As fitas de audio da FAB – A noite oficial dos Ufos

Eu já havia falado anteriormente aqui sobre a famosa ocorrência que ficou conhecida como ” A noite oficial dos Ovnis no Brasil” (uma das ocorrências mais famosas no mundo envolvendo Ufos).

Esse caso é especialmente emblemático, porque envolveu diversos ufos de tamanho gigante, inúmeras testemunhas, interceptação militar com aeronaves de guerra, perseguição de ufos, registros em radar de solo, de aeronaves, de aeroportos, radares civis e militares, e culminou em nada menos que uma declaração oficial do MINISTRO DA AERONÁUTICA que disse pra qualquer um que quisesse ouvir que o espaço aéreo brasileiro foi invadido por tráfego aéreo desconhecido, que voava a velocidades incompatíveis com qualquer tecnologia conhecida na época (e ainda hoje). Não apenas o ministro veio à público prestar esclarecimentos para uma sociedade absolutamente atordoada com o que poderia ser aquilo, como liberou os PILOTOS a falarem ABERTAMENTE para toda a mídia sobre o ocorrido.

Em tempos de segredos, manobras e desculpas esfarrapadas, um caso dessa magnitude é algo para entrar para os anais da ufologia mundial.

A Noite oficial dos Ufos no Brasil foi intensamente pesquisada pelo Ufólogo Claudeir Covo, que era meu amigo. O Claudeir, ou Claudeco, que era como eu chamava ele, foi sempre um grande incentivador para que eu me tornasse um ufólogo e pesquisador. O Claudeir fez, na época, um grande e detalhado arquivo sobre o caso que disponibilizo aqui, já que o site dele já não existe mais. O Claudeir planejava fazer um livro sobre isso, que levou tanto tempo pesquisando e escrevendo, que morreu antes de conseguir publicar. É um material grande, que deixo aqui para caso queira mais dados desse caso sensacional.

[learn_more caption=”A noite Oficial dos Ufos”]

A Noite Oficial dos Ufos

“Quando um cientista ilustre, mas idoso, declara que alguma coisa é possível, quase certamente tem razão. Quando declara que alguma coisa é impossível, muito provavelmente está errado”
(Lei de Clarke)

Precisamos tomar muito cuidado para falar que isso ou aquilo é impossível, pois parece que o destino dos homens do planeta Terra é realizar ou provar coisas impossíveis. Na história da humanidade sempre existiram cientistas aparentemente competentes, que promulgaram as leis do que é tecnicamente possível ou impossível, demonstrando, às vezes, que estavam inteiramente errados enquanto a tinta da caneta mal secara. Nos dias atuais tudo continua igual e certamente continuará a ser assim no futuro.

Recentemente, em 19 de maio de 1986, tivemos um “show” de discos voadores no céu brasileiro, a ponto de as autoridades da Aeronáutica virem a público afirmar que o espaço aéreo brasileiro foi invadido por vinte e um objetos de origem desconhecida, os quais foram detectados pelos radares, foram acompanhados por aviões a jato, se movimentavam em altas velocidades, passando de 250 a 1.500 km/h em fração de segundo, sem causar o boom característico, mudavam de cor, mudavam de trajetória, subiam, desciam, sumiam instantaneamente do radar e apareciam, aos olhos do observador, em outro lugar, acompanhavam os aviões, ficavam parados, faziam ziguezague, causaram a interrupção do tráfego aéreo em várias áreas, saturaram os radares, causaram interferências nos equipamentos dos aviões a jato, faziam curvas em ângulos retos (90°) em altíssimas velocidades, sem deixar rastros como as aeronaves convencionais. Isso tudo foi informado oficialmente, e deve ser menos de 20% do que realmente aconteceu.

A ORDEM DOS FATOS

20:50 horas – O operador da torre de controle do aeroporto de São José dos Campos observa, por binóculo, dois pontos luminosos. A torre pede ao comandante Alcir Pereira da Silva, que viajava com o coronel Ozires Silva, que fizesse uma busca visual do OVNI.

21:10 horas – Sinais luminosos são vistos pelo comandante Alcir e pelo coronel Ozires Silva.

21:14 horas – O controle de radar de São Paulo recebe sinais sem identificação.

21:15 horas – O controle de radar de São Paulo informa o Centro de Tráfego Aéreo de Brasília.

21:20 horas – Brasília confirma a presença de sinais no radar.

21:23 horas – O primeiro jato F-5E sai da Base Aérea de Santa Cruz, Rio de Janeiro, rumo a São José dos Campos (tenente Kleber Caldas Marinho).

22:45 horas – O radar de Anápolis, a 50 km de Goiânia, detecta os sinais e o primeiro Mirage levanta vôo em busca dos OVNIs (capitão Armindo Souza Viriato de Freitas).

22:50 horas – O segundo jato F-5E levanta vôo (capitão Márcio Brisola Jordão).

23:15 horas – O tenente Kleber vê bolas de luz pela primeira vez e começa a perseguir os OVNIs.

23:17 horas – O segundo Mirage levanta vôo em Anápolis.

23:20 horas – O F-5E detecta, pela primeira vez, sinais pelo radar de bordo.

23:36 horas – O terceiro Mirage levanta vôo da base de Anápolis.

Mas no meio oficial, comentou-se muitas coisas que não foram mencionadas nos depoimentos, tais como: quando o F-5E era seguido por treze OVNIs, o piloto fez um looping para ficar de frente com tais objetos, o que não foi possível pois os objetos também fizeram o looping com o avião. Comentou-se que um objeto veio em alta velocidade e, de repente, parou bem à frente do avião, em rota eminente de colisão, saindo em seguida, a toda velocidade, deixando o piloto totalmente apavorado.

Considerando-se apenas as informações oficiais, esses fatos só podem ser explicados dentro do contexto do fenômeno UFO ou simplesmente disco voador. O que importa é a origem desses objetos, provavelmente extraterrestres, e a sua tecnologia indiscutivelmente muito avançada e totalmente desconhecida pelos cientistas do planeta Terra. Nossas autoridades da Aeronáutica não souberam explicar o que eram esses objetos, limitando-se a dizer que só podem dar explicações técnicas, e essas explicações eles não as têm. Foi formada uma comissão de estudos para analisar os fatos, e a conclusão certamente jamais será do conhecimento público. De certa forma, de positivo ficou o fato da Aeronáutica brasileira reconhecer publicamente que o nosso espaço aéreo é invadido constantemente por estranhos objetos de origem desconhecida, e, de negativo, ficou o lamentável fato que vários cientistas tentaram explicar o evento, dando um total de vinte e uma explicações distintas para um simples avistamento de OVNIs. Algumas tão infantis que é difícil acreditar que partiram de cientistas.

Os ufólogos brasileiros e de outros países já estão acostumados a esse círculo vicioso, no qual todas as vezes que acontece um fato ufológico de conhecimento público alguns cientistas, quase sempre os mesmos, dão entrevistas aos meios de comunicação totalmente contra a hipótese dos discos voadores. Quem é o culpado dessa situação? Os ufólogos, os cientistas ou os repórteres que procuram as pessoas erradas para explicar o que não conhecem? Ora, se eu tenho um problema de coração, jamais irei procurar um mecânico para resolver o meu problema. O que observamos em alguns cientistas é que eles querem explicar um fato ufológico como algo relativamente simples e conhecido, sem, no mínimo, analisar os fatos.

Isso não acontece só no campo ufológico, mas em todos os campos da ciência. Essas pessoas esquecem que a imaginação é um dos principais requisitos de um bom cientista. É importnte ter um sólido conhecimento científico, o “sentido” da ciência e uma imaginação realmente flexível. O mais espantoso é a velocidade com os quais aqueles que, em certo momento, declaram “é impossível” passam a dizer “eu sempre disse que podia ser feito”. Parecem mais políticos do que cientistas. Mas quais as razões que levam um cientista a não admitir a existência dos discos voadores?

Contra fatos não há argumentos. A ufologia é riquíssima em fatos, mas é mais fácil negar do que provar. Esses cientistas são conservadores, têm medo de cair no ridículo, ficam cegos pelos seus preconceitos, são incapazes de ver o que está diretamente na frente deles, recusam-se a aprender com a experiência ou o assunto altera suas bases morais, sociais e religiosas, não sabemos, mas a história do homem está repleta de exemplos dessa natureza, que mais tarde se revelaram errados.

O CONTROLE GRAVITACIONAL

Parece que a única coisa que separa o possível do impossível é o fator tempo. Através dele, muitas coisas impossíveis passaram a ser possíveis, e as que hoje são impossíveis certamente serão possíveis no futuro. O próprio fenômeno UFO nos mostra como será o nosso futuro: controle da força gravitacional, teletransporte, viagens para outros sistemas estelares, invisibilidade, controle total da matéria (átomos) realizando transmutações, e muitos outros fatos ufológicos serão de domínio total dos nossos cientistas do amanhã.

Os erros do passado em nada têm alertado certos cientistas, que fazem questão de tapar o sol com a peneira. Houve uma época em que se disse que estavam caindo pedras do céu, e os cientistas explicaram que isso era impossível. Mais tarde descobriram-se os meteoros. No século passado, por volta de 1880, a ideia da luz elétrica era um absurdo para muitos cientistas, menos para Thomas Alva Edson. Quando as primeiras locomotivas estavam sendo construídas, os cientistas afirmavam clamorosamente que a “sufocação” seria o destino daqueles que atingissem a terrível velocidade de 50 km/h. No início do século passado (1900), os cientistas eram quase unânimes em declarar que o mais pesado que o ar era impossível de voar e que tentar construir aeroplanos seria dar provas de loucura. Na década de 1920, a ideia do vôo espacial também era uma loucura. Em 1957, quando era colocado em órbita terrestre o primeiro satélite artificial, um famoso cientista e inventor disse ao mundo que o homem jamais poria os pés na Lua, fato que os repórteres lhe cobraram em 1969. Enfim, teríamos milhares de exemplos para mostrar que a palavra “impossível” foi inventada pelos fracos, pelas pessoas que não têm capacidade de enxergar um palmo na frente do nariz.

Também não seria assim tão surpreendente se muitas coisas tidas como impossíveis se tornassem realidades graças a brilhantes cientistas que insistiram em suas ideias, tendo como exemplo o fenômeno ufológico. O próprio Einstein já falava em controle gravitacional na sua teoria da unificação dos campos. De onde surgiu essa possibilidade? Analisando casos de discos voadores? Infelizmente, esse gênio morreu antes de concluir sua teoria. Mas será que hoje já teríamos o controle gravitacional se Einstein a tivesse concluído? Sabemos que a NASA gasta fortunas em pesquisas, inclusive sobre o controle gravitacional. Os discos voadores nos mostram que esse sonho certamente será uma realidade – é só uma questão de tempo.

O mais importante é que a tecnologia é o resultado de novos sistemas e não o aperfeiçoamento de sistemas antigos. Hoje cruzamos o oceano Atlântico cem vezes mais rápido do que há duzentos anos. Não que os barcos andem cem vezes mais rápidos, mas sim porque hoje temos aviões a jato. Atualmente o vôo com aviões a jato é coisa corriqueira, mas era um sonho há duzentos anos, uma fantasia impossível de se pensar. Fernão de Magalhães levou dois anos para dar uma volta ao mundo, mas hoje um astronauta leva apenas noventa minutos. No seriado “Cosmos”, do falecido Carl Sagan, falou-se do projeto sofisticado do jato de Guerra Bussard, que poderia viajar com uma velocidade próxima á da luz para aplicar uma dilatação relativística especial do tempo. É somente um projeto? Ainda é um sonho? Os norte-americanos já falam em utilizar o ônibus espacial para construir naves dessa natureza no espaço. Aí envolve o fator dólares. Com uma nave dessa, na velocidade de 99,99% da velocidade da luz, poderíamos percorrer 37 anos-luz em dois meses, ou seja, poderíamos atingir qualquer uma das trezentas estrelas contidas em um raio de trinta anos-luz. Enquanto para os passageiros passariam somente dois meses, para os habitantes da Terra passariam 37 anos.

TROCAR ACUSAÇÕES POR PESQUISAS

Os russos já conseguiram ficar muitos meses no espaço, o que faz parte do preparo de uma viagem tripulada ao planeta Marte. Loucura? Sonho? Ou uma realidade eminente? Parece que o homem veio do espaço e que o seu destino é retornar a ele. A todo instante os discos voadores nos mostram essas possibilidades, mas há cientistas que não acreditam e falam com uma ignorância arrogante. Há alguns anos, o físico César Lates deu uma entrevista à imprensa na qual afirmou que a vida é privilégio do planeta Terra em todo o Cosmos, e que a vida extraterrestre é um verdadeiro absurdo. Hoje a grande maioria dos astrônomos e físicos acreditam na vida extraterrestre, porém não crêem que esses seres nos estejam visitando por meio de discos voadores. Esses cientistas dizem que uma nave do tipo Voyage I, viajando a uma velocidade de 50.000 km/h, para alcançar a estrela mais próxima do nosso sistema solar, a Alfa do Centauro, distante 4,3 anos luz, levaria aproximadamente 100.000 anos. Seriam gerações e gerações dentro de uma nave espacial. Isso é válido para a nossa atual tecnologia, que tem apenas trinta anos na área das viagens espaciais. Ora, como estará a tecnologia de viagens espaciais de uma população de seres extraterrestres que tenham um milhão de anos à nossa frente? Viajando a 50.000 km/h?

Na ufologia mundial há milhares de casos, riquíssimos em detalhes, envolvendo pessoas perfeitamente normais, mas alguns cientistas preferem simplesmente afirmar que essas pessoas são “loucas”, no lugar de pesquisarem a história que elas contam. Esses cientistas deviam unir-se e provar cientificamente que os discos voadores não existem. Esses cientistas têm viseiras tão fechadas que, se alguém entregar um disco voador a eles, é mais do que provável que ainda assim eles não acreditarão. Quando analisamos os seus depoimentos, principalmente em relação ao evento de 19/05/86, verificamos que são absolutamente infundados e totalmente desencontrados; nenhum deles parou para analisar os depoimentos das autoridades da Aeronáutica. Eles só conseguiram provar duas coisas. Primeiro: que não conseguem entender-se entre si. Segundo: na sua tentativa de provar que não era fenômeno extraterrestre, que não conhecem os fenômenos terrestres. E é lamentável que eles tenham dado tantas explicações, algumas totalmente conflitantes entre si. Acreditamos que eles devem ser bons profissionais, que realizam seus trabalhos como competência, mas tudo indica que nunca pesquisaram um único caso de disco voador.

AS TESTEMUNHAS

Recapitulemos os pronunciamentos oficiais sobre o incindete de maio de 1986, a fim de compormos um quadro daqueles acontecimentos:

Brigadeiro
Brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima, ministro da Aeronáutica

01 – “Entre 20:00 horas (19/05) e 01:00 hora (20/05) pelo menos 21 objetos foram detectados pelos radares brasileiros”.
02 – “Saturaram os radares e interromperam o tráfego na área”.
03 – “Toda vez que os radares detectam objetos não-identificados os caças levantam vôo para identificação”.
04 – “Radar só detecta superfícies sólidas, objetos metálicos e nuvens (massas) pesadas. Não havia nuvens nem aeronaves convencionais na região. O céu estava limpo. Radar não tem ilusão de ótica”.
05 – “Só podemos dar explicações técnicas, e não as temos”.
06 – “Seria muito difícil para nós falarmos sobre a hipótese de que esses objetos seriam de origem extraterrestre”.
07 – “A hipótese de uma guerra eletrônica é muito remota, e não é o caso aqui no Brasil”.
08 – “É fantástico. Os sinais nos radares eram bem claros”.

ozires

Coronel Ozires Silva, na época presidente da Petrobrás

01 – “Dizem que foi um salto muito grande entre a presidência da Embraer e a presidência da Petrobrás, que subi tanto que cheguei a ver disco voador”.
02 – “Quando nos aproximávamos de São José dos Campos, a bordo do avião Xingu PT-MBZ, Brasília pediu para observarmos alguns pontos que estavam sendo detectados pelo radar, e que não estavam registrados como vôos regulares dentro daquela área”.
03 – “Na altura de 600 metros, vimos pontos luminosos, de cor laranja-vermelhado, com brilho muito intenso”.
04 – “Tentamos nos aproximar das luzes, mas desistimos. As luzes apagavam e acendiam em lugares diferentes (10 a 15 segundos). Observamos variações muito rápidas de velocidade”.
05 – “As luzes tinham presenças reais, eram alvos primários no radar, alvos positivos, uma coisa concreta”.
06 – “Se não fosse detectado pelos radares, eu não teria falado nada”.
07 – “Está registrado em fitas pelo radar”.
08 – “Não consegui identificar nada”.

O Coronel Ozires Silva, posteriormente, escreveu o livro “Decolagem de um Sonho”, na qual conta toda sua incrível trajetória aeronáutica, entre os quais a transformação da EMBRAER numa empresa altamente competitiva internacionalmente. Em seu livro, Ozires descreve o que viu na noite de 19 de maio de 1986. Para ver o testemunho de Ozires Silva, que ele registrou em seu livro, clique com seu mouse em DISCOS VOADORES EXISTEM? – este texto está no último capítulo de seu livro. O Coronel Ozires Silva ocupou vários cargos de destaque no Brasil, entre eles: presidência da EMBRAER, presidência da Petrobrás, Ministro da Infraestrutura no governo Collor e a presidência da VARIG.

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Comandante Alcir Pereira da Silva, co-piloto do avião Xingu PT-MBZ

01 – “Vimos luzes laranjas-avermelhadas” (O comandante foi o primeiro a ver as luzes).
02 – “Parecia uma estrela bem iluminada”.
03 – “Informamos a torre de São José dos Campos que iríamos perseguir o objeto”.
04 – “A única prova que temos é o registro deles no radar de nossa aeronave”.
05 – “A luz desapareceu como se tivesse apagado instantaneamente”.
06 – “Foi uma experiência incrível”.
07 – “Eles voavam em grande velocidade”.

Major-aviador Ney Antônio Cerqueira, chefe do Centro
de Operação de Defesa Aérea (CODA)

01 – “Não temos condições técnicas operacionais para explicar”.
02 – “O aparecimento e desaparecimento desses objetos nas telas dos radares são inexplicáveis”.
03 – “São Movimentos Aéreos Não-Identificados (MANI)”.
04 – “As fitas com as comunicações entre pilotos e controladores, entre controladores das áreas de Brasília, São Paulo e Anápolis e os relatórios dos pilotos dos F-5E e dos Mirages serão estudadas para posteriores conclusões”.
05 – “Os instrumentos técnicos usados para a identificação das luzes tiveram problemas para registrá-las”.
06 – “O CODA acionou dois F-5E e três Mirages para identificarem os objetos. Um F-5E e um Mirage ficaram de prontidão no solo”.
07 – “Fato semelhante aconteceu há 4 anos” (Caso Brito).
08 – “As luzes se movimentavam a uma velocidade entre 250 a 1.500 Km/h”.
09 – “A Aeronáutica não dá o caso por encerrado”.

Tenente Francisco Hugo N. Freitas,
Controle de Operações

01 – “Os objetos foram detectados pelos radares de Santa Cruz, Congonhas, Anápolis e Brasília”.
02 – “Os radares detectaram 21 ecos no total”.
03 – “Durante alguns instantes, o F-5E foi perseguido por 13 objetos”.
04 – “O objeto deslocava da esquerda para a direita, parou e começou a deslocar-se no sentido oposto ao da aeronave”.

Tenente-aviador Kleber Caldas Marinho, piloto
do primeiro F-5E a levantar vôo

01 – “Tive um contato visual e um contato com o meu radar de bordo de algo que parecia um ponto de luz, o qual estava distante 12 milhas à minha frente, distância esta também confirmada pelo radar de solo” (Sofreu interferências nos seus instrumentos de bordo).
02 – “O objeto se deslocava da esquerda para a direita, depois começou a subir”.
03 – “O objeto variava de cor: verde, vermelha e branca. Predominava a cor branca”.
04 – “O objeto estava a 10 km de altura e na velocidade acima de 1.000 km/h”.
05 – “Segui até as 200 milhas sobre o oceano Atlântico” (Não conseguiu aproximar-se e nem identificar o objeto).
06 – “Não tive medo porque eu gosto do desconhecido”.

Capitão-aviador Márcio Brisola Jordão, piloto
do segundo F-5E a levantar vôo

01 – “Próximo a São José dos Campos, o radar detectou vários contatos, dez a treze pontos, a vinte milhas de distância”.
02 – “O céu estava limpo, mas eu não via nada”.
03 – “O radar de solo foi informado a aproximação dos objetos: 20 milhas, 15, 10, 5, de repente havia 13 objetos atrás de minha aeronave, a 2 milhas de distância, seis de um lado e sete do outro, durante vários minutos. Após manobrar a aeronave, os objetos haviam desaparecido”.
04 – “Não vi forma, não vi velocidade, não vi variação de altura e não mudou de cor”.
05 – “Voou durante 01:20 hora”.
06 – “Não tive medo porque não via nada me ameaçando”.

Capitão Armindo de Souza Viriato de Freitas,
piloto do Mirage

01 – “O céu estava limpo, mas eu só percebi o objeto pelo radar; o objeto estava a 20 km de distância”.
02 – “Como não tinha razão de aproximação, resolvi aumentar a velocidade até 1.340 km/h, e me aproximei do objeto até 6 milhas de distância”.
03 – “O objeto se deslocava para frente e se movimentava de um lado para o outro no escopo do meu radar” (ziguezague).
04 – “De repente, o ponto desapareceu no escopo do meu radar”.

Major-brigadeiro-do-ar Sócrates Monteiro,
comandante do IV COMAR (SP)

01 – “Há muitos anos esses casos vêm sendo registrados”.
02 – “Passaram de 250 para 1.500 km/h em frações de segundo”.
03 – “A FAB filmou todo o evento em vídeo-tapes”.
04 – “90% tem explicações, 10% não”.
05 – “Pode ser que se explique por uma disfunção eletrônica dos radares”.
06 – “É possível que não se constate o que foi”.

Deve-se ressaltar que os pilotos de Mirage e F-5E são considerados os melhores do Brasil, pois fazem inúmeros cursos de especialização e jamais iriam confundir meteoros com OVNIs. Quando lemos o currículo dos pilotos que levantaram vôo naquela noite de 19 de maio, temos uma boa ideia da sua experiência profissional: 900 missões, 2.000 horas de vôo, e assim por diante. Aliás, só uma a cada quinhentas pessoas consegue tornar-se um piloto de caça da FAB.

Os aeronautas da aviação comercial do aeroporto de Cumbica, São Paulo, negaram-se a comentar o fato. A abordagem do tema OVNI pode representar muitos problemas para o profissional de aviação; temem represálias por parte da empresa.

O coronel Adalberto Resende Rocha, chefe do Centro de Relações Públicas do Gabinete do ministro da Aeronáutica, não permitiu que certas perguntas fossem respondidas, tais como autonomia e armamento das aeronaves, alegando serem de caráter sigiloso.

EXPLICAÇÕES DA COMUNIDADE CIENTÍFICA

Passemos, agora, a transcrever e analisar alguns depoimentos de físicos, astrônomos e demais especialista que foram procurados pelos órgãos de comunicação para prestar o seu esclarecimento. E percebemos o absoluto desconhecimento e a precipitação por trás de muitas de suas explicações desencontradas.

Paulo Marques, físico, jornalista e professor

01 – “Responsáveis homens da ciência supervalorizaram, de forma apressada e impensada, o aparecimento, nos céus de São Paulo, dos tais OVNIs”.
02 – “Discordo de um notável vidente desses OVNIs, o atual presidente da Petrobrás, o coronel Ozires Silva”.
03 – “A vida em outros planetas da Via Láctea é um verdadeiro absurdo”.
04 – “Era noite de Lua cheia. A luz da Lua refletiu no corpo do avião”.
05 – “Os radares detectaram meteoros”.
06 – “São OVNIs espiões dos EUA e da URSS, que lançam aeronaves não-tripuladas e movidas a controle remoto”.
07 – “Quero, como brasileiro, que meu veículo continue a ser movido a derivados de petróleo, e não por forças cósmicas, como talvez poderá pretender o coronel Ozires”.

O físico Paulo Marques provavelmente ouviu o galo cantar mas não sabe onde, e não leu nenhuma notícia sobre os depoimentos das autoridades da Aeronáutica. Todas as vezes que o coronel Ozires Silva deu entrevistas, ele sempre fez questão de frisar que não sabe o que viu, falando apenas que avistou pequenos pontos luminosos, a distância, de cor avermelhada. Em nenhum momento ele alegou ter visto OVNIs. Como pode a luz da Lua refletida no corpo do avião ser detectada por radares? Como podem meteoros perseguir, durante alguns minutos, um avião a jato?

Ernest Hamburger, físico da USP

01 – “Não acredito ser um fenômeno extraterrestre”.
02 – “Deve ser um fenômeno terrestre”.
03 – “Não sei o tipo de coisa que foi visto”.
04 – “Podem ser fenômenos elétricos de bolas de fogo que se movem”.
05 – “Se houver vida em outros planetas, os seres devem ser tão diferentes que nem dá para imaginar”.
06 – “Bobagem, igualmente bobagem!” (referindo-se às opiniões dos ufólogos).

O físico Ernest Hamburger não acredita na hipótese extraterrestre desses objetos, o que é um direito dele, mas suas explicações não esclareceram nada. Disse que podem ser bolas de fogo, mas não sabe o que foi visto. As bolas de fogo envolvem quatro tipos distintos de fenômenos:

01 – A pressão causada pela movimentação das placas tectônicas no subsolo causa a ionização de gases, que podem chegar à superfície através de trincas do solo nas falhas geológicas, fazem um movimento aleatório e, em seguida, se desfazem.

02 – O atrito dos ventos nos picos das montanhas carregam eletricamente toda a montanha. De acordo com o material, mais ou menos isolante ou condutor, que constitui o solo, pelo efeito elétrico do poder das pontas, no alto do morro, aparece uma bola ionizada que pula até outro morro, neutralizando-se. O tamanho máximo é de 30 centímetros e o movimento é em forma de arco, com velocidade constante.

03 – O raio bola ou relâmpago globular, um fenômeno atmosférico raríssimo, aparece no meio de um relâmpago convencional, faz movimentos aleatórios, queima se atingir pessoas e some no meio de uma explosão. Também tem um diâmetro máximo de 30 centímetros.

04 – O fenômeno UFO.

Os tópicos 01 e o 03 já foram reproduzidos em laboratórios. O 01 e o 02 são chamados pelo povo de “Mãe de Ouro”. O 01, o 02 e o 03 têm cor avermelhada. O 04, o fenômeno UFO autêntico, além da cor vermelha, possui todas as cores do espectro visível, e suas dimensões, a partir das pequenas sondas, têm de 10 a 60 centímetros, e as naves tripuladas têm de 3 a 30 metros de diâmetro. As bolas luminosas vistas pelos pilotos da Aeronáutica tinham um diâmetro de 6 a 8 metros e, pelos fatos narrados, não se enquadram nos três primeiros fenômenos. A única explicação, sem a menor dúvida, é o fenômeno UFO.

José Zatz, físico

01 – “Pelas informações divulgadas, não se pode afirmar que era OVNI”.
02 – “Poderia ser um reflexo”.

O físico José Zatz certamente não sabe que um reflexo jamais pode ser detectado por radares. Foram mais de cinqüenta radares que detectaram os UFOs de maio. Não acredito que o físico José Zatz pense que toda a nossa Aeronáutica seja formada por pessoas mentirosas. Certamente ele deu sua opinião antes de analisar os fatos narrados pelas milhares de testemunhas, fotografados, filmados e gravados em fitas de radares.

Luís Pinguelli Rosa, físico da UFRJ

01 – “Não tenho dúvida de que se trata de algo compreensível pela luz da ciência”.
02 – “Não tem nada a ver com objetos extraterrestres”.
03 – “Aviões não-identificados produzem os efeitos semelhantes àqueles que foram observados”.
04 – “Os objetos balísticos atravessaram o céu brasileiro a uma altitude baixa”.

O físico Luís Pinguelli Rosa não tem dúvida de que se trata de algo compreensível pela luz da ciência, mas a realidade nos mostra e descreve como sendo totalmente inexplicado pela ciência. Gostaríamos de saber que tipo de avião (modelo, fabricante) consegue produzir os efeitos semelhantes àqueles descritos pelas autoridades da Aeronáutica. Deve ser um modelo tão secreto que só é do conhecimento do físico Luís Pinguelli Rosa. E os objetos balísticos que atravessaram o céu brasileiro a uma altitude baixa, de onde saíram, onde caíram e quem os lançou?

Rogério Cezar Cerqueira Leite, físico e membro do Conselho Editorial da Folha de SP não acredita que tenha sido OVNI: “Parece ser puramente um fenômeno atmosférico ou falha nos instrumentos”. É muito cético em relação a esses acontecimentos.

O físico Rogério Cezar Cerqueira Leite falou em fenômeno, o que é muito vago. Existem várias dezenas desses fenômenos e nenhum deles fazem o que fizeram os objetos observados em maio. Com relação a falhas nos instrumentos, isso foi descartado pelas próprias autoridades, pois a ocorrência foi observada em radares de vários Estados e nenhum sistema eletrônico apresentou qualquer defeito.

Em certo instante, esse físico se mostrou como o mais arrogante de todos os outros que são contra os discos voadores, embora nem conheça os detalhes dos casos ufológicos. Em um artigo, publicado na imprensa paulista, Cerqueira Leite inicia dizendo que aparentemente os esquizofrênicos extraterrestres não desistem e fogem esbaforidos quando qualquer coisa humana se aproxima. Esses seres, segundo ele, não são apenas tímidos mas também têm medo de se resfriar, pois aparecem somente em noites de Lua cheia e céus azuis límpidos. Ora, qualquer pessoa que conhece a casuística ufológica sabe como esse arrogante físico está desinformado.

José Goldemberg, físico, reitor da USP, após ter sido perguntado por um repórter se poderia comentar o pronunciamento do ministro da Aeronáutica, brigadeiro Otávio Júlio Moreira Lima, sobre os OVNIs, disse: “Brincadeira, não!”. O físico José Goldemberg é um daqueles que preferem não encarar a realidade.

Luis Carlos Menezes, físico da USP

01 – “É necessário comprovar se realmente foram detectados no radar”.
02 – “Se foram detectados no radar, então é uma aeronave”.
03 – “São efeitos térmicos com reflexos de luzes por difração, e você vê a coisa onde não está” (miragem).
04 – “Um país superdesenvolvido resolveu fazer um teste com os radares brasileiros”.
05 – “Uma manobra onde se colocam diante das telas dos radares muitos pontos não importantes de chamarizes, ofuscando o sistema de radares, que deixam os instrumentos militares, a aeronave e o foguete encobertos”.
06 – “Um conjunto de pequenas aeronaves teleguiadas, as quais usam pequenos foguetes com uma geometria mais bidimensional, mais plana, alguma coisa mais fina e leve, com propulsão própria e telecomandada”.
07 – “Nunca pesquisei um fragmento de OVNI”.

Ele acredita em seres extraterrestres, mas não em viagens interplanetárias. O físico Luiz Carlos Menezes, quando o autor afirmou a um jornal paulistano que os discos voadores existem e são tripulados por seres extraterrestres, saiu-se com essa: “Ah é? Então por que não descem para um café?”. Um leitor desse jornal, de nome Cyril G. P. Walter, escreveu uma resposta ao Menezes: “Os irmãos Villas Boas desceram para um cafezinho quando sobrevoaram os xavantes pela primeira vez? Os xavantes atacaram o avião – um OVNI para eles – com flechas, conforme foi fotografado e documentado na época. Nós não usamos flechas e bordunas, usamos Mirages e F-5E”.

Esse físico a cada dia dava uma explicação diferente. Foram pelo menos cinco hipóteses distintas, algumas delas sem nexo. Ele mesmo acabou-se confundindo com suas explicações. Falou até em miragens dos radares, sendo que o próprio ministro da Aeronáutica afirmou que radares não têm ilusão de ótica ou miragens. Com relação ao teste dos radares brasileiros realizado por algum país superdesenvolvido, isso foi descartado pela própria Aeronáutica, por entender que essas aeronaves não se deslocariam sem deixar rastro ou sem provocar o estrondo característico de uma nave ultrapassando a barreira do som, o que não ocorreu.

Roberto Godoy, especialista em armamento

01 – “O Brasil foi espionado por algum país, alguma potência interessada em fotografar, especialmente o Vale do Paraíba, litoral sul do Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo”.
02 – “É a região estratégica mais importante do país: indústria bélica brasileira (primeira em armas do terceiro mundo), indústria aeroespacial, Centro Técnico Aeroespacial, usina atômica Angra dos Reis, principal terminal de recebimento de petróleo (terminal Almirante Barroso em São Sebastião), que faz ligação direta com a Refinaria da Petrobrás, no Planalto Paulista”.
03 – “Uma ou duas aeronaves, repletas de computadores e sensores, soltam cargas externas para criar confusão eletrônica, saturação e ilusão de ótica no radar. As cargas são esféricas, cilíndricas e metálicas, que emitem luz colorida, calor e têm propulsão própria por alguns minutos”.
04 – “Tecnologia muito avançada, dominada pela União Soviética e pelos Estados Unidos, e com uma geração de atraso pela Inglaterra e pela França”.
05 – “Faz parte do jogo de xadrez da política internacional”.

O especialista em armamento Roberto Godoy falou em espionagem de algum país desenvolvido como EUA, URSS, Inglaterra ou França sobre o Vale do Paraíba. Ora, qual país correria o risco de invadir o espaço aéreo brasileiro com uma ou duas aeronaves para simplesmente realizar fotografias noturnas? Todos se lembram quando, em setembro de 1983, um Jumbo coreano foi espatifado por um míssil soviético, com 269 pessoas a bordo, por ter invadido o espaço aéreo daquele país. Invadir um espaço aéreo é praticamente declarar guerra a um país.

E as cargas externas liberadas em nossa atmosfera, que têm propulsão própria por alguns minutos? Onde caíram? Quem as recolheu e como? Que motor e combustível usam para fazer curvas de 90 graus a 3.600 km/h? Como explicar que, oficialmente informado, algumas dessas bolas foram perseguidas por um F-5E durante uma hora e meia? Oficialmente, através de muitas testemunhas, sabemos que o evento iniciou-se às 18:30 horas e foi até as 02:30 horas do dia seguinte, ou seja, os objetos ficaram em nossa atmosfera durante oito horas. Como fica a propulsão dessas cargas externas de alguns minutos? Como já foi mencionado, a própria Aeronáutica descartou a hipótese de espionagem por parte de qualquer país do planeta Terra. Além disso, os Estados Unidos têm satélites que conseguem fotografar uma bolinha de pingue-pongue no solo, por isso eles poderiam fazer as referidas fotos durante o dia, com melhor qualidade e sem qualquer risco.
Professor Jaques Danon, astrônomo e diretor do Observatório Nacional

01 – “São chuvas de meteoros”.
02 – “A Terra passa hoje pela órbita do Halley, onde ele deixou partículas que agora estão caindo no nosso planeta”.

Já Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo, afirmou categoricamente que “são meteoros”. Alguns astrônomos deviam ganhar o Prêmio Nobel, pois descobriram um novo astro nos céus, um tal de meteoro motorizado que persegue aviões. E deve ser do tipo helicóptero, já que consegue parar em pleno ar e depois sair em altíssima velocidade. E, pelas descrições das testemunhas, esses meteoros devem ser tripulados, pois fazem looping e movimentos inteligentes. Dois astrônomos candidatos a esse prêmio são do Rio de Janeiro: professor Jaques Danon e Ronaldo Rogério de Freitas Mourão.

Por que ninguém viu as bolas luminosas relatadas em maio quando o cometa de Halley se aproximou da Terra em outubro de 1985 pela primeira vez? Nesse mês também tivemos uma chuva de meteoros e ninguém confundiu com discos voadores. Será que os meteoros de maio eram diferentes? Em maio, realmente tivemos uma chuva de meteoros e também um show de discos voadores. A chuva de meteoros foi visível em todo o planeta e o show de discos voadores foi visível somente em alguns Estados brasileiros.

Todos lembram da posição de Mourão no evento do comandante Gerson Brito, em 08/02/82. Naquela época, a cada dia o astrônomo dava uma explicação diferente. No fim ele mesmo já não sabia o que as 150 testemunhas, a bordo do avião tinham visto. Um fato muito interessante é que agora a Aeronáutica confirmou que o disco voador que seguiu o avião do comandante Brito tinha sido detectado pelos radares do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), o que na época foi negado. Teriam os radares detectados o planeta Vênus? Na época, disseram o seguinte com relação ao depoimento de Mourão: “Por mais de uma hora o avião foi seguido pelo planeta Vênus, e, quando chegou ao Rio de Janeiro, Vênus percebeu que o aeroporto era muito pequeno para ali aterrissar, e, conseqüentemente preferiu retornar ao espaço e continuar sua órbita”.

Mário Schemberg, físico

01 – “Já houve muitos relatos de pessoas que tiveram experiências com OVNIs”.
02 – “O fato de a Aeronáutica admitir oficialmente OVNIs nos céus brasileiros vai fazer com que se aceite cada vez mais a hipótese dessa existência”.

Já Augusto Daminelli (foto abaixo), astrônomo, diz que não tem dados técnicos para explicar. Ele acha ignorantes as pessoas que dizem “isso não existe”.

Aydano Barreto Carleial, diretor de programas do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

01 – “Pode ser OVNI”.
02 – “Como refletiu nas telas do radar deve ser material, mas não sei de que tipo”.

Iwan Thomas Halasz, radioamador

01 – “Satélites em órbitas inferiores a 400 km são detectados pelos radares”.
02 – “A Goddard Space Flight Center (GSFC) não comunicou nenhuma reentrada de satélite em nossa atmosfera”.
03 – “Em Ottawa, Canadá, o fluxo solar é medido todos os dias às 17:00 horas UTC. Entre 15 e 20 de maio de 1986, o número de manchas solares aumentou em 3 vezes, de 7 para 21 (Zurich ou Wolf). Em 17/05/86, danificou-se o computador a bordo do satélite Oscar-10 (três anos de funcionamento)”.

Mancha Solar – provoca perturbações magnéticas e ionizações; causa o efeito aurora; condições anormais de propagação (VHF e UHF); interfere nas comunicações via satélite; interfere nos sinais recebidos e transmitidos por sondas interplanetárias; intensifica as tempestades magnéticas; cria uma forte radiação cósmica no Cinturão Van Allen.

Ionização – é o desdobramento de moléculas em dois ou mais átomos eletricamente carregados, por colisão de altas energias. Quando os elétrons são misturados com os íons positivos em números aproximadamente iguais entre si, eles formam um plasma altamente condutivo capaz de refletir até ondas decimétricas, e conseqüentemente podem ser detectadas pelos radares.

O radioamador Iwan Thomas Halasz relatou alguns detalhes que não podem ser desprezados, correlacionando os efeitos das manchas solares com os avistamentos de maio. Não temos dúvidas que esses avistamentos eram discos voadores de origem extraterrestre. Do ponto de vista técnico, uma hipótese é que os seres que pilotam os discos voadores também analisam os efeitos das manchas solares em nosso planeta. É necessário fazer um estudo detalhado com relação aos avistamentos ufológicos nos períodos em que ocorrem as manchas solares em outras épocas. As manchas solares ocorrem entre nove a treze anos. Desta vez também tivemos uma grande aproximação do planeta Marte da Terra. Sabemos que em Marte não há vida, pelo menos igual a nossa. Mas todos esses dados são técnicos e devem ser analisados e correlacionados com a ufologia.

Franklin Story Musgrave, astronauta norte-americano

01 – “Não acredito em discos voadores, mas que existem, existem”.
02 – “Conheci na NASA estudos bem sofisticados sobre OVNIs”.
03 – “A vida em outros planetas na Via Láctea é uma certeza estatística”.
04 – “A NASA não tem nenhuma prova satisfatória que seres extraterrestres visitem a Terra” (Essa é a posição da NASA perante o público, mas sabemos que a realidade é bem diferente).

Professor Michael Persinger (Canadá)

01 – “Estatisticamente existe uma correlação entre os avistamentos de OVNIs e os terremotos (antes e depois), e também os impactos de meteoritos”.
02 – “Os movimentos das camadas tectônicas no interior da Terra, devido ao atrito das rochas, produz um gás quente e ionizado que escapa da superfície do solo, em forma de bola luminosa, e produz radiofreqüência que causa interferência eletromagnética”.

O dr. Brian Preire (Departamento de Minas do Estado do Colorado, EUA) reproduziu em laboratório a tese do professor Michael Persinger. Um bastão de granito foi submetido a uma enorme pressão até estourar, liberando gases ionizados e luminosos com intensa radiofreqüência. As bolas luminosas podem durar muitos minutos.

O trabalho realizado pelo professor Michael Persing e o dr. Brian Preire é muito bom e mostra uma realidade que também é analisada e pesquisada pela ufologia. O que eles relataram mostra um fenômeno muito comum nos locais onde há falhas geológicas, e normalmente é confundido pelos leigos como sendo UFO. O comportamento dessas bolas ionizadas é conhecido e nada têm a ver com o que foi narrado pelas autoridades da Aeronáutica. Infeliz foi a produção do programa de TV que colocou essa pesquisa em confronto com os fatos e narrativas de maio, confundindo a opinião pública.

Mas até entre os ufólogos há casos de enganos ou mesmo de fraudes que não sobrevivem a uma análise técnica. É o que ocorre com o ufólogo que, ao receber uma foto de um suposto disco voador, conclui precipitadamente que é um autêntico UFO e corre a um meio de comunicação para divulgá-la. Entretanto, vem um especialista em fotos e revela que tudo não passa de um simples reflexo nas lentes da máquina fotográfica. Como fica o público e, conseqüentemente, o ufólogo? Alguns, por medo de confessar a sua precipitação, passam a enganar aos outros e a si mesmo.

É muito importante que todos os ufólogos tenham consciência do caso que se está pesquisando, analisando-o sob todos os sentidos e, só depois de ter certeza de todos os detalhes, é que se deve levar ao público o seu trabalho. Só assim a ufologia será respeitada.

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O FILME DA MIKSON

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Este filme foi realizado em 29 de maio de 1986, dez dias após a “A Noite Oficial dos OVNIs”, pela equipe de vídeo da Mikson, do prédio do Banco do Estado de São Paulo, início da avenida São João. Até agora, todas as análises realizadas comprovam que foi filmado um autêntico disco voador, de forma esférica, tendo de 6 a 8 metros de diâmetro. O objeto se encontrava aproximadamente a 10 km de distância, sobre a Serra da Cantareira, e foi inclusive detectado pelos radares de São Paulo.

O depoimento do astrônomo Roberto Boczko sobre o filme é de grande importância, pois descarta a possibilidade de engano com algum astro celeste. Disse ele que:

01 – “A maior semelhança seria com a Lua, mas como ela foi filmada em outra posição, do lado direito, então não pode ser”.
02 – “Nenhum planeta tem um brilho com tamanha magnitude”.
03 – “Estrela nessa posição não tem nenhuma com esse brilho”.
04 – “A menos que fosse um tipo de refração anômala, uma espécie de miragem, que faz com que a imagem apareça em uma posição em que ela realmente não está”.
05 – “Esse objeto não deve ser confundido com nenhum astro celeste, e a explicação então deve ser procurada em algum outro campo e não na astronomia”.

Eng. Claudeir Covo é ufólogo e presidente do INFA
FONTE: Revista Planeta, “O Assunto é Ufologia”, nº 14 (setembro de 1986)

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Há uma interessante matéria do Fantástico na época, que é bem eloquente com relação ao caso.

Outra coisa interessante é o relatório oficial do caso:

Relatório conclui que os Ufos tinham comportamento inteligente, embora seja impossível precisar se eram tripulados:

ovni-fab-relatorio

Este trecho do relatório foi assinado pelo brigadeiro-do-ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, comandante interino do NuCOMDABRA (Comando de Defesa Aérea Brasileira), em 2 de junho de 1986.

As Fitas da FAB finalmente liberadas!

Desde abril de 2015, o meu amigo ufólogo Edison Boaventura Júnior, presidente do GUG e Diretor de Pesquisa de Campo da BURN, do qual também faço parte, estava em uma longa negociação com a Ouvidoria do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro para que o material em vídeo e áudio fossem liberadas ao público gratuitamente. As ouvidoras se empenharam nesta iniciativa, envolvendo diversas áreas do Arquivo Nacional, pois o sentimento é que isto viria agregar mais ao público e à comunidade ufológica que tem acessado continuamente os arquivos do “Fundo OVNI” liberados no COREG.

Uma dessas fitas trás o depoimento de um caso de Ibiúna – SP, pesquisado pelo major Zani, da CIOANI – Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, em abril de 1969. Os demais áudios em são conversas entre pilotos militares e civis com as torres de controle.

O sistema de acesso no Arquivo Nacional é o SIAN e pode ser consultado pela Internet através do site https://www.an.gov.br/sian/

Esta é mais uma vitória de liberação e disponibilização de material oficial conquistada pelo trabalho conjunto da Rede Brasileira de Pesquisas Ufológicas (BURN) e o Grupo Ufológico do Guarujá (GUG), que amplia ainda mais o rol de documentações militares sobre OVNIs disponibilizados não somente para a comunidade ufológica brasileira, mas para qualquer cidadão. Graças ao Burn podemos ouvir os áudios (é bem legal quando o cara fica empolgadão no radio e começa a berrar com o controlador de tráfego aéreo) daquele dia tão importante.

Acompanhe os vídeos abaixo:

A fita 1

Ouvir a fita 1, de 19/05/86 é interessante. Eu não tinha a dimensão do volume de contatos que a torre de controle recebeu naquele dia, e muito menos a empolgação dos pilotos no radio. Na gravação fica claro que não só vários pilotos estavam vendo os objetos, que alternavam momentos de voo e momentos estacionários, como esses objetos estavam aparecendo nos radares, o que coloca em xeque todo e qualquer argumento de que pilotos de caça estavam tentando interceptar Vênus (aliás, essa suposição foi durante anos motivo de piada nos círculos ufológicos).

A fita 2

Na fita 2 podemos escutar a continuação das conversas dos pilotos e da Torre. Nessa fita tem uma coisa importante. Em 32:10 se você prestar atenção, vem uma ordem de Brasilia orientando o militar de São José dos Campos a dizer que não está vendo nada. É a prova cabal da manobra clássica que sempre soubemos que os militares fazem. O áudio de Brasilia esta bem ruim, ouvindo com fone de ouvido talvez seja mais claro. Por que Brasilia determinaria ao controle aéreo de São José dos Campos a dizer aos pilotos que não estava vendo nada? Já estavam entrando em curso uma “operação abafa”?

A Fita 3


O Josef está enviando a terceira fita para o Youtube exatamente agora. Assim que a fita for para o ar eu colo o video aqui.

Por que essas fitas são significativas?

As fitas fazem parte de um material bastante rico que permite construir uma sucessão de fatos daquele período. Mas é bom que se diga algumas coisas sobre este episódio, nunca completamente esclarecido. Se os objetos que foram vistos e registrados em radar não são aeronaves militares secretas como uma corrente rapidamente supôs, o que eles são? Há um problema fundamental na hipótese das aeronaves militares secretas dos EUA, que é o numero total de objetos registrados. Não faz sentido nenhum teste de aeronave secreta militar em esquadrilha. Ainda mais em esquadrilha de 21 aeronaves!
Ainda assim, vamos imaginar uma superpotência exagerada… Em 1983 já estava operacional o Stealth, que não tem a autonomia de voo necessária para espionar o Brasil. Mas se em 1983, portanto três anos antes do ocorrido já tinha avião invisível ao radar, o que dizer dessa alta tecnologia secreta que é tão boa que aparece em mais de 50 radares? Não parece patologicamente contraditório? Os pilotos relatam focos de luzes muito intensas. Os “stealth” seriam paraguaios?

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Aliás, nem tão pouco faz sentido missão militar secreta dos EUA em cima do Brasil, que é uma nação amistosa aos EUA desde sempre. E por fim, fica a pergunta máxima, que diabos de aeronave secreta é essa que voa em Mach 15 e do nada fica parada, que já se dominava em 1986 e até hoje ainda não apareceu no esquadrão bélico do Tio Sam?

X15- O avião mais rápido de todos os tempos?

The X-15 in flight. (Courtesy photo)
X-15 em voo. (Cortesia da USAF)

O X-15 era um misto de míssil + foguete e avião. O X-15 foi parte de uma esquadrilha chamada de aviões X, que eram aeronaves experimentais, operadas conjuntamente pela NASA e a da Força Aérea dos EUA. No início da década de 60, o X-15 estabeleceu uma série de recordes de velocidade e altitude, atingindo a borda do espaço (uma altitude de mais de 62 milhas ou 100 quilômetros) em duas ocasiões distintas no ano de 1963.
Até hoje ainda é dele o recorde mundial oficial para a velocidade de uma aeronave tripulada: Mach 6,72, o que representa 6,72 vezes a velocidade do som, ou 4,520 mph (7274 kmh).
O X-15 foi aposentado em 1970, mas o programa contou com muitos pilotos de teste notáveis da NASA e da Força Aérea, incluindo Neil Armstrong, o homem que viria a tornar-se a primeira pessoa a pisar na lua.
Considerando que o recorde de velocidade era mach 6,7, me parece que mach 15 como um dos pilotos da época relatou, é um colosso inconcebível tecnicamente com os conhecimentos tecnológicos de que dispomos no momento.

Assim sendo, as hipóteses poderiam recair sobre falhas de radar. Falhas de radar são um problema real que de fato ocorrem.

O problema é que falhas de radar não geram objetos visíveis, nem perseguíveis, nem manobráveis, nem falhas de radar ocorrem em múltiplos radares, neste caso, em mais de 50 aparelhos!
Eu acho viável descartar a hipótese do erro do radar, pois foram confirmados tanto pelos radares de chão quanto pelos radares de bordo das aeronaves. Seriam erros em comum? Muita coincidência, ainda mais em 7 casos diferentes (5 caças, o Xingú e o Varig). Havia algo de sólido no céu. Inclusive visto por binóculo pela torre de São José dos Campos.
Ainda com relação a hipótese dos defeitos múltiplos de radar, que embora improbabilíssima ainda poderia ser possível, eu imagino que um defeito assim não se daria uma unica vez. De mood que fica outra pergunta no ar: Se era um defeito, por que não ocorreram outras espetaculares noites oficiais dos Ufos?

Pilotos de guerra, treinados para detectar interceptar e abater alvos disseram que havia “alguma coisa lá” e o relatório da FAB refere-se ao misterioso tráfego aéreo como apresentando sinais de inteligência e tomadas de decisão. Esse é outro aspecto interessante desse dia, uma vez que seria talvez viável que os caças estivessem perseguindo um fenômeno meteorológico desconhecido. Mas a aparente tomada de decisão implica em inteligência, e fenômenos atmosféricos não costumam ser dotados de consciência.
Assim, podemos dizer que a Noite Oficial dos OVNIs destaca-se pela quantidade e qualidade de testemunhos associados ao caso. São raros os casos, dentro da casuística ufológica, em que observa-se grande quantidade de testemunhas de qualidade, incluindo ministro na Tv falando de Ufos no nosso espaço aéreo.

Aqui tem uma parte do Globo Reporter – da época que a Globo sabia fazer reportagem boa – que abordou a questão da HET (hipótese extraterrestre) e é onde o piloto fala que registrou o ufo voar em Mach 15:

Outro aspecto interessante dessas fotas do registro formal do fenômeno é que elas colocam em evidência o que poderia ser um erro, uma simples confusão ou uma manobra mentirosa para atenuar o interesse da comunidade ufologica no caso. Em resposta ao ufólogo Rafael Cury, que eu imagino, pressionou a FAb para ver logo o relatório que Otávio Moreira Lima prometeu para a semana seguinte e levou um tempo sem fim para liberar, a FAB comete o deslize de dizer que as aeronaves decolaram sem visual (o que as fitas parecem contradizer)

CARTA NOITE OFICIAL DOS OVNIS

A FAB mentiu para o Cury? Não sei, mas essa é uma boa pergunta, que fica no ar. Outra seria: Por que?

Isso dá a essas fitas uma importância grande no estudo desse caso. Mas também precisamos lembrar que:
O fato de militares dizerem que perseguiram ufos, não torna esses ufos reais.

Os relatos militares se tornam anedóticos sem elementos palpáveis de pesquisa, e é por isso que as gravações são importantes, além dos registros de radar. Como diz o próprio Ex-Ministro da Aeronáutica, houve algo “estranho” nos céus naquele dia, mas por mais pesquisas que tenham sido feitas, conjecturas e hipóteses levantadas, “nunca se chegou à origem” daquele fenômeno. As fitas tão pouco esclarecem esses mistérios, mas trazem à memória daquela noite empolgante à baila, dão lastro a dados que só tínhamos no papel e permitem o aprofundamento das investigações.

PS: não deixe de dar uma olhada neste link do arquivo nacional. Entre lixo e muita porcaria tem coisas realmente interessantes la. 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Voltou com estilo hein?!

    Philipe aqui ainda não vi os videos (são bloqueados no firewall) e não sei se apareceu ali, mas tem uma filmagem do dia dos ufos, que é da Globo (ou manchete) onde mostra uma das bolas de luz. Ela se comporta como se mudasse constantemente de frequencia, de forma muito similar aqueles supostos ufos gigantes da STS ( sei lá o numero, mas é um caso bem famoso no qual a tripulação do onibus espacial perde uma antena que vaga pelo espaço). Tem até um ufólogo (que tb não lembro o nome) que é físico e tem uma teoria de questes UFOS estão sempre por aqui, mas só conseguimos ver eles quando “acidentalmente” eles vibram suas cordas (coisas de 11 dimensoes e afins) na mesma frequencia que as nossas…

  2. Impressionante como algo tão PHODA é completamente ignorado pelos meios de comunicação e até pelos “maiorais” da Ufologia. A Ufologia hoje vive o que eu chamo de “cone de silêncio”, uma época em que ela é completamente ignorada pelo meinstream

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