Carros feios e carros horríveis

A ideia deste post veio com um post do meu amigo Marcelo Souza no facebook sobre como o design do Toyota Prius é feio:

Esse post lá me fez uma certa curiosidade sobre o seguinte: Qual é o carro mais escrotamente feio de todos os tempos aqui no planeta Terra?

 

Então eu peguei alguns minutos para dar uma busca por aí a fim de encontrar  o design mais hediondo de todos os tempos. Vou te falar que trata-se de uma disputa renhida na escolha do que podemos chamar de carro mais feio.

Minha percepção é que o carro realmente mais feio nunca chegou a ser efetivamente construído, sendo tão, mas tão escroto que sua aparência impediu a própria construção. Mas ao mesmo tempo que tenho essa sensação, ela me causa espanto pelo fato de que todas essas deformidades sobre rodas aqui em baixo conseguiram ser “paridas” por montadoras ou oficinas, ao custo de dinheiro de verdade!  Isso significa que um enorme numero de carros feios conseguiu passar por todas as infinitas etapas de aprovação que um projeto dessa envergadura passa até sair da cabeça de um designer e surgir no mundo real.
Ainda mais espanto pode causar a ideia de que muitas dessas obras de arte do inferno estão à venda e pasme: VENDEM!
Claro que na seara dos carros feios existem três linhas a se observar. Existem carros intrinsecamente feios, porque são barbeiragens do bom gosto. Mas também há a categoria dos carros estranhos, feitos propositalmente para chamar a atenção. Existem protótipos conceituais, que servem… bem servem para expandir as fronteiras do gosto popular. Talvez funcione assim, você se depara com uma merda tão escrota, com tal grau de avacalhação estético, que passa a achar até aceitável certas coisas que antes pensaria ser horríveis. Talvez possamos incluir uma última categoria nisso que é a do proprietário sem noção que faz “remendos estéticos nos carros para tuná-los”.
Seja como for o motivo pelo qual o carro consegue ser bizarro ou feio, é fato que um apanhado deles como este aqui nos leva da estupefação ao riso.

Sem mais delongas, deixo você com…

Os carros mais feios do mundo

Você conhece um cavalheiro pelos seus sapatos:

 

Muitas vezes um carro não pode ser apenas feio, mas ele precisa de uma boa propaganda. Isso envolve uma modelo com aparência dadaísta que parece estar cagando no carro e um playboy rico com um “Sorrézo” sem deixar de fora o joinha.

Muitos carros são apenas amontoados de escrotices. Destaque para este modelo anfíbio:

E este rabecão aqui que tem uma catedral gótica em cima.

E que tal este fascination de 1974?

 

Agora em se tratando das famosas “penteadeiras de puta” não podemos deixar de dar o credito para este senhor argentino e sua obra prima da presepada:

 

É curioso que em algum ponto da história do design automobilístico, ter mais rodas se tornou um símbolo de fodacidade automotiva. Isso nos levou a:

Mas é claro que confirmando a lei que diz que tudo sempre pode piorar, o numero de oito rodas por carro subiu discretamente.

“Mais rodas, mais foda”. E isso se tornou uma obsessão que invadiu até as corridas!

Mas era evidente que no que concerne ao bizarro, tem sempre um sem noção para romper todas as fronteiras do viável. (note o helicóptero na caçamba)

Eu não sei bem como funciona, mas parece que depois de um momento em que mais rodas=mais foda, os projetistas viraram 180 graus e arora, menos rodas = Mais foda.

Rapaz, olha só essa coisa amarela aí em cima. Puta merda. Eu chego a pensar como o cara projeta isso. Será que ele enfia a caneta no cu e rabisca no papel?  O fato é que na linha das três rodas vem cada barbaridade de arrepiar o cabelo. Se liga nessa trapizomba dos 70´s aqui:

Carros com três rodas são retrô. E alguns deles são feios de doer.

Volta e meia a ideia retrô do carro de três rodas ressuscita, em outras sofre mutações, se funde com motos com bicicleta de rodinha e ate foguete:

Em outros momentos eles tentam parecer modernos, mas com rodas pequenas e em numero ímpar.

Embora o toque retrô seja algo muito apreciado por colecionadores, como os da cobiçada Romizetta:

Mas falando em retrô, rola sempre uma volta ao passado do design no mar de ideias do conceito automotivo, de modo que algumas vezes, a modernidade se traduz em mais linhas retas.

È comum vermos linhas retas associadas a carros compactos de uso urbano, quase na linha do Gurgel mini. Mas eventualmente os malucos “forçam” na compactação. Esse aqui devia chamar WinRar:

Eventualmente linhas retas não bastam para evocar o futuro e é preciso usar papel alumínio!

Hahahahaha puta que pariu, véio. Olha só a propaganda dessa bosta.  E você acha que o carro “nave” tem poucos modelos? Negativo é um montaço!

Mas eventualmente alguns elementos são considerados “excessivos” como partes inúteis como as PORTAS… Afinal, para que alguém vai colocar portas num carro, né? Junte linhas retas com futurismo e agenesia de portas e temos isso aqui:

Você pode estar se preguntando como alguém entra nessa porra amarela (note que grande parte dos designs escrotos nãos e contentam com a forma e recorrem a cor amarela para enfatizar sua existência)  e eu digo que a porta desse carro é a CABINE. Isso mesmo, a CABINE INTEIRA abre. Uma ideia de JÊNIO!

Ainda nessa pegada de carros sem porta, podemos lembrar de alguns ícones da jumentice:

Claro que chega uma hora que a ausência de porta fica fora de moda e o legal são portas pivotantes.

Mas tem termos de “nave retrô que não abre a porta” nada se compara com isso:

Eventualmente a cabine ganha mias destaque nos designs estranhos e surgem as “cabines bolha”:

Quando o design de cabine bolha é levado ao limite, começa o “carro bolha”:

Seja lá como for a bolha, o fato é que é preciso chamar a atenção:

Mas falando em chamar a atenção, temos aqui um belo exemplo de como em algum momento do design automotivo, foguetes e espaçonaves eram um “must have” do tempo. E claro, surgiram coisas desse naipe aqui:

 

Eram cromados, turbinas fake, asinhas e toda sorte de penduricalhos que hoje são feios pra meu ovo, mas naqueles anos 50 eram o supra-sumo da fodacidade.

Mas voltando ao lance do carro feio, aqui tem mais um detalhe. Muitas vezes o carro nem é muito feio quando você vê de frente, mas quando olhamos para a traseira… Cruz credo!

Há também aqueles casos em que o conceito de beleza passa pelo minimalismo doentio. Some isso com um conceito de organicidade e fluidez e temos marmotas de toda sorte:

Então quando você achava que já tinha visto de tudo, surgiram ideias sensacionais que se resumem a apenas três letras: WTF?

 

Pensa em como pode ser degradante ser ultrapassado por um… telefone?

Ou pior… Por uma banana!

Ou ainda, um barco, ou qualquer outra porra esquisita:

Aliás, nesse lado lisérgico, eu fico imaginando o cara na estrada dirigindo e então ele vê isso vindo atrás dele pelo retrovisor. É como tomar um ácido.

Claro, o mundo esta repleto de carrinhos bobos, que são simplesmente feios. Chegam a dar pena. Tipo o Twingo. Eu tenho vergonha alheia por quem tem Twingo, meu. Mas pensa em ter isso aqui: Todo mundo te olha com complacência.

 

Mas talvez o pior mesmo seja o cara que é frustrado porque nunca teve um Hotweels na infância e quando cresce resolver fazer um.

Enfim, tem muito carro feio no mundo e achar o mais feio é tarefa inglória dado o volume de desgraças que estão no mercado. Eu vou ficando por aqui. Se você se divertiu com este post, comente aí. Se lembrou de um carro bem feioso, indique nos comentarios. E não esqueça de curtir e compartilhar no facebook.

 

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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