Carlos teve sua primeira crise de pânico aos dezoito anos, quando estava num ônibus de viagem, a caminho de Governador Valadares. Era um feriado prolongado, as estradas estavam lotadas e havia muito movimento nas rodoviárias. Isso explica o gigantesco transtorno que deu quando ele começou a gritar e se tremer, suando frio dentro do ônibus. Foi um pandemônio.
Após o trauma da primeira crise, ele ainda manifestou as crises de pânico mais duas vezes, mas até aquele dia, somente a primeira crise havia sido tão traumática.
-E como que foi? – Perguntou Yara, enquanto molhava o pedaço de cebola no molho picante e enfiava na boca.
-Horrível! -Disse Carlos, tentando matar o assunto entre goles de cerveja.
-Dá detalhes, pô! Horrível como? -Yara, a curiosa.
Carlos contou. Foi súbita, sem aviso, sem sinal perceptível de que ia acontecer. Ele estava dormindo, foi beber um copo d´água e quando abriu a geladeira…
-Pá! aconteceu.
-E aí?
-Caí com tudo, copo, com água… Fui parar no chão. Eu nem conseguia me levantar.
-O que você acha que causou? – Ela quis saber.
-Não sei. Isso me intriga desde sempre. Acho que… Acho que foi a luz.
-A luz?
-A luz da geladeira.
-Mas o que tem a ver a luz? Isso de luz não é com ataque epiléptico?
-Não sei, não fode também, né Yara? Se não bastasse o pânico você ainda quer me arrumar uma epilepsia?
Yara riu com o amigo.
-O importante é que passou, né? Mais uma crise…
-Pois é.. Mais uma, mas isso me deixa sempre intrigado.
-Intrigado com o que?
-Quando será a próxima.
Yara sorriu, contemplativa. Pediu mais uma caneca de chopp ao garçom. Então se virou pra Carlos.
-Mas por que você acha que foi a luz?
-Sabe, num retrospecto assim, eu tava me lembrando da primeira crise… Eu estava no ônibus…
-Sei, você já me contou a história. -Ela interrompeu, mas o amigo pareceu não se importar e continuou.
-Eu estava lá e fiquei ali, na janela, olhando os faróis dos carros que vinham na estrada… O ônibus engarrafou na serra, e fiquei ali, ao lado dum pequeno poste de luz. Era bem perto da minha janela. Bem na minha altura. Eu fiquei ali… Viajando naquela luz… E aí…
-Sei. Aí veio aquela merda toda que você já me contou umas vinte mil vezes, Carlos.
-É. Pois é. Então… Passa o molho?
Yara empurrou o potinho de molho para o outro lado da mesa.
-Mas Carlos, por que você não procura um tratamento?
-Já fiz isso… Ano passado, fui num neuro.
-Não, digo um outro tipo de tratamento, sei lá…
-Tipo o que? Mãe de santo?
-Não, palhaço… Eu estava no metrô outro dia, e li num jornal uma materia de um cara ai que trata com hipnose, sabe? Acho que o jornal tá lá no meu carro.
-Hipnose?
-Por que não? – Questionou Yara matando o resto do chopp na caneca.
-É… Tem razão, Bibi. Por que não, né?
-Não e chama de Bibi que eu não gosto.
-Tudo bem… Bibi. Desculpa.
Pediram a conta e foram embora. Ao chegarem no carro, Yara pegou o jornal.
-Ó! Tá aqui. É esse cara aqui. O numero do consultório, tá vendo?
Carlos assentiu com a cabeça. Despediram-se animadamente.
-Beijo, Bibi.
-Beijo Cacá! Amanhã vê se chega cedo, hein?
-Ok, ok. Ele disse dando as costas, enquanto já se concentrava na matéria do jornal.
Carlos foi pra casa de ônibus, e à medida em que lia a matéria sobre a hipnoterapia se sentia mais e mais empolgado e interessado a experimentar.
No dia seguinte, Carlos apareceu no setor de Yara todo animado.
-Adivinha?? -Perguntou, debruçando-se na mesa da amiga.
-Você comprou aquela moto!
-Não, pô!
-Então não sei. Fala logo que eu tô com essa pilha de relatório de bolsa para carimbar.
-Marquei a consulta!
-No hipnotizador?
-Hipnoterapeuta! Hipnotizador é o cara que faz aqueles shows, sabe?
-Do cara que come cebola achando que é maçã, né? Tô ligada. – Yara riu.
O chefe de Yara se aproximou e eles tiveram que interromper a conversa. Yara fez um sinal girando o dedo indicador no ar, como quem diz: “depois a gente conversa”.
No fim do dia, Carlos saiu apressado. Desligou o computador, arrumou sua mesa, e desceu. Estava meio em cima da hora, mas era o único horário livre do terapeuta e ele não queria deixar má impressão logo na primeira consulta.
Carlos desceu do taxi em frente ao enorme complexo de salas comerciais. Entrou no grande edifício todo de vidro. A sala tinha uma porta escura, não havia placa ou letreiro. Ele tocou a campainha e surgiu um homem magro, de barbam, com um longo rabo de cavalo grisalho. Ele usava um terno antiquado, cinza, que não parecia combinar com as calças. O ambiente tinha cheiro de incenso.
O homem se apresentou. Era Dr. Ruy Aguirre, um mexicano.
Após a anamnese prévia que durou um longo tempo, no qual Carlos discorreu sobre seu problema, as crises de pânico e ausência que lhe perturbavam. Contou da morte trágica de sua esposa e filho, contou de sua complicada relação com a irmã, que se mudara para a Eslovênia, de seu trabalho, de sua implicância com certas pessoas e seu medo quase sobrenatural de ser observado enquanto dorme.
Ruy orientou Carlos a deitar-se num confortável divã preto, relaxar, fechar os olhos e se sentir afundando lentamente. Ali ele procedeu a primeira hipnose.
-Está ouvindo minha voz? – Perguntou Ruy.
-Sim. respondeu Carlos, prestando atenção no sotaque estrangeiro do terapeuta e seu estranho jeito afetado de falar…
-O seu nome é Carlos Rodrigues Barcellos Junior. Não precisa concordar. Apenas escute… Escute e sinta seu corpo afundar. Concentre-se na minha voz.
Carlos concentrou-se.
-Um… Dois… Três… Carlos… Rodrigues… Barcellos… – O terapeuta dizia, cada vez mais lentamente. Cada vez mais pausadamente.
Carlos abriu os olhos. Na sua frente estava o terapeuta mexicano. Os olhos esbugalhados. Ele estava na ponta da cadeira, reclinado sobre ele.
-Que foi? Que merda é essa? – Gritou Carlos.
O terapeuta pareceu levar um choque. Pulou para trás com os olhos arregalados. Não disse nada.
Carlos viu que estava molhado. Estava suado.
-Que porra é essa, mermão?? Tá me estranhando?
-Calma… -Foi o que disse o terapeuta, visivelmente constrangido.
-Você tava tentando me agarrar!
-Não, não! Não senhor. Calma!!! – Dizia o terapeuta, completamente sem graça.
-Eu vou te meter a porrada, seu filho da…
-Calma porra! – Gritou o mexicano, empurrando Carlos para o divã. – A hipnose foi feita! Você saiu do transe!
-Mentira! Eu ouvi você dizer meu nome! E contar.
-Olha a hora. Disse o mexicano, apontando um antigo relógio de parede atrás do gabinete de mogno.
Havia se passado mais de duas horas desde o início da consulta.
Carlos tentou se acalmar.
-Mas…
-É assim, Carlos. É assim. – Disse o mexicano arrumando o paletó amarfanhado e alisando os longos cabelos grisalhos. Ele acendeu um cigarro que fumou. Carlos notou a tremedeira leve nas mãos do terapeuta.
-É aí?
-Estamos avançando. Disse o homem, entre duas baforadas.
-Mas eu não lembro de nada.
-Ainda vai lembrar. Acalme-se. Teremos que marcar uma nova sessão… Mas… Você por acaso já foi hipnotizado antes?
-Não. Por que?
-Nada, nada. -Disse Ruy, olhando o cigarro.
Houve um pequeno silêncio no consultório.
-Você volta aqui amanhã. -Disse o mexicano abrindo uma agenda que estava sobre a mesa. Carlos notou que ele usava uma caneta tinteiro para riscar três nomes. Escreveu “Carlos” num quadrado e fez uma seta para o local dos nomes riscados.
Carlos pediu desculpas, meio atrapalhado.
-Não se preocupe, amigo. Eu estou acostumado.
-Mas… Doutor, que mal lhe pergunte, por que estava em cima de mim?
-Estava tentando ouvir, Carlos. Em alguns momentos, você falava tão baixo que era impossível escutar, mesmo com o silêncio do consultório.
Aquela explicação parecia-lhe convenientemente decorada, mas era plausível, de modo que Carlos cumprimentou-o pagou pela sessão e prometeu voltar.
No dia seguinte, na hora marcada, Carlos tocou a campainha do consultório.
Ninguém atendeu a porta. Ele achou estranho.
Carlos então esperou. Esperou… E nada. Ele já planejava desistir quando o elevador abriu e surgiu o mexicano, com um gravador debaixo do braço.
-Perdão, Carlos! – Ele disse, meio atrapalhado com um cigarro no canto da boca. o gravador e o paletó embolados na axila e um monte de chaves que lhe fazia parecer São Pedro. O sujeito passava as chaves de uma em uma, com o qual tentava achar a certa que abria a porta. Enquanto tentava, ele disse: – É que o gravador deu defeito e eu precisei correr para consertar a tempo.
-Gravador? – Questionou Carlos.
-Sim… Não se importa se eu gravar sua sessão, né? Será importante mais tarde… -Disse Ruy.
-Por mim, tudo bem.
A sessão se repetiu, nos moldes da anterior. Carlos deitou-se no divã confortável. Fechou os olhos e concentrou-se na voz do terapeuta. Ruy começou a contar pausadamente. Então Carlos ouviu:
-Acorde.
-Hã?
-Acabou. – Disse o mexicano, com um cigarro na boca. Parecia agitado, nervoso.
Carlos notou que novamente estava banhado de suor.
-Que foi? – Questionou Carlos.
-Nada. É que estou com um problema… Bem, vamos ao que interessa. Essa consulta foi grátis, amigo. Não precisa pagar nada.
-Hã?
-Nada, nada… Agora seu tempo acabou, muito obrigado. – Disse o mexicano, visivelmente irritadiço. Parecia ansioso. Tenso.
Carlos levantou-se e foi embora. Ele já estava na rua quando percebeu que o terapeuta nem sequer fez menção de marcar sua próxima sessão.
No terceiro dia, Carlos saiu do escritório e foi direto ao consultório.
Tocou a campainha, e esperou.
A porta se abriu, e Dr. Ruy fez uma expressão assustada ao ver Carlos.
-Que foi? – Perguntou em tom agressivo.
-Olá doutor… Sabe, é que nós não marcamos a minha sessão e…
-Não vai ter sessão.
-Hã? Como assim?
-O que eu podia fazer eu fiz, amigo. Agora é com você. -Ele disse, se apressando em fechar a porta.
Carlos tentou segurar a maçaneta. Ruy empurrava a porta com força.
-Mas doutor… Eu nem me lembro de nada.
-É assim, Carlos. Agora me dê licença que estou no meio de uma consulta. O senhor está atrapalhando… Está sendo inconveniente.
-Ah, perdão. Desculpe. -Gemeu Carlos, sem graça.
-Até logo. -Disse Ruy, batendo a porta.
Daquele dia em diante, a ideia de que o terapeuta mexicano não quis atendê-lo já não lhe saia mais da cabeça. Carlos pensava nisso todo dia. No trabalho, no almoço, no banho. O noticiário televisivo transcorria na tela da Tv, enquanto Carlos se mantinha alheio ao aumento da gasolina. Seus pensamentos apenas vasculhavam nas memórias, tentando entender o que teria acontecido naquela hipnose.
Carlos já não dormia só pensando naquilo.
Que segredo o terapeuta teria descoberto a ponto de evitá-lo daquela forma? E por que ele não se lembrava de nada?
No dia seguinte, no almoço, Carlos e Yara conversavam sobre o caso.
-Ele deve ser um charlatão, Cacá! – Yara sentenciou, enquanto partia o bife.
-Como assim?
-Ué… Um golpista, 171, sabe? Ele hipnotizou você, você sei lá, dormiu. Daí ele pegou sua grana e tchau!
-Não, não. Aconteceu alguma coisa. Isso eu sei. Eu sinto, mas não lembro o que é.
-Qual parte você não lembra?
-Nada! Mas ele disse que eu ia lembrar com o tempo.
-Caô! Isso é papo de 171, Cacá! Pô me admira você, um cara culto, vivido, cair numa dessa.
-Ah, não fode, Bibi! Você que me indicou o mexicano lá. A culpa é sua!
-Ah, mas cê pagou porque quis, eu não de obriguei a nada. Você fica com essas obsessões doidas aí e agora a culpa é minha? Não fode, né Cacá? Você já é bem grandinho pra saber…
-Não, eu acho que o cara… Acho que o cara não é 171 não. Rolou alguma coisa. Eu acho que deu alguma merda na minha hipnose…
-Agora mudou a “obsessão de Carlinhos”. Antes ele era doido pra saber porque tinha pânico, agora está doido pra saber porque levou o fora do mexicano boiola… – Yara caçoou dele.
-Pô, Bibi…
-Ah, não. Não vem com essa cara de cachorro pidão.
-Pô, Bibi, me ajuda, meu! Lembra lá do franco-argentino? Eu quebrei o maior galhão seu, né?
-Puta merda, Cacá! Pra desenterrar essa do Argentino parisiense você deve estar muito desesperado mesmo, hein?
-… – Carlos ficou quieto. Fixava o olhar num guardanapo.
-Tá, que foi? Qual é a roubada que você vai me meter dessa vez?
Carlos ergueu os olhos, tomou uma golada do suco de laranja quente e disse:
-O cara gravou!
-E daí? Muitas consultas de hipnose são gravadas. Nunca viu nos filmes?
-Eu quero ouvir a fita! -Ele disse com um sorriso nos lábios.
Yara teve um sobressalto: – Roubar???
Carlos apenas concordou com a cabeça em silêncio.
-Porra, Cacá. Roubar não, cara. Aí é crime. Eu não vou…
-Calma, Bibi. Escuta. Eu já tenho tudo planejado!
Carlos explica todo o plano.
Ao voltarem para o escritório, Yara telefonou para o Dr. Ruy, marcando uma consulta pra ela.
No dia marcado, Yara foi até o consultório.
Logo que entrou, ela lembrou da perfeita descrição do consultório feita pelo amigo. O terapeuta era meio new age, meio afeminado. O ambiente tinha imagens orientais nas paredes, uma decoração antiquada, mas de bom gosto. Almofadões e tapetes… E o cheiro de incenso entranhado em tudo.
O processo de atendimento foi similar ao de Carlos.
-O que te traz aqui Yara? – Ele perguntou.
Yara inventou uma desculpa. Disse que pensa em se submeter a uma hipnose para curar seu medo de baratas, mas que tinha medo da hipnose. Medo de entrar no transe e nunca mais voltar.
Dr Ruy sorriu. O terapeuta explicou que é seguro, falou detalhadamente sobre o método.
Yara então perguntou se a sessão era filmada. O terapeuta disse que ela é registrada sim, só que gravada.
-Mas e as fitas? – Ela perguntou.
Ele então mostrou uma caixa de sapatos forrada de couro, cheia de fitas.
-O que é isso, doutor? – Perguntou Yara, jogando o verde.
Ele disse que são fitas de hipnoses de seus pacientes.
Yara sorriu… Ao fim da sessão, ela se despediu, prometendo voltar. Dr. Ruy marcou a primeira hipnose dela para o dia seguinte.
Tão logo chegou na rua, Yara viu Carlos esperando perto da banca de jornal, conforme combinado.
-E aí? – Perguntou ele, ansioso como sempre.
Ela contou ao amigo como foi fácil descobrir onde estão as fitas. Ela disse que teria uma nova sessão no dia seguinte.
-Perfeito! Exatamente como planejei! – Disse Carlos, empolgado.
No dia marcado, lá estava ela, tocando a campainha para curar o tal medo de baratas.
Dr Ruy atendeu. Ela entrou e minutos depois ele já começava o relaxamento, quando a campainha tocou outra vez.
Ruy pediu desculpas a Yara por interromper o procedimento e foi ver a porta.
Ao abrir, Ruy deu de cara com Carlos. O terapeuta até tentou fechar a porta, batê-la na cara de Carlos, mas ele enfiou o pé na soleira e disse que tinha consigo um mandado de juiz. Era um documento tão falso quanto uma nota de três reais, porém, ali estava um texto enorme, cheio de termos de juridiquês.
-Mas o que é isso? – Questionou Ruy.
-Leia leia, o que diz aqui, Doutor. – Falou Carlos, apontando para um parágrafo completamente incompreensível.
Enquanto isso, lá dentro do consultório, Yara já havia saltado do divã, e futucava no interior da caixa, em busca da fita de Carlos. Após abrir umas seis caixas, ela encontrou finalmente uma com o nome dele. Yara então retirou a fita com cuidado e substituiu por outra. Colocou tudo no lugar e escondeu a fita dele dentro das calças.
Ao longe, ela escutava a discussão na porta.
Dr. Ruy parecia exaltado, tentando fechar a porta, mas Carlos tentava impedir.
Yara saltou para o Divã poucos sengundos antes do mexicano entrar, muito bravo.
-Francamente…
-O que foi, doutor? – Ela pergunta, fingindo não entender a confusão.
-É um doido. Um doido varrido. – Diz ele muito nervoso. O terapeuta jogou o papel sobre a mesa e acendeu um cigarro.
-Vamos retomar… – Ele disse.
Nisso, o telefone de Yara tocou. Do outro lado ela escutou a voz de Carlos:
-E aí? Pegou?
Ela então ficou quieta. Fez força para ruborizar suas faces. E então disparou a falar em tom aflito.
-Morreu? Não! Não pode ser! Coitadinho! – Ela disse, em prantos.
Do outro lado, Carlos notou que aquilo indicava que tudo havia corrido conforme o plano.
O terapeuta mexicano ali, sem entender nada.
-Tudo bem… Tudo bem. Estou indo pra aí. Calma. Fica calma que estou chegando! – Ela disse, aflita.
-O que foi? Perguntou Dr. Ruy.
-É que o cachorrinho da minha filha, o Tonico… O Tonico morreu. Atropelado. A pobrezinha esta inconsolável.
-Coitada.
-Doutor, não tenho condição de continuar essa sessão. Será que podemos remarcar? Eu preciso sair agora!- Disse Yara.
-Claro, claro! Semana que vem, quarta, deixa eu ver… Éééé… Às seis. Pode ser? – Perguntou o terapeuta olhando a agenda.
-Perfeito, doutor. Me desculpe, sim?
-Sem problemas, dona Yara. Nos vemos na quarta então.
-Adeus e obrigada. – Ela disse, já saindo apressada para o corredor.
Minutos depois, ali estão os dois, na mesa do bar. Carlos comemora com a fita cassete na mão.
-O que será que tem aqui dentro?
-Sei lá! Tomara que tenha valido à pena. Não gosto de enganar os outros. – Yara disse, bebendo meia tulipa.
-Bibi, acho que o que está aqui vai mudar a minha vida…
fim da parte 1 _____ Continua amanhã!
AAAAAH Agonia, agora quero saber o que tem na fita haha
Adorei, adorei. Li o texto inteiro, e o Philipe tem o dom de fazer a gente imaginar tudo. Ansioso pra ver a continuação!! :D
Que bom que alguém leu! Achei que estava escrevendo só pra mim, hehehe.
Contando os minutos pra próxima parte! Devia postar lá na skynerd.
Excelente texto, prendeu a minha atenção até o fim. Parabéns!
Ansiosa pela próxima parte
Como sempre arrancando minha curiosidade ao extremo! hehehe
Amanhã tô acompanhando como sempre! Muito bom Philipe!
Texto fantástico. Mergulhei fundo na trama. Parabéns Philipe!
muito interessante, espero a continuação :)
Legal que voltaram os contos, fazia tempo que não tinham.
hahaha, gostei do novo Layout do mundo gump!!! ótimo conto, e com continuação!!! XD ansiosa para o próximo capítulo!! o que será que o cara anda falando durante a hipnose? deve ser algo bem cabuloso!
Boa história, só falta a fita ser a errada!
Boa história, só falta a fita ser a errada!
Uhuuuuu! Novo contoooo, tô felizona agora! Anciosa pra segunda parte!
Bjos
Juju
Só hoje eu consegui ler, tentei ontem, mas nem cliquei pois eu estava morrendo de sono e deixei pra hoje, e ficou muito bom, agora, eu também estou curioso para saber o que tem na fita