães conseguiam seguir seu rastro, mesmo quando começaram a procurar no local em que ele estava sentado em sua posição com uma arma e, dado que Messik andava muito devagar devido à sua idade, seu desaparecimento sem traços logo adquiriu uma cor mística.

Buscas sem sucesso, mesmo com o FBI no caso

Podemos supor que algo aconteceu com a memória do velho e ele vagou sem saber para onde ia? Logicamente que é uma hipótese a se considerar, mas  isso não explica a ausência de rastros que se afastam de sua posição e a completa ausência de sinais de sua permanência na floresta – coisas como sua mochila ou pelo menos um chapéu, o que teria caído facilmente da cabeça se por ventura o velho vagueasse loucamente entre as árvores.

Também parecia estranho que ele nunca usasse o rádio comunicador e não tentasse disparar uma arma. Ao mesmo tempo, o walkie-talkie e sua arma também não foram encontrados em lugar algum.

A busca por Messik na área durou três semanas, mas a polícia não encontrou nada. E quando, quatro dias após o início da busca, agentes do FBI se juntaram à polícia, os observadores perceberam que algo estava definitivamente esquisito com esse assunto.

Em uma entrevista com a esposa de Messik, ela confessou que ouviu de um dos agentes do FBI  “que algo estava esquisito no caso”, mas ele se recusou a compartilhar a teoria dele com ela sobre o que exatamente estava errado no desaparecimento de seu marido.

A esposa de Messik conta que um investigador do FBI confidenciou e ela que o caso era “incomum” ou “esquisito”. O que ele quis dizer com isso?

Outro detalhe estranho foi revelado quando um grupo de voluntários que participaram da busca por Messik encontrou uma testemunha ocular que estava na floresta de Lake George no mesmo dia e hora em que Messik desapareceu lá. Esse homem disse que um pouco antes da hora em que Messik desapareceu, ele ouviu um dos barulhos mais estranhos que já escutou na vida. Era um tipo de “estalo” – ele disse.

“Esse barulho era diferente do barulho usual da floresta. É difícil explicar o que havia de errado com ele, mas parecia diferente. Nunca ouvi isso na floresta antes e não sei o que é. Pareceu que veio do alto, da colina, do topo da colina”.

Não se sabe se esse barulho estranho está relacionado ao desaparecimento do velho Thomas Messik. Até hoje ele esta desaparecido e nenhum rastro jamais foi encontrado, nem roupas radio, mochila, chapéu ou sua arma.  Seu caso ainda está oficialmente aberto.

O caso de Thomas Messik é bem estranho e a coisa ficou (como disse o agente do FBI) ainda mais esquisita depois.  Duas semanas depois, nas proximidades, outro cara sumiu do mesmo jeito:

“Fritzie” Drumm, outro homem experiente some sem deixar vestígios nas proximidades, logo em seguida

Frederick “Fritzie” Drumm, 68, deixou sua casa em Burgoyne Road em 24 de novembro de 2015, mas nem a polícia nem os membros da família determinaram para onde ele foi nem por que não foi encontrado.

O fim de semana do Dia de Ação de Graças é um grande final de semana para os caçadores irem para o exterior, e a polícia pediu que aqueles que estavam na floresta e nos campos fiquem de olho em possíveis pistas. Qualquer pessoa que localize qualquer roupa, evidência ou outros itens que possam ser conectados à Drumm, incluindo identificação / documentação ou restos mortais, foi solicitada a ligar para o Gabinete do Xerife, mas ninguém achou nada que ajudasse na investigação do desaparecimento.

Acredita-se que ele foi passear em sua propriedade de 170 acres, mas por alguma razão desconhecida, não voltou para casa. Uma busca na propriedade Drumm, que fica perto de Fish Creek, e 1.000 acres adjacentes a ela não deram nenhum sinal dele. A polícia disse que não houve atividade em cartões de crédito, contas bancárias ou com suas informações pessoais que mostrassem que ele ainda estivesse vivo. Seus veículos foram deixados para trás, intactos.
Drumm se aposentou de um emprego na National Grid e era membro do Conselho da Cidade de Saratoga no momento em que desapareceu, mas se recusou a concorrer à reeleição e seu mandato estava programado para expirar no final de 2015.

Sua esposa, Ruth Drumm, ex-funcionária da cidade de Saratoga, disse durante uma entrevista em 2016 que o casal havia se aposentado recentemente de seus empregos e estavam planejando viajar na aposentadoria. A família até ofereceu uma recompensa de US $ 10.000 após o desaparecimento, se oferecendo para pagar até por  informações que levassem à descoberta do que aconteceu com ele, mesmo que estivesse morto. Ninguém conseguiu nada.

A polícia do estado e o pessoal do Departamento de Conservação Ambiental realizaram buscas periódicas na área perto de Lily Pond, onde ele desapareceu e entrevistaram novamente a população local, sem sucesso. Apesar disso, a polícia disse que não havia indicação de que os desaparecimentos de Drumm e Messick estivessem relacionados.

Um desses desaparecimentos esquisitos também já ocorreu no Brasil. O caso mais famoso de desaparecimento assim é o do escoteiro Marco Aurélio.

Marco Aurélio se separou do grupo de escoteiros por uma decisão do líder e desapareceu

O Pico do Marins, em Piquete, fica 2420,7 metros acima do nível do mar e atraí diversos turistas que estão dispostos a desbravar o frio, o cansaço e as câimbras.

Em 1985, Marco Aurélio, de 15 anos, se perdeu no Pico do Marins durante uma expedição com seu grupo de escoteiros. Depois que um colega se machucou, ele foi escolhido para se separar da equipe e buscar socorro. Ele nunca mais retornou.

TEORIAS

O desaparecimento de Marco Aurélio mobilizou buscas intensas e uma investigação que permanece sem conclusão. Diversas teorias foram criadas ao longo do tempo: abdução por alienígenas, assassinato; mas nenhum fio de cabelo de Marco Aurélio foi encontrado até hoje. Para Ivo Simon, pai do menino, que hoje teria 48 anos, existem apenas duas possibilidades: de Marco estar vivo ou morto. Para Ivo, é melhor acreditar que o filho ainda esteja com vida.

“Consultamos até mesmo o médium Chico Xavier, mas ele disse que só podia se comunicar com quem é desencarnado”, afirma o pai. Durante os 33 anos do desaparecimento, Ivo recebeu diversos “alarmes falsos” de pessoas que se diziam ser Marco Aurélio.

Para ele, o ensinamento que a história deixa é de que não se deve subestimar o Pico do Marins. “Ninguém deve subir o pico sem um guia”.

Depois do desaparecimento do francês Eric Welterin, que desapareceu na montanha no dia 17 de abril deste ano e foi encontrado neste sábado (5), Ivo Simon foi até o Pico do Marins para agradecer o Corpo de Bombeiros pelo empenho nas buscas. “Tudo o que eu vivi está acontecendo de novo. É traumático voltar ao Pico do Marins, apesar de eu demonstrar tranquilidade. É aterrador se imaginar sozinho naquele lugar”, afirmou o pai de Marco Aurélio. Ele descreve o Pico do Marins como escuro, ameno e cheio de mistérios.

Você pode ler sobre o caso Marco Aurélio aqui. 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Oi Philipe, eu acabei de te ouvir no último episódio do Mundo Freak e vim aqui no teu site reler alguns casos antigos, esse aqui eu tinha passado batido, muito bom mesmo. Acompanho teu site há anos, matérias como a Revolta dos Subníveis, a história do caçador argentino que atirou num ET e o Relato de um MIB são fenômenais. Muito obrigado por manter sempre a qualidade, como sempre está de parabéns. Um abraço.

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